terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Todas as noites espero apenas uma coisa: 
a hora de dormir...

- roberta laíne. 
Estou envolta de um sentimento tão ruim em meu peito que, chego a ter medo de pará-lo nisso, e morrer junto com ele.
- roberta laíne.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Gostava disso
gostava daquilo
gostava daquilo outro
gostava de tudo
mas não tinha absolutamente nada.
Nada.

- roberta laíne.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Ultimamente...
Uma pausa. 
Respirou fundo.
Atolou a mão no lado esquerdo do peito e disse:
[...] ando vivendo de distâncias...

- roberta laíne. 
Me sinto um astronauta sem lua, 
Nua,
Na rua,
Poesia barata,
Crua.

-roberta laíne. 

sábado, 27 de dezembro de 2014

Não guarde ofensas, guarde milagres...

- roberta laíne. 

domingo, 21 de dezembro de 2014

Seguia para mais uma de minhas noites vazias, quando, ao passar pelo trajeto de sempre, vi uma moça de pele clara e cabelos ondulados, pigarreando algumas frases tortas que eu não soube decifrar, cambaleando naquele beco sem saída. Passei direto, presumi logo ser umas doses de álcool de mais uma dessas jovens que se enchem de nada e saem daquelas casas de festas que nunca me atraíram os olhos e só as vi na tv. Entretanto, uma força de sabe-se lá qual dimensão me fez parar meus passos rasos, respirar errado e voltar. A moça continuava ali, na mesma posição, não me aproximei muito e pergunta-lhe o que tinha, balbuciou algumas coisas esquisitas que pela segunda vez eu não soube decifrar, decidi então chegar mais perto e indagar-lhe:
― moça? moça?
― o que você tem?
Um vento frio cortou-me a blusa de algodão barato que havia comprado numa dessas lojas de esquina, quando ela olhou-me de uma maneira que nunca, nunca irei conseguir descrever, e, o mais próximo que posso conseguir é que seus olhos eram olhos de segunda guerra mundial... Um holocausto! Todo e inteiramente saindo de sua retina, me fazendo engolir em seco e sentir uma sensação estranha que geralmente os animais sentem mais que os seres humanos: afeto.
Na hora isso me fez rondar pela minha biblioteca psicológica e lembrar de uma das minhas frases favoritas de Antoine Saint-Exúpery: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Não sei o motivo, talvez seja por escrever alguns versos surdos a alguns anos, ou pela solidão que já me era uma melhor amiga, então, imaginei se alguma coisa havia descativado aquela moça, que após baixar seus olhos de segunda guerra mundial começou a vomitar e caiu ao chão. Corri a ampará-la quando enfim entendi o que saia de seus lábios...


Um recorte: [não pretendo dizer agora porque até mesmo eu me surpreendi].


Recostei-a naquela parede de tijolos imundos do beco sem saída e pedi para contar-me como isso fora acontecer, após demostrar uma leve melhora depois do vômito jorrado contra a parede, sentou-se desajustadamente e começou a contar-me como tudo havia acontecido, retirou de seu bolso uma certeira absurdamente amassada de marlboro vermelho e ofereceu-me um cigarro, em negativa agradeci e olhei para seus dedos calejados, depois de acender o cigarro perguntou ternamente:
Você quer que eu te conte minha história em prosa ou em versos? Assustada, olhei-a e disse:
― Como for mais fácil!
"Como for mais fácil..." Acho que essa fora a pior resposta de toda minha vida, as mãos daquela moça gritavam que nada em sua vida fora fácil, e venho com essa maldita resposta! Entretanto, ela apenas sorriu tristemente e disse:
― Então começarei pelo clichê começo.

Mas não fora clichê, pois ela começou em versos:

As aves caem 
O mar se agita
A lua se esconde
O sol não brilha

Sofro do que poetas sempre hão de sofrer

Eu poderia continuar a história, mas a moça levantou-se e apenas disse: Fim!
Bem, se você não sabe do que ela sofre, experimente amar.

Com amor,

- roberta laíne.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Algumas coisas sobre você já não me interessam mais... Tipo, VOCÊ.

Com carinho,

- roberta laíne.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Dias lentos,
Dias vagos,
Dias tristes,
Dias fartos,

Dias sem dias,
Dias abstratos,

Dias comuns,
Dias incompletos
Dias encinzentados.

Dias.

-roberta laíne.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Talvez se eu fosse outra pessoa eu seria melhor, o problema é que se eu fosse outra pessoa, não seria mais eu...

-roberta laíne.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Se existisse outra de mim, mesmo assim, ainda não daria conta de todo sentimento que tenho dentro do meu peito...

- roberta laíne. 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

domingo, 16 de novembro de 2014

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Se um dia você descobrir que me carrega no bolso da sua camisa, perto da gola, promete nunca me deixar cair de lá? Do teu bolso o mundo é alto, o chão é uma escada rolante sem fim, o vento bate forte, e, de dia, dá pra ver mais de perto o Sol, de noite um abaju imenso com o brilho das estrelas. Mas se um dia você descobrir... Tenho medo, morro de medo de um dia você descobrir que eu moro no bolso de sua camisa, perto da gola. De lá o pouco pano me protege do frio quando você sai na correria em busca de um ônibus para ir para casa, ao correr você sempre segura forte bem no meio do peito me protegendo e amassando o restante da blusa, menos o bolso perto da gola... O problema é que você não sabe, você não sabe que eu moro no bolso da sua blusa, e que ao chegarmos em casa encharcados, você me troca de camisa e me põe em um bolso mais aconchegante e quentinho, você se joga no sofá para assistirmos algo na tv e sempre acaba dormindo, e eu fico do seu bolso te olhando a sonhar, quer dizer, até a hora em que você também me põe para dormir, colocando sua mão no peito, bem no meio do bolso onde eu durmo - com o calor de tua mão tão macia... Mas e se um dia você descobrir? Que ao acordar e tomar seu café da manhã divide-o comigo, quando se sujas e repousa a mão como uma criança em sua blusa, jogando migalhas de pão para mim, saindo quase sempre com a camisa suja, quando me põe muita comida e esquece de retirar o café da manhã, mas eu não reclamo, acho fofo, até. Mas tenho medo, morro de medo, de, se um dia você descobrir, se um dia você descobrir que moro no bolso da sua camisa, perto da gola, você então se irrite e resolva jogar todas as suas camisas fora, comprar uma nova, sem bolso.

- roberta laíne.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Se tem céu,
e se no céu se tem estrelas,
e se no meio da dança de estrelas,
se tem uma luz prata envergonhada,
então se tem Lua.

- roberta laíne.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Encosta tua cabeça aqui
Vem comigo dormir
Eu sei contar histórias
Que não são do mundo lá fora
São de dentro de mim

- roberta laíne.

domingo, 2 de novembro de 2014

E de tão sólido pôs-se a adentrar um beijo de alma pura e consciente jamais dado, dantes nunca visto, outrora nunca sonhado. Naquele momento em pedra nasceu um girassol, que em tom amarelo confundiu-se com o sol e uma brisa que saía das mãos que lhe descia o rosto proferia: nesse coração primavera agora vivia!

- roberta laíne.

sábado, 1 de novembro de 2014

Por favor não vá embora, 
antes de escutar a porrada violenta de adjetivos que tenho para te designar.

Não vá. 

- roberta laíne. 

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Como eu estou? Não tão bem!
Já não sei quem sou, não trago no peito um querer.

De mim só trago os versos que não consigo mais escrever.
Apenas as folhas de fim de primavera, que no outono vieram a morrer.

Sem reclamações ou delongas, de mim eu já não sei.

- roberta laíne.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

E eu escrevo, escrevo, escrevo, e apago e escrevo e no final, nada escrevo.

- roberta laíne.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Comecei a

  A
       F
           U
      N
         D
    A
           R

     -roberta laíne.

domingo, 26 de outubro de 2014

Dois sozinhos não se encontram.

Tristemente,

- roberta laíne.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

sábado, 18 de outubro de 2014


[...]
Um amor com rosto por mim nunca visto, com gestos e gostos desconhecidos, com linhas e traços que nunca toquei...

- roberta laíne.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Me sinto extraordinariamente desagradável, comigo mesma.

- roberta laíne. 
Umas das piores coisas do mundo é você se sentir fraco, pouco, mínimo, vulnerável.

Fracasso!

-roberta laíne.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Às vezes você se sente um pouco triste, mas aí acho que é só você olhar pro céu e ficar imaginando: Como? Como é que Deus conseguiu pendurar uma estrutura tão grande lá em cima, e pregar aquele infinito de estrelas, só pra gente olhar pro alto e ver um cenário tão bonito?

- roberta laíne.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Outra carta para papai.

Ei, homem mais lindo do mundo? Saudades de você PAI!
Pai, queria ter notícias boas para lhe contar, mas, infelizmente não vem acontecendo coisas muito legais por aqui, quer dizer, pelo menos para mim. Mas tudo bem sabe pai, pois me disseram que quanto mais coisas ruins acontecem com a gente mais coisas boas estão por vir, não sei se isso é verdade, mas eu quero acreditar ao menos nessa mentira. Falando em mentiras, por que as pessoas mentem, pai? Eu não costumo mentir, e me bateu uma curiosidade danada de perguntar se o senhor costumava mentir vez ou outra; estranho que, ao mesmo tempo que acho que sim (com todo respeito pai) concomitantemente acho que não. Acho que sim, porque naquela vez que eu queria comprar peteca - mesmo não sabendo brincar - mamãe não deixou, disse que era coisa de menino, aí fui pedir pro senhor e o senhor disse que iriamos comprar, e fomos, mas fomos escondido da mamãe e o senhor mentiu para ela. Nós mentimos pai (risos). Lembro-me que eu só queria as petecas para ficar olhando-as, e achando meio que magnífico aquela esfera perfeita, sem falha alguma, formando um círculo e, por dentro, uma brincadeira de verde e noutras azul, que dava vontade de voar ou jogá-las para cima. Estranho, lembrei-me que o senhor me chamava de peteca e não vejo nenhuma das magnificências de uma peteca em comparação a mim, Pai, será que era só o senhor que via alguma beleza em mim? Algo perfeito como a esfera de uma peteca? Não sei... Não sei de muita coisa pai, e essa é a primeira carta que ao invés de lhe trazer notícias trago perguntas. Mas tudo bem, chega de perguntas de peteca para papai, eu só estava com saudades e queria vir aqui dizer: ei, ei homem mais lindo do mundo, saudades.

Fica com Deus Pai,

eu te amo,

peteca.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O amor não precisa ser perfeito, requer falhas, respingos, goteiras e erros.

- roberta laíne. 

terça-feira, 30 de setembro de 2014



Hoje vi um ser transportando um cavalo.

- roberta laíne.
Tenho medo desse medo durar 365 dias.

- roberta laíne.
Me desculpa ter te perdido, 
é que eu me perdi também.

- roberta laíne.
Infelizmente eu não me sinto bem ao meu lado, e, felizmente, é isso que me faz não exigir que alguém, em algum pedaço desse planeta, se sinta.

- roberta laíne.

sábado, 27 de setembro de 2014

Olhei-me no espelho e observei meus olhos. Olhei-os profundamente. Eles emanavam uma tristeza tão profunda, mais tão profunda que fechei-os, e, tudo o que eu queria naquele momento era nunca ter tido ideia do reflexo que aquele espelho denunciava sobre meu sofrimento, desculpe-me, eu quis dizer sobre os meus olhos...

Desoladamente,

- roberta laíne. 

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

De trapos

Não sinto fome, 
Não sinto sede,
Não sinto sono, 
Nem medo sinto mais,
A não ser as dores do meu surrado corpo.

-roberta laíne. 
Sinto meu corpo morrer, a cada batida errada que meu peito abarca e, a cada respiração forçada que meus pulmões tristemente aguentam.

-roberta laíne.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Sou

Sou um pedaço do nada misturado de vazio,
Sou a inquietude e a volubilidade
Sou teu pior sonho e a mais triste realidade.

Sou a desordem e o caos,
Sou a discórdia e o mal
Sou a mais triste melodia, tanto da noite quanto do dia.

Sou a incapacidade e o fracasso,
Sou quem te tira o sono e a alegria
Não sou sorriso, sou pura melancolia.
- roberta laíne.

terça-feira, 23 de setembro de 2014




Às vezes estou tão perdida, mais tão perdida, que me encontro...

- roberta laíne.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Eu meio que acredito, sabe? Acredito nessa coisa de que quando a gente vira gente grande, com um tiquinho grande de esforço, se tem um emprego legal, e se tem uma casa pequenina, porém confortável, com quadros de Tarsila do Amaral. E Se tem dois cachorros e um gato, todos os três vira-latas, e se tem uma casa na árvore no quintal, porque se tem dois ou três filhos, porque também se tem alguém. E esse alguém é meio que um pedaço do todo do outro lado de ti, te completa como o olho esquerdo alinha o direito, te apoia como a perna direita ajusta a esquerda, e te faz companhia todas as noites em noites, e se chove e faz frio se tem filme e pipoca, ou historinhas de terror com os dois ou três filhos, ao lado dos dois cachorros e do gato que estão morrendo de medo do trovão que brada no cair da noite de chuva, e se tem depois céu estrelado, e se tem filhos dormindo, cada qual em seu quarto, e os dois cachorros e o gato procurando no sofá da sala o seu lugar mais confortável e favorito, e se tem alguém, aquele alguém, que após você rezar um pai nosso, desliga o abajur, dá um beijo no rosto, deseja boa noite e diz eu te amo.

Sempre contigo,

b

-roberta laíne.

Um sorriso,
6 letras,
1 amor,
2 vidas.

Sempre contigo,

b

- roberta laíne.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014


Eu a amo,
Amo assim meio devagar com pressa
Meio torto, reto, sem linha certa
Amo meio todo, todo meio, na medida incerta
Amo assim desse jeito,
Amor de verão a verão com cara de inverno, mas sempre primavera.

Sempre contigo 

b

-roberta laíne.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Essas crises doem
Doem no corpo 
Doem na alma
Doem na fala
A gente meio que fica todo dolorido
E perde
Perde o sono
Perde a segurança
Perde o equilíbrio
Perde muito
Perde tudo
Ego?
 Eu já nem tenho mais isso.

-roberta laíne. 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Às vezes eu me sinto tão sozinha, mais tão sozinha que, parece até que a solidão mora aqui perto de casa. Na verdade, às vezes acho que ela mora mesmo é em minha casa, na casa da vizinha, na casa vizinha da frente, na vila perto de minha casa, na casa dos altos da rua principal, no comércio do centro, na farmácia da esquina, no mercado do seu Pedro, na floricultura da Maria, na porta do meu mundo, na janela da minha vida.

-roberta laíne.

Don't go

Eu não gosto quando ela se despede de mim, eu não sei muito bem o porquê de eu não gostar, mas imagino que esteja associado a sensação que sinto, a sensação? Sabe uma avalanche caindo? Um oceano em dia de fúria? Uma tarde de chuva torrencial? Uma cratera se abrindo? Um abismo se formando? O fogo quente da larva se um vulcão?
Bem, é.  É tipo isso.

Não vá.

- roberta laíne.

domingo, 7 de setembro de 2014

Obrigada pai por ela, 
Obrigada pai por ser ela,
Obrigada pai por me presentear com ela
Obrigada pai por cuidar da vida dela
Obrigada pai pela mãe que gerou ela
Obrigada pai pelo teto que deste pra ela
Obrigada pai pela luz que só tu pai pôs nela
E obrigada pai por que agora eu sei 

É ELA.

- roberta laíne. 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Saudade, nunca deveria poder ser escrita no singular, e, mesmo no plural, não deveria comportar só 8 letras...

-roberta laíne. 
Eu tenho dificuldades: de viver.

-roberta laíne.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

De fato, nunca fui saudável para ninguém, nem para mim mesma...

- roberta laíne.

domingo, 31 de agosto de 2014

sábado, 30 de agosto de 2014

Estava olhando a lua, e quase não consigo entrar com pena de deixá-la sozinha, 
ah Deus diz pra essa lua que ela é a dama mais linda?

Condescendentemente,

-roberta laíne.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Doce contente

Que doce contente, solitária,  fria, sozinha. Ontem eu tinha cheiro de rosa do dia 12 de junho, hoje tenho cheiro de pobre margarida envelhecida.

Que doce contente,  solitária, fria e ainda mais sozinha. Ontem eu tinha o amarelo da aurora das manhãs, hoje tenho a penumbra do fim do dia.

Que doce contente, solitária, fria tão sozinha. Ontem eu era tua morada, hoje vago pelas esquinas. Solitária, fria, sozinha.

Que doce contente...

-roberta laíne.

"It feels like only I go backwards"


PARA TRÁS


Eu só queria que algum dia, não importa quando seja e o quanto este dia demore a chegar, eu só queria que algum dia, Deus pudesse confortar meu coração e fizesse com que eu acreditasse que, o fato de eu ser uma ilha, não é uma culpa toda e total minha, que eu posso ser feliz sozinha - já que eu não consigo entender ninguém e ninguém me entender. Eu só queria que ele me mostrasse - não uma pessoa, não, não quero encontrar alguém que possa compreender o que são minhas crises e o que é para mim ter que estar aqui, aqui na terra. Não! Eu não quero isso, quero apenas que Deus conforte o meu coração e que eu saiba entender que até mesmo ilhas são felizes, sozinhas.

ternamente,

- roberta laíne.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Algumas coisas doem mais que dor de dente, de ouvido e cólica. Algumas coisas doem em um nível tão alto, mais tão alto que chega a ser incomensurável, do tipo não dá pra medir mesmo, sabe? Impossível! 
Algumas coisas doem e nos perturbam tipo dente siso. E, todo mundo tem que sentir, uma ou um milhão de vezes na vida, e às vezes ninguém sabe dizer o porquê, e muito menos mensurar o quanto - mas uma coisa é certa: 7 letras. Às vezes abraçada com a eternidade. Noutras por quilômetros de distância. Algumas por desencontros bobos da vida. Mas todas, sem exceção, todas, com o mesmo nome: SAUDADE.

É SAUDADE.

-roberta laíne.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Alguns apertam Start, 
Eu aperto
- B - 
Ponto de partida.

-roberta laíne. 

domingo, 17 de agosto de 2014

O mundo social é uma doença - e - quanto mais cheio, maior a gravidade.

-roberta laíne. 

sábado, 16 de agosto de 2014

sábado, 9 de agosto de 2014

Essa coisa que eu procuro não existe! 
Não, não e não existe! 

- roberta laíne. 

Nomes. Dia dos país, sem papai.

Eu disse para Brenda que, amanhã seria o dia em que eu daria um presente para papai, e que isso seria a coisa mais fácil do mundo, pois Ele gostava de tudo, do tipo tudo e qualquer coisa! Até se eu desse uma pedra embrulhada ele sorriria e amaria o presente... Porém, amanhã não é mais o dia em que dou um presente a papai, ficarei só em casa, pois a família inteira sairá, mas eu não irei, eu nunca vou, a dor precisa ser sentida... Na verdade não ficarei só, pois o Beto também não irá, mas o Beto não conta, ele só aumenta a saudade de papai, ele ronca como o papai e ao andar emite o mesmo barulho que papai, o Beto é o filho quase cópia de papai, e, para completar, ainda tem a mesma tranquilidade que papai.
Amanhã seremos eu e o Beto sozinhos nessa casa, e não sei exatamente se ele lembrará de papai, mas sei que onde quer que eu ande ou qualquer objeto que eu toque eu lembrei dele, e até mesmo se eu aquietar-me em meu quarto e tentar dormir, possivelmente o Beto se levantará para ver algo e, quando isso acontecer, eu irei assustar-me e mais uma vez ouvirei ele emitir os mesmos ruídos, em pleno dia dos pais, de papai.

- roberta laíne.
Infelizmente eu não tenho ninguém pra grudar quando sinto aqueles medos que normalmente sentimentos, aqueles medos agoniantes que dá vontade de abraçar fortemente alguém e pedir apenas pra não se mover, não fazer nenhum movimento que pareça com ir embora... Não eu não tenho ninguém, porque mamãe não é muito carinhosa e papai, bem, papai morreu.

- roberta laíne.
Não bastava amanhã ser dia dos pais, hoje tinha que começar com um dia cinzamente nublado e chover a tarde inteira...

eu te amo papai.

-roberta laíne.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

John Green que me perdoe, mas para mim, alguns infinitos são mais fodidos que outros.

- roberta laíne.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014


Eu não acho que eu esteja ou viva em crise, eu acho que EU SOU uma crise!

- roberta laíne.

domingo, 3 de agosto de 2014

É uma bola de neve, o amor é uma bola de neve, que começa pequena e no decorrer do inverno vai ganhando o formato imenso de uma bola gigantesca. Calma, por fora dessa bola de neve tem o 2, o dois é a segunda pessoa, você é o 1, e é importante saber que o amor nunca é formado por números ímpares, sempre pares, o amor é dois até mesmo quando um morre, e é esse 2, é esse segundo que pode te dar a mão e te puxar da gigantesca bola de neve que é o amor... É quando o 1 não consegue sair sozinho, que o 2 pode dá a mão para amá-lo para o resto do inverno, ou quem sabe - da vida.

Não deixe o 1 ir
Eu te amo b,
Sempre contigo.
- roberta laíne.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014



É a escuridão da noite que produz o brilho das estrelas...

- roberta laíne.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

[...]

Escutei na missa que: "O Bem sempre perde no final..."
Essa frase ficou perturbando-me a semana inteira e até agora estou tentando digeri-la...
- roberta laíne.

terça-feira, 29 de julho de 2014



Às vezes, sinto como se eu fosse uma grande,
UMA GRANDE TRAGÉDIA MUNDIAL DENTRO DA HUMANIDADE.

- roberta laíne.

domingo, 27 de julho de 2014



Se você quiser eu posso pegar sua solidão emprestada e juntar com a minha, assim seremos juntas sozinha...
-roberta laíne.

sábado, 26 de julho de 2014

Chorar é tipo vomitar, 
assim que você põe pra fora a sensação é de conforto e alívio...

- roberta laíne.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Era estranho, mas eu sabia que tinha que sentir tudo aquilo que estava sentindo, principalmente por lembrar de uma frase bastante significativa de John Green: "A dor precisa ser sentida". É, realmente aquela dor eu precisava sentir, a dor de sempre, a dor de encontrar-se deslocada e novamente sozinha, sempre sozinha. Encolhida num mundo que eu criei e que morro de medo de sair, e sei que é meio estranho tudo isso, mas, na verdade, não poderia ser diferente, pois eu sou estranha, sempre fui estranha, então agora sou eu e essa dor estranha que combinava comigo.
Resolvi parar de me abastecer com coisas que a maioria das pessoas não veriam a menor graça e larguei o livro que estava lendo, decidi então que iria me entupir de porcarias norte-americanas, e, comecei pelos  filmes, escolhi os mais idiotas possíveis que eu imaginaria ser: "Eu te amo Beth Cooper", "Diário de uma virgem" e "Saindo do armário". Após assisti-los achei engraçado como esses filmes tinham algo em comum, sempre havia um/a idiota que sofria o filme inteiro para no final ser recompensado com apenas um beijo da pessoa mais popular/bonita... Quanta miserabilidade no quesito recompensa! Como pode um ser sofrer tanto e ser recompensado com apenas um beijo no final? O mais estranho era que eu estava me sentindo um daqueles idiotas, juro que tentei me achar nos outros personagens, tentei um por um, desde os que se davam bem, até os que quase não apareciam, mas não encaixei-me, só encaixava-me com o idiota do início ao final do filme, mas tudo bem, a dor precisa ser sentida.
Depois do último filme norte-americano-e-idiota que meu cérebro aguentou, percebi que havia algo extremamente inteligente nesses filmes, uma espécie de lição de moral ou sacada final da vida: são tão idiotas, mais tão idiotas que são reais! É isso! Reais... No final das contas são os filmes mais próximos com nossa realidade, sempre com algo tocante e comovente e isso era a realidade. Por fim, cheguei a conclusão de que, somos todos idiotas no final das contas, e, sempre tem um, que sofre o filme inteiro...
- roberta laíne.

quinta-feira, 24 de julho de 2014


Sonhadora, poeta, paranoica e patética!

- roberta laíne.

quarta-feira, 23 de julho de 2014



"Vai pro inferno..."
Essa frase adentrou em meus ouvidos e perdeu-se nos ilimites do meu cérebro... Fora a última frase dela, "Vai pro inferno..." 
De todo, não fora tão ruim assim como soa, e nem a pior última frase desse mundo,
o problema é que eu não sabia ao certo onde era o inferno
― até descobrir que CONVIVO com ele todos os dias,
desde quando papai resolveu ir embora e não mais voltar e desde quando passei a ser dependente de medicamentos.

Nem sempre contigo,

b

- roberta laíne.

domingo, 20 de julho de 2014




Já havia corrido diversas vezes
Corrido em competições mirins da escola
Corrido em jogos da faculdade
Corrido em uma esteira para um exame cardiológico
Corrido sorridente na praia
Corrido com medo de um cachorro
Corrido...
Porém, a melhor vez que corri em toda minha vida, foi depois de uma despedida...
Corri atrás dela.

Sempre contigo,

b

-roberta laíne.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Quando estou mal e tudo parece está dando errado eu costumo tomar sorvete. Bem, não tem gosto de cigarro ou o alucinógeno de um ecstasy, nem a embriaguez de um copo de cerveja, mas tem de vários sabores...

- roberta laíne.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Queria encontrar uma palavra e dizer: 
— ESSA! 
É exatamente essa palavra que irei usar. 
Então me arrumaria - daquela minha maneira meio desajeitada - com os cabelos despenteados, uma blusa possivelmente amassada, e um sorriso nos olhos... 
Compraria um buquê de flores — mesmo achando um clichê bem brega, mas sei que ela adoraria —
pegaria um ônibus e viajaria por 3 horas e alguns trocados até chegar em sua casa,
bater na sua porta,
saudar sua mãe,
te olhar e dizer: 
... 
Bem, como disse eu ainda não achei a palavra.

Sempre contigo,

b

- roberta laíne. 

domingo, 6 de julho de 2014

As pessoas geralmente irão achar monótono e decadente, mas, sempre que quiserem podem me procurar aqui, no mesmo lugar que há 21 anos atrás eu estava e que daqui possivelmente não sei quantos anos, eu estarei [se acaso estiver viva]... Eu gosto daqui, eu gosto desse lugar parado e do estado parado que me encontro, pois consigo movimentos incríveis dentro de meu quarto. E, bem, as pessoas irão achar monótono e depressivo, mas, possivelmente daqui a 10 anos, eu continuarei aqui,

Em meu quarto

Cordialmente,

- roberta laíne.

quinta-feira, 3 de julho de 2014




Eu não conhecia o total valor da palavra criatividade,
até percorrer meus lábios sobre o corpo dela...

Sempre contigo, 

- roberta laíne. 

domingo, 29 de junho de 2014

De manhã cedo, 
os olhos dela são mais castanhos que o normal,
parecem tinta guache derramada em papel amassado. 
Ao entardecer,
 me parecem laranjados
lembrando a doce laranjeira que recobre os invernos chateados.
De noitinha,
 decaem para amarelo escuro arrastado, mas, sobretudo, permanecem com sua cor de costume: 
um amarelo com o mesmo fulgor do céu,
em dia de domingo ensolarado.

Sempre contigo,

b

- roberta laíne.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Às vezes eu choro, mas dificilmente as pessoas percebem isso, a não ser quando eu grito em lágrimas:

EI, EU TÔ CHORANDO SABIAS?

- roberta laíne.

sexta-feira, 20 de junho de 2014



Enquanto houver livros, 
Nós existiremos...

Sempre contigo,

b

Ternamente, 

- roberta laíne.
Nunca soube escrever sobre mamãe e isso sinceramente me apavora...

- roberta laíne.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ora Oi,
Ora Oi também;
Ora você quer namorar comigo?
Ora eu não posso te responder agora, você pode me esperar?
Ora, eu espero.
Ora, às vezes derramamos lágrimas.
Ora, às vezes existem mentiras, mas ora porque chorar?
Ora, você vai me abandonar
Ora, claro que não, eu vou te perdoar,
Ora eu te perdoo, saia do banheiro.
Ora são crises, eu vou te ajudar,
Ora, eu também choro e você me tira de banheiros imaginários,
Ora eu tenho medo de viagens,
Ora, eu moro longe,
Ora eu tenho medo do escuro.
Ora eu nem durmo
Ora, você promete não me abandonar?
Ora, eu não te abandono, se você ORAR.
Ora, eu oro.
Ora, comece a me mostrar,
Ora missa das 5,
Ora que bonito você orar,
Ora, eu sempre te digo, tens que me abraçar,
Ora só abraçar?
Ora, diz que me ama?
Ora eu te amo,
Ora vai comer,
Ora de comer?
Ora eu tenho que cuidar de ti
Ora do teu remédio.
Ora de dormir,
Ora, eu não consigo dormir,
Ora eu vou te ajudar,
Ora você promete?
Ora, eu vou me acordar quantas vezes você precisar,
Amor?
Oi amor?
Não tenho sono
Calma amor,
Feche os olhos, vamos encontrar,
Ora, eu te amo,
Ora, também.
Também?
Ta bom, EU TE AMO também.
Amor?
Ora, ela dormiu, enquanto eu orava...
Eu te amo,

Sempre contigo,

b.

ORA...

P.S.: 
Ora, olhe para o calendário
Ora olhei,
Ora, que dia é hoje?
Ora, um mês de tua existência.


- roberta laíne.

sábado, 31 de maio de 2014

Ora eu,
Me tornei inverso,
Poeta sem verso,
Perdi o verbo,
Quando tentei te descrever. 

b

- roberta laíne.
Tua pele,
Teu corpo,
Teu cheiro,
Teus olhos,
Teu jeito,
de
violentamente se chocar contra meu peito 
e dizer:
Eu te amo,

Contigo

b

- roberta laíne.

terça-feira, 27 de maio de 2014

E foi morrendo que aprendi a viver...

Contigo,

b

-roberta laíne.

sábado, 24 de maio de 2014

Não vou mentir, não sei escrever sobre coisas alegres, não dou-me muito bem com a escrita feliz, não vou mentir, não mentir.
Os poucos cabelos dela me fazem sorrir;
Seus olhos castanhos me fazem ver entre mil a 1 milhão de estrelas;
A cor da pele dela de tão singela faz-me vê sutilezas.
Ora não vou mentir.
Não sei, eu não sei escrever sobre coisa feliz,
mas aqui acabo escrevendo algo alegre.
Sobre ela,
Eu estou feliz

b

-roberta laíne.

quarta-feira, 21 de maio de 2014



Estranho era entender o que eu fazia naquela manhã de domingo dentro de um trem, segurando um bilhete com destino certo e delimitado... Olhei para a minha ida, e enquanto o trem se locomovia, recostei minha cabeça na janela, a espera de que as horas me levassem. De repente, várias estrelas, mesmo de dia, começaram a surgir no céu; assustada, olhei ao meu redor para ver se os outros passageiros ali presentes perceberam aquela estranheza no firmamento... Porém não. Todos estavam normais, havia um homem sisudo lendo jornal, uma mulher maquiada que ajustava os cabelos, um homem de paletó olhando com ar raivoso para uma pilha de papéis... Mas ninguém a perceber estrelas de dia! Resolvi então olhar novamente para o céu e me certificar daquela possível visão primeira e errônea, porém, as coisas "pioraram", pois além de estrelas, comecei a ver pedaços de esperanças a voar... Um arco-íris quase cegou-me de tanta vida em suas cores. Olhei novamente ao redor para ver se alguém se manifestava, mas ninguém se mexia para nada. O trem se apressava. Olhei para minha passagem para me certificar de que não iria direto para um sanatório, porém não. Tinha o nome de um lugar. O trem parou, desci atordoada, não vi mais ninguém. Não havia mais o maquinário e nem as pessoas. Meus olhos quase cegaram ao ver o fulgor do sol em mi maior daquela tarde, todas as pessoas sumiram, foi então que eu vi você.

b

- roberta laíne.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Pai?
Papai?
Sou eu.
Peteca...
O senhor está bem?
Desculpe incomodá-lo, é que ando tendo sonhos ruins, não consigo dormir, e eu estou com medo papai... O senhor poderia contar-me uma de suas histórias? Gosto das que o senhor fala sobre política, gosto do seu entusiamo ao falar sobre os presidentes do Brasil, principalmente de Garrastazu Médici e Getúlio Vargas. Conte-me novamente como era quase impossível lê-se um jornal naquela época... Tudo bem se já escutei essa história, sei que sabes que já até decorei-as, mas por favor, conte-me novamente papai, pois quero gravar...
A tua voz, porque estou com medo,
A tua voz porque estou assustada,
A tua voz independentemente da história,
A tua voz de papai.

Conte-me a mesma história.

-roberta laíne.
Ora ora ora, 
Chegou
Foi-se embORA.

- roberta laíne.
Caro leitor,
não se apaixone por mim,
EU VOU DESTRUIR SUA VIDA.

- roberta laíne.
É claro que perguntei a mamãe se: eu era a pior pessoa desse mundo...

E é claro que, mamãe assustou-se com minha indagação, porém, disfarçou muito bem olhando-me triste, querendo saber de onde eu tirara aquela pergunta.

Disse que não importava, que era apenas uma perguntar qualquer...

- mamãe logo sabia que quando eu nomeava uma pergunta de, pergunta qualquer significava que a pergunta poderia está se tornando uma das mais importantes de minha vida -

Mas não precisou avisar-me disso, e então meneou com a cabeça, dizendo: eu te acho a filha mais linda do mundo...

Cai em prantos, minha pergunta não fora respondida, mas a resposta de mamãe me fez apagar qualquer pior pessoa desse mundo que eu fosse.

- roberta laíne.


Desde o início somos ensinados a chorar,
 nascemos nos derramando em lágrimas...

- roberta laíne.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ela era dois,
Eu um,
Quando a vida sempre me NÃO
Ela sempre me SIM.

- roberta laíne.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Ora ora ora, assim como a felicidade é fugaz, 
A dor que parece eterna também vai embora.

Ora ora ora 

-roberta laíne.

quarta-feira, 7 de maio de 2014



[...]

Depois de uma noite de amor,
Capitu tivera as costas totalmente rabiscada.
No dorso, a palavra em latim "Libertas" significando liberdade. 
Ao seu lado esquerdo, mirando pro peito, a palavra "Anima" que significa Alma; 
Na direita, Capitu fora riscada com a palavra "Carmina" do latim poesia...
De cá para lá Capitu trazia um enigma em latim, lido como 
 A poesia liberta a alma.
As costas de Capitu estavam recoberta por outras palavras que formavam uma frase que parecia mais com um pedaço de poesia:
O sol que se esconde é da cor da minha lua bailarina.
Capitu já estava com as costas totalmente rabiscadas, não havia espaço para mais nada -
Quando as palavras não se couberam em Capitu, uma ferida em seu lado esquerdo fora aberta, palavras começara a correr de si, terminando em poesia: 
Que a depressão externa do mundo não atinja o topo de meu muro e em lá bemol eu possa me defender. 
- roberta laíne.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Cansada das críticas nunca retrucadas, abaixei meus óculos e ajustei o cruzamento das pernas. Resolvi convocar todas as sombras das pessoas que me criticam por eu levar em consideração o seu passado, pois, lembrei-me que elas nunca pararam para me perguntar o porquê que eu o levo em consideração. Então convoquei-as e delicadamente pedi licença para falar:

Queridas sombras,
Vejam bem,
Se eu esquecer o passado de vocês e olha-las a partir de agora,
Que nome vocês se dariam?

[todas as sobras começaram a entrar em alvoroço e zombar de mim] 

Vejam bem, por favor, estipulem seu começo, vocês são como uma página em branco novamente, então ponham como título o seu nome...

[as sombras se entreolharam com ar de desdem, porém, atenciosas]

Apercebam que, esquecido ou apagado o passado, eu não sei nada sobre vocês,
não sei seus nomes,
suas primeiras falas ainda não foram balbuciadas,
apagado o passado vocês ainda não falaram nada! 

[as sombras unissonante disseram: Que loucura Roberta!] 

Roberta?
Como vocês sabem meu nome?
Se nem têm os seus ainda?
Já nos fomos apresentados? 

[incrédulas, as sombras atentamente me observavam]

É impossível apagar o passado de uma pessoa, o presente por si só é fálido nele mesmo, acaba no momento em que se inicia. Contem, por exemplo, de 1 a 10... Antes de chegarem no 5 o 1 já é passado. Na verdade, o que muitas pessoas querem apagar são certos momentos aos quais consideram como conturbados e não apagar o passado.
Apagar o passado é apagar a sua vinda a cá na terra, é apagar as fotografias da infância, os sorrisos dos aniversários, o primeiro beijo mal dado, acompanhado de nojo por não ser como na TV. É esquecer o jeito certo de encaixar a gaveta quebrada do antigo armário... Mas, as sombras que, um dia conseguirem apagar seus passados, por favor me procurem e digam: 

muito prazer eu me chamo, Otário. 

(com letra maiúscula, pois é nome de pessoa)

Com carinho, 
- roberta laíne.

domingo, 4 de maio de 2014

Triste dos pobres olhos 
Que tristes têm medo do medo mais triste 
Que os olhos triste se desbotam: 
o amor...
- roberta laíne.

sábado, 3 de maio de 2014

Meu mundo se aproximou do Teu, procure-me, se necessário... 

11:25

-roberta laíne.
Lembro-me apenas de ter  jogado pelos ares a revista que estava lendo quando esbravejei enfurecidamente: 

EU NÃO PERMITO APAIXONAR-ME NOVAMENTE!

Ora essa! Será mesmo que nunca aprendemos?
Apaixonar-se...
Essa tal de paixão é uma sínica que nos penetra deseducadamente.
Não pergunta se queremos, se estamos apto a isso...
Apto a isso? Quanta besteira minha! Desde quando paixão pergunta se estamos apto a isso? 
Mal educada... muito mal educada, isso sim! E digo mais, intrometida!
E você deve estar achando que estou apaixonada não é?
É. Estou sim e essa mal educada nunca me pergunta se estou apta a ela.
Quanta falta de educação! Ora essa de paixão...

- roberta laíne.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

*nota de rodapé: é um absurdo chamar de saudade.

- roberta laíne.
Não temos muita coisa - apenas - nos olhamos... Sempre que podemos nos olhamos. Teus olhos entrecortando os meus... Uma pausa, nenhuma palavra, não ousamos dizer nada, absolutamente nada, apenas nos olhamos.
Nos olhamos diariamente, e, às vezes,  percebo você sorrir sem mover os lábios, noutras chora sem derramar uma lágrima... Nunca vi com exatidão qualquer outra parte do teu corpo, apenas os olhos.

Nos olhamos,
A troco de escondidas palavras.

-roberta laíne.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Deixe suas roupas a cá, pendure-as ali, e leia de fato, o que tanto falo, que faltas me faltam, que verbos me embalam, eis os meus Poemas de Quarto...

- roberta laíne.

Poemas para ninguém ..



Em quantos pedaços
- eu me desfaço -
quando sozinha me deparo
sendo a maior espectadora
de teu alheio abraço...

em quantos pedaços?

- roberta laine.

segunda-feira, 28 de abril de 2014




Infelizmente, eu não atendo muitas coisas que o mundo me pede...

Desligue-se.

-roberta laíne.

domingo, 27 de abril de 2014

E deixar que eu te beije antes da música acabar...

"When the truth is, i miss you..." (Coldplay)

-roberta laíne.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

[...]

Se um dia me perderes de vista, não me procures tão longe ou em grandes coisas,
costumo dá passos despreocupadamente curtos e sempre me escondo em miúdas coisas.

- roberta laíne.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Não tenho poesia para todos, mas tenho poesia para os que sofrem...

Intrepidamente,

- roberta laíne.
Talvez ninguém leia isso, mas, se, algum dia alguém ler, e pude fazer o que não consegui, por favor o faça. Tenho 22 dois anos e sou dependente química dos medicamentos Oxalato de Escitalopram e Clonazepam, desde que esses dois medicamentos adentraram em minha vida não tive mais vida. Estou pouco a pouco perdendo minha pigmentação e a palidez toma conta de mim, infelizmente não tenho mais muitas expressões em meu rosto, a não ser a de dor e cansaço estampada todos os dias. Acredito em Deus, e me apego a ele praticamente todos os dias, sei que ele me escuta e não tem culpa de meu sofrimento. Sei também que ele quer que eu faça algo, quer que eu exponha meu maior sonho: a existência de uma clínica de reabilitação para pessoas que, por erro médico ou por necessidade fisiológica ou por qualquer outro motivo, são dependentes de medicamentos para depressão, transtorno do pânico, fobia social, toque, esquizofrenia e dentre outras patologias psíquicas QUE SÃO REAIS. Na verdade, mais reais que psíquicas, pois um dia com o meu medicamento é um dia ganho, porém perdido na contagem da vida, a cada dia que tomamos uma pílula ou gotas desses fortíssimos medicamentos estamos garantindo o agora e perdendo o amanhã, assim como acontece comigo. A indústria farmacêutica precisa urgentemente parar de criar novos medicamentos para circularem dentre os hospitais e farmácias movendo uma quantidade gigantesca da pior doença da humanidade: o capitalismo. Medicamentos que atendem aos números do capitalismo, pois cada remédio vendido é um ponto a mais na escala do dinheiro, mas não atendem a escala que deveriam, a escala dos seres humanos.
Para mim não há diferença entre o Escitalopram para a Heroína e do Clonazepam para a Cocaína, um dia sem eles é um dia sem dia, é um dia sem dormir, é um dia de alucinações e suor frio, de taquicardia e sufocamento, são dias de dores, profundas dores... No tórax, no peito, na alma, na vida.
Um dia sem eles é um dia de vômitos ou de vontade de vomitar, porém não sei discernir se a vontade é de pôr para fora a comida ou a vida. Um dia sem eles é um dia de morte, as mãos e os pés ficam gelados, somos cadáveres vivos, somos cadáveres que ao invés de ir para urnas e caixões vamos para filas de espera em emergências e posteriormente para camas de hospitais. Temos tudo, mãos que tremem a todo instante, por conseguinte nosso corpo inteiro começa a tremer, tudo treme, tudo se move, menos as pessoas que estão ao nosso redor e não fazem nada, absolutamente nada para reverter nossos quadros.
Sei que alguns viciados em heroína e cocaína tentam largá-las, mas eles não aguentam as dores no corpo, os vômitos e a porcaria que é não conseguir controlar nem suas fezes e fazê-las nas calças. Os que tomam Escitalopram, Clonazepam e qualquer outra medicação de origem parecida, também tentam sair, mas não aguentam serem cagados todos os dias pela sociedade com a bendita frase: VOCÊS NÃO TEM NADA! Bem, antes que minhas mãos comecem a tremer novamente e o taquicardia com o frio cortante me peguem, eu só queria que alguém lesse isso e fizesse o que eu não pude fazer: salvar a própria e outras VIDAS.

Esperançosamente,

- roberta laíne.

P.S.: Os piores médicos são aqueles que cuidam de órgãos e não de pessoas, e os piores monstros não são os imaginários, e, sim, aqueles que passam por nós e não fazem absolutamente nada para nos ajudar. (Roberta Laíne)


segunda-feira, 21 de abril de 2014


Remexendo nas minhas coisas, encontrei um pedaço mais que absurdo de mim, era ela, a tão estimada, e por mim glorificada: MINHA BLUSA DO BRASIL! Ah, essa blusa! Verdade que quando gosto de algo, eu gosto mesmo, um gostar absurdo que só eu consigo entender, e, para mim, minha blusa do Brasil era um pedaço da pátria, uma espécie de capa mágica, quando eu a vestia me sentia bem mais - bem mais alta, bem mais bonita, bem mais capaz de fazer o Brasil ser campeão... Lembro-me também da polêmica que minha blusa causava, de fato, todos sabiam que eu nunca gostei de tomar banho e se Lamarck estivesse vivo usaria a mim e a papai como exemplo maior de sua teoria dos caracteres adquiridos, papai não gostava de banho, logo essa característica fora passada para a próxima geração e foi! Agarrei como Taffarel a fobia a água. Ainda bem que o Brasil não jogava todos os dias, diziam as pessoas, mas todos os dias eu queria estar vestida com minha blusa (sem tomar banho, é claro).
Certa vez, lembro-me que esconderam-na, ah, fora o pior dia de minha vida! Procurei-a em todos os guarda-roupas, em todos os lugares que minha mente investigadora e raivosa achava que ela estaria, procurei até na geladeira, mas nada de minha blusa... Como o Brasil estava a um dia da tão esperada e nervosa final, ao contrário de todos, sentei-me nem um pouco animada em minha cama e vesti uma outra blusa, feia, que me deixava feia, pequena e incapaz, mas não protelei minha busca para a manhã seguinte, ela começou cinco minutos depois de estar vestida com a outra blusa... Porém, tive de dormir inconformada, o meu pedaço da pátria estava muito bem escondido, tão bem escondido que dormi e sonhei com esconderijos, acabei chegando a conclusão de que, minha blusa fora enterrada, a sete palmos como os cadáveres. Fiquei imaginando como minha pobre blusa estaria, sem ar, sufocada, suja, fétida, e cheia de terra...
O jogo do Brasil começou e o país inteiro agitou-se, a euforia era indescritível, o nervosismo e a ansiedade sem igual, enquanto isso eu estava parada, emburrada e pensativa, não queria mais saber de Brasil, só pensava em minha blusa soterrada. 
Fim do primeiro tempo, fim da minha paciência! Por que ninguém se oferecia, nesse intervalo de 15 minutos, para pegar uma inchada e desenterrar a minha blusa? Ninguém se comovia com a minha dor, talvez porque ninguém tinha AQUELA BLUSA DO BRASIL.
Final do segundo tempo, final de minha incredulidade, o Brasil estava prestes a ir para os pênaltis e eu sabia que tudo isso era devido eu não estar com minha blusa, então resolvi consternar-me em um quarto e ficar olhando para o nada enquanto todos na casa corriam, se agitavam e faziam orações em nome da vitória do Brasil, e foi consternada olhando para o nada que, vi um pedaço de manga amarela imprensada no meio de algumas outras roupas, na parte mais alta de um guarda-roupa antigo, atônita dei um pulo associando-a com a manga de minha blusa do Brasil, desesperada puxei-a sem saber o que cairia em cima de mim
— os pênaltis começaram —
Era ela! Era a minha amarelinha! Meu pedaço de nação, intacta, com fôlego e sem terra... Vesti-a mais rápido que o segundo chute do Brasil. Corri para a sala e todos estavam olhavando aflitos para aquele pequeno cubículo transmissor, creio que até quem não estava assistindo, talvez, inconscientemente, estava sentindo que o mundo estava girando mais devagar. Minha camisa cintilava... Já havíamos perdido Ayrton Senna (no mesmo ano) não poderíamos perder a Copa, o silêncio mundial fora quebrado com um pulo acompanhado de:  É TETRA, É TETRA, O BRASIL É TETRA CAMPEÃO MUNDIAL!!!
Olhei para minha camisa sã e salva, sorríamos uma para a outra. Eu brilhava de alegria por tê-la encontrado e ela cintilava a bandeira do Brasil!

ufanamente,


- roberta laíne.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

*nota de rodapé: 
na noite de meu aniversário, terminei vagando pelas ruas de minha cidade procurando a única pessoa ao qual não encontraria: 
Papai.

- roberta laíne.

quarta-feira, 16 de abril de 2014


Quanto mais teus passos se dispersam, se apressam, se vão para longe dos meus, mais eu me apresso, escorrego, corro e tropeço para perto dos teus...

- roberta laíne.

sexta-feira, 11 de abril de 2014



Se me permites, eu quero dançar com você...

-roberta laíne.

terça-feira, 8 de abril de 2014




Algumas saudades machucam,
outras,
encolhem a alma...
encolhem a alma...

-roberta laíne.

sábado, 5 de abril de 2014


Entre outras coisas eu optei por ser esquisita... Isso veio perfeitamente a me preencher.

-roberta laíne.

quinta-feira, 3 de abril de 2014



Um banho de chuva para enxercar TU, somente TU em meu pensamento...

- roberta laíne.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Quero a violência de um amor insano.
 Quero um convite para pormos fogo no mundo e não para curar as cicatrizes de outro alguém.
 Quero um barco a vela.
 Quero a discrepância entre NÓS e o mundo.
Quero voar de trem...

-roberta laíne.

domingo, 30 de março de 2014

Apague as luzes...

Um beijo no fim do túnel. 

- roberta laíne.

terça-feira, 25 de março de 2014

Se eu tivesse forças,
 desrespeitaria todas as pessoas, 
daria um tapa na cara de algumas, 
e as faria perceber os meus sentimentos.

- roberta laíne.

sábado, 22 de março de 2014

Ela sabia...

Sabia tanto o que eu queria escutar,
quanto o que eu queria dizer.

Ela sabia...
sabia demais.

Ela sabia quase tudo,
ela sabia.

Mas uma coisa ela não sabia: me dizer adeus.

Isso ela nunca soube.

- roberta laíne.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Não tinha como não lembrar-me de papai... Eram exatamente 00:39 minutos, quando, acordei-me assustada com o barulho daquele agressivo trovão... De súbito, lembrei-me que papai estaria em seu quarto, morrendo de medo (papai sempre teve medo de chuvas, mesmo admirando-as), desse modo, fiquei com medo por ele, com toda certeza papai estaria acordado ao lado de meu quarto com os olhos cerrados no teto, com todos os medos possíveis e impossíveis de um raio partir nossas cabeças. Mas é claro que ele estaria com medo! Logo papai... Que quase todas as noites empurrava a porta de meu quarto e olhava-me com sua indescritível cara de sono - por cima da tela do note eu fitava-o perguntando-lhe o que queria - a resposta era sempre a mesma: "Nada, só estou te vigiando peteca..." 
Eu sorria e continuava a fazer o que estaria fazendo anterior ao momento de sua interrupção. Nunca dei tanto valor para aquelas suas pausas no meio da madrugada; nunca dei o devido valor para vigilância de papai; talvez ele pudesse ter tido um pesadelo e só queria um convite para adentrar em meu quarto, e, a mim, contar. Ou talvez ele realmente estava me vigiando, com medo de que a madrugada me sugasse ou qualquer outra coisa, talvez. São talvezes... O problema maior agora era aquela violenta chuva que com certeza estaria assustando papai, então engoli em seco e resolvi abrir a porta de meu quarto, agora era minha vez de vigiar papai, levantei-me as pressas, pois mais um clarão iluminava minha janela, enrijeci-me para proteger-me do barulho daquele segundo trovão, e corri para a porta de meu quarto para salvar papai, mas, quando acordei-me por completa, pude lembrar de um fato ao chegar na porta: papai estava morto a exatamente 1 ano e 4 meses.

Cordialmente,

- roberta laíne.

terça-feira, 18 de março de 2014

Nota de rodapé:
*Deixei todos os meus órgãos adormecidos enquanto ela não voltava...

Gentilmente,

-roberta laíne.

terça-feira, 11 de março de 2014


Tanto quanto eu pensava, 
Hoje, eu já não penso mais.

- roberta laíne.