sábado, 31 de maio de 2014

Ora eu,
Me tornei inverso,
Poeta sem verso,
Perdi o verbo,
Quando tentei te descrever. 

b

- roberta laíne.
Tua pele,
Teu corpo,
Teu cheiro,
Teus olhos,
Teu jeito,
de
violentamente se chocar contra meu peito 
e dizer:
Eu te amo,

Contigo

b

- roberta laíne.

terça-feira, 27 de maio de 2014

E foi morrendo que aprendi a viver...

Contigo,

b

-roberta laíne.

sábado, 24 de maio de 2014

Não vou mentir, não sei escrever sobre coisas alegres, não dou-me muito bem com a escrita feliz, não vou mentir, não mentir.
Os poucos cabelos dela me fazem sorrir;
Seus olhos castanhos me fazem ver entre mil a 1 milhão de estrelas;
A cor da pele dela de tão singela faz-me vê sutilezas.
Ora não vou mentir.
Não sei, eu não sei escrever sobre coisa feliz,
mas aqui acabo escrevendo algo alegre.
Sobre ela,
Eu estou feliz

b

-roberta laíne.

quarta-feira, 21 de maio de 2014



Estranho era entender o que eu fazia naquela manhã de domingo dentro de um trem, segurando um bilhete com destino certo e delimitado... Olhei para a minha ida, e enquanto o trem se locomovia, recostei minha cabeça na janela, a espera de que as horas me levassem. De repente, várias estrelas, mesmo de dia, começaram a surgir no céu; assustada, olhei ao meu redor para ver se os outros passageiros ali presentes perceberam aquela estranheza no firmamento... Porém não. Todos estavam normais, havia um homem sisudo lendo jornal, uma mulher maquiada que ajustava os cabelos, um homem de paletó olhando com ar raivoso para uma pilha de papéis... Mas ninguém a perceber estrelas de dia! Resolvi então olhar novamente para o céu e me certificar daquela possível visão primeira e errônea, porém, as coisas "pioraram", pois além de estrelas, comecei a ver pedaços de esperanças a voar... Um arco-íris quase cegou-me de tanta vida em suas cores. Olhei novamente ao redor para ver se alguém se manifestava, mas ninguém se mexia para nada. O trem se apressava. Olhei para minha passagem para me certificar de que não iria direto para um sanatório, porém não. Tinha o nome de um lugar. O trem parou, desci atordoada, não vi mais ninguém. Não havia mais o maquinário e nem as pessoas. Meus olhos quase cegaram ao ver o fulgor do sol em mi maior daquela tarde, todas as pessoas sumiram, foi então que eu vi você.

b

- roberta laíne.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Pai?
Papai?
Sou eu.
Peteca...
O senhor está bem?
Desculpe incomodá-lo, é que ando tendo sonhos ruins, não consigo dormir, e eu estou com medo papai... O senhor poderia contar-me uma de suas histórias? Gosto das que o senhor fala sobre política, gosto do seu entusiamo ao falar sobre os presidentes do Brasil, principalmente de Garrastazu Médici e Getúlio Vargas. Conte-me novamente como era quase impossível lê-se um jornal naquela época... Tudo bem se já escutei essa história, sei que sabes que já até decorei-as, mas por favor, conte-me novamente papai, pois quero gravar...
A tua voz, porque estou com medo,
A tua voz porque estou assustada,
A tua voz independentemente da história,
A tua voz de papai.

Conte-me a mesma história.

-roberta laíne.
Ora ora ora, 
Chegou
Foi-se embORA.

- roberta laíne.
Caro leitor,
não se apaixone por mim,
EU VOU DESTRUIR SUA VIDA.

- roberta laíne.
É claro que perguntei a mamãe se: eu era a pior pessoa desse mundo...

E é claro que, mamãe assustou-se com minha indagação, porém, disfarçou muito bem olhando-me triste, querendo saber de onde eu tirara aquela pergunta.

Disse que não importava, que era apenas uma perguntar qualquer...

- mamãe logo sabia que quando eu nomeava uma pergunta de, pergunta qualquer significava que a pergunta poderia está se tornando uma das mais importantes de minha vida -

Mas não precisou avisar-me disso, e então meneou com a cabeça, dizendo: eu te acho a filha mais linda do mundo...

Cai em prantos, minha pergunta não fora respondida, mas a resposta de mamãe me fez apagar qualquer pior pessoa desse mundo que eu fosse.

- roberta laíne.


Desde o início somos ensinados a chorar,
 nascemos nos derramando em lágrimas...

- roberta laíne.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ela era dois,
Eu um,
Quando a vida sempre me NÃO
Ela sempre me SIM.

- roberta laíne.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Ora ora ora, assim como a felicidade é fugaz, 
A dor que parece eterna também vai embora.

Ora ora ora 

-roberta laíne.

quarta-feira, 7 de maio de 2014



[...]

Depois de uma noite de amor,
Capitu tivera as costas totalmente rabiscada.
No dorso, a palavra em latim "Libertas" significando liberdade. 
Ao seu lado esquerdo, mirando pro peito, a palavra "Anima" que significa Alma; 
Na direita, Capitu fora riscada com a palavra "Carmina" do latim poesia...
De cá para lá Capitu trazia um enigma em latim, lido como 
 A poesia liberta a alma.
As costas de Capitu estavam recoberta por outras palavras que formavam uma frase que parecia mais com um pedaço de poesia:
O sol que se esconde é da cor da minha lua bailarina.
Capitu já estava com as costas totalmente rabiscadas, não havia espaço para mais nada -
Quando as palavras não se couberam em Capitu, uma ferida em seu lado esquerdo fora aberta, palavras começara a correr de si, terminando em poesia: 
Que a depressão externa do mundo não atinja o topo de meu muro e em lá bemol eu possa me defender. 
- roberta laíne.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Cansada das críticas nunca retrucadas, abaixei meus óculos e ajustei o cruzamento das pernas. Resolvi convocar todas as sombras das pessoas que me criticam por eu levar em consideração o seu passado, pois, lembrei-me que elas nunca pararam para me perguntar o porquê que eu o levo em consideração. Então convoquei-as e delicadamente pedi licença para falar:

Queridas sombras,
Vejam bem,
Se eu esquecer o passado de vocês e olha-las a partir de agora,
Que nome vocês se dariam?

[todas as sobras começaram a entrar em alvoroço e zombar de mim] 

Vejam bem, por favor, estipulem seu começo, vocês são como uma página em branco novamente, então ponham como título o seu nome...

[as sombras se entreolharam com ar de desdem, porém, atenciosas]

Apercebam que, esquecido ou apagado o passado, eu não sei nada sobre vocês,
não sei seus nomes,
suas primeiras falas ainda não foram balbuciadas,
apagado o passado vocês ainda não falaram nada! 

[as sombras unissonante disseram: Que loucura Roberta!] 

Roberta?
Como vocês sabem meu nome?
Se nem têm os seus ainda?
Já nos fomos apresentados? 

[incrédulas, as sombras atentamente me observavam]

É impossível apagar o passado de uma pessoa, o presente por si só é fálido nele mesmo, acaba no momento em que se inicia. Contem, por exemplo, de 1 a 10... Antes de chegarem no 5 o 1 já é passado. Na verdade, o que muitas pessoas querem apagar são certos momentos aos quais consideram como conturbados e não apagar o passado.
Apagar o passado é apagar a sua vinda a cá na terra, é apagar as fotografias da infância, os sorrisos dos aniversários, o primeiro beijo mal dado, acompanhado de nojo por não ser como na TV. É esquecer o jeito certo de encaixar a gaveta quebrada do antigo armário... Mas, as sombras que, um dia conseguirem apagar seus passados, por favor me procurem e digam: 

muito prazer eu me chamo, Otário. 

(com letra maiúscula, pois é nome de pessoa)

Com carinho, 
- roberta laíne.

domingo, 4 de maio de 2014

Triste dos pobres olhos 
Que tristes têm medo do medo mais triste 
Que os olhos triste se desbotam: 
o amor...
- roberta laíne.

sábado, 3 de maio de 2014

Meu mundo se aproximou do Teu, procure-me, se necessário... 

11:25

-roberta laíne.
Lembro-me apenas de ter  jogado pelos ares a revista que estava lendo quando esbravejei enfurecidamente: 

EU NÃO PERMITO APAIXONAR-ME NOVAMENTE!

Ora essa! Será mesmo que nunca aprendemos?
Apaixonar-se...
Essa tal de paixão é uma sínica que nos penetra deseducadamente.
Não pergunta se queremos, se estamos apto a isso...
Apto a isso? Quanta besteira minha! Desde quando paixão pergunta se estamos apto a isso? 
Mal educada... muito mal educada, isso sim! E digo mais, intrometida!
E você deve estar achando que estou apaixonada não é?
É. Estou sim e essa mal educada nunca me pergunta se estou apta a ela.
Quanta falta de educação! Ora essa de paixão...

- roberta laíne.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

*nota de rodapé: é um absurdo chamar de saudade.

- roberta laíne.
Não temos muita coisa - apenas - nos olhamos... Sempre que podemos nos olhamos. Teus olhos entrecortando os meus... Uma pausa, nenhuma palavra, não ousamos dizer nada, absolutamente nada, apenas nos olhamos.
Nos olhamos diariamente, e, às vezes,  percebo você sorrir sem mover os lábios, noutras chora sem derramar uma lágrima... Nunca vi com exatidão qualquer outra parte do teu corpo, apenas os olhos.

Nos olhamos,
A troco de escondidas palavras.

-roberta laíne.