domingo, 26 de julho de 2020

Gostaria de falar um pouquinho sobre nossas bolhas.
Primeiro, você já parou para pensar que vive em uma? 
Pois bem, uma bolha é um local que criamos com nossas características, por meio dos nossos gostos musicais, cinematográficos, gástricos, de vestimenta, intelectuais e uma porção de muitos outros...  Envolvendo tudo o que você vê, ouve, usa e toma como verdade. Bem, isso é normal e necessário, no entanto, estamos fazendo de nossa bolha um castelo com um forte altamente armado do qual negamos, rejeitamos e pomos à margem tudo o que não está dentro das características de nossa bolha; inclusive, é por isso que você acha que o seu gosto musical é melhor do que o dos outros, assim também como acredita que os filmes que você assiste são bem melhores e mais conceituados do que o que os outros assistem, a roupa que você escolhe é bem mais estilosa e bonita do que a dos demais e que seu intelecto, sua bagagem cultural, é muito superior a das outras pessoas, porque os livros que você lê, as suas leituras e compreensão de mundo, são bem melhores. Enfim, você fica dentro do seu castelo, com sua artilharia pronta para dizimar tudo o que for diferente. É aí que mora o perigo das bolhas, quando os olhos cerram para as demais e a visão fica turva, você não reconhece e nem vê com bons olhos os que te circundam, nos fechamos em crenças de par perfeito, com amarras de dias perfeitos, comida perfeita, roupa perfeita, férias perfeitas, e tudo o que foge disso tudo é imperfeito e infeliz. Você vai ficando infeliz em sua bolha porque você não aceita que precisa das outras e que entendê-las é pecaminosos e incerto.
Você já parou para pensar que sua bolha é apenas uma perspectiva? E mesmo que ela reúna um número maior de pessoas, isso não faz com que ela seja duas bolhas, continua sendo uma, apenas uma... Você não é melhor, você não é melhor, você não é melhor, você é apenas uma perspectiva.
Só há uma maneira de vencer uma guerra, e é quando você sai do castelo com toda a tropa, chega no "inimigo" e enche-o de perguntas, bombardeia de ideias e se prontifica a escutá-lo, a única maneira de sair da bolha e se sentir feliz fora dela é pedindo licença para entrar em outras e conhecê-las, com a sensação de pertencer a um pouquinho de cada coisa, e saber que nós não somos nada, e muito menos ninguém. Você não é melhor, você não é melhor, você é apenas uma perspectiva.

- Roberta Laíne.

Escrevo pela necessidade de ser para sempre

Quantas vezes eu já não vim aqui e escrevi minha própria morte só para não morrer? Quantas vezes corri assustada, ofegante, com os olhos sobressaltados, de medo, de dor e desespero e corri para cá, só para não morrer... Aos trapos, estilhaçada, com o coração na mão, vim aqui, só pra não morrer, só pra não morrer.

- Roberta Laíne.  

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Eu não escrevo porque gosto ou acho bonito, eu escrevo porque preciso, porque é a única maneira que tenho de sobreviver, porque se houvesse outra maneira... Ah, se houvesse outra maneira... Eu escreveria.

- Roberta Laíne.

domingo, 12 de julho de 2020

À LTA, você ainda está em mim.

Não ficarei com outra pessoa até esquecê-la, e isso não é sobre ser otária, é apenas sobre ser fiel aos seus próprios desejos e sentimentos, afinal, do que me adianta beijar outra boca que não seja a tua? É pior, depois fico pensando em você, em como seria se fôssemos nós. 

- que ninguém me toque até que eu te esqueça, meu bem.

sábado, 4 de julho de 2020

Sempre fui responsável, nunca fui de duas palavras, as pessoas sempre confiaram em mim, e no que eu digo. Elas sempre dormiram tranquilas mesmo sabendo que eu tenho depressão maior, eu nunca dei trabalho a elas com ameças de suicídio ou coisa parecida. Mas ultimamente estou me desconhecendo, estou pensando um milhão de coisas e todas elas em relação a Cássia e a mim. Não importa se já fazem 3 anos, Cássia sempre será uma ferida aberta, porque eu não tive a capacidade de superá-la e por isso vivo uma vida insignificante da qual não sou feliz, nem prevejo ser. O que me incomoda são esses pensamentos e absurdos que circulam a minha cabeça, sinto uma vontade imensa de morrer, de pôr fim a minha vida e acabar com essa existência sem sentido, sem motivo, sem amor, sem liberdade, sem futuro.


Sinto muito por mim.


- Roberta Laíne.