terça-feira, 29 de maio de 2012



Não gosto muito de pensar no futuro, sei lá, deixa o futuro para o futuro, entende?

- roberta laíne.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Liar.

Eu sabia o quanto era frágil, sabia também que em mim habitava uma assustadora vulnerabilidade, eu só não sabia o circo que inocentemente criaria. E nele me fiz de palhaço, onde você sofisticamente me aplaudia. Eras tu, meu principal espetáculo e eu a palhaça que docemente vivia uma mentira que, acreditando, acabava por sorrir, e era assim, era assim que eu fazia, todas as noites colocava uma peruca colorida revestida de ilusões e um nariz vermelho jurando que havia amor, tudo isso para interpretar tua peça, tua fantasiosa peça chamada de sentimento. Mas como em um passe de mágicas, as cortinas se abriram, e antes que eu estivesse preparada para entrar em cena, o que era para ser mais uma noite de show, tornou-se o desfecho mais sombrio que revestiu a platéia, a ver todo o despreparo que havia por detrás daquele iludido palhaço, banhado de verdade com sua nudez inocentemente a amostra, e tu, tu fortes quem abriu as cortinas antes da hora, tu, somente tu, não destes conta que um dia eu, o teu palhaço, pudesse compreender o real sentido da tua peça, tua ludibriosa peça, que no final das contas não recebeu nenhum aplauso e não teve a menor graça.

- Do teu palhaço,

- roberta laíne.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

In my dreams

Ontem, no ápice de minha dor de cabeça resolvi fechar bem forte meus olhos e me pus a imaginar algumas pessoas, lembrei de amores antigos e por mais estranho que seja lembrei-me de amores futuros, mas ontem, necessariamente ontem, resolvi lembrar de você. Imaginei como seria eu te chamando de amor e você a mim também, imaginei-me trocando o meu nome da sua lista de contatos para "minha vida" enquanto você mexia em meu celular, imaginei o teu beijo, que até hoje é sonho para mim, nada para além de meu imaginário; e em meu imaginário resolvi pensar como seria o calor de tuas mãos, nesse momento congelei-me por dentro, que quentes! Que quentes o toque de suas mãos amenizando a minha pele gelada, foi aí que em descompasso vi os teus olhos castanhos claro, a refletir minha imagem desorganizada por estar diante de ti, retirei rapidamente meus olhos dos teus e deparei-me com teus cabelos loiros e perfeitamente alinhados, eu estava em você, e você estava em mim, éramos eu e você juntos, assim, em meus sonhos...

- roberta laíne.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Teu perfume barato.



E então resolvi caminhar, pois estava banhada de insanos pensamentos em como te esquecer, quando de repente, um transeunte passa por mim e consigo traz o teu perfume, teu primeiro perfume, de flores de maio, quando tudo começou. Ah se eu pudesse pará-lo e dizer: banhe-se já! E retire esse perfume que não é seu! Mas que loucura seria, bem mais insano que meu banho de pensamentos, pedir pra alguém retirar um perfume que intitulei seu, ora francamente, perfume seu... pensando bem... Isso! Era exatamente isso! Descobri tudo, barato! Teu perfume era barato como teu amor, pois todos o tinham e eu fui mais uma que me deixei inebriar, por teu perfume barato que inundou meu coração, mas hoje cheira a decepção de maio... Como fui tola. Acreditei em teu perfume barato!

- roberta laíne.

quinta-feira, 10 de maio de 2012




Vamos, continue, continue sorrindo, eu sei que está ficando cada vez mais difícil, mas continue dizendo que "tá tudo bem" isso mesmo, ninguém precisa saber que esse tudo bem está entre aspas, então continue, eles não sabem que você está em pedaços por dentro e se quiser chorar, chore, mas chore rápido, aproveite que não há ninguém por perto agora, e não se esqueça, se alguém perguntar, "tá tudo bem" ninguém saberá que está entre aspas.

- roberta laíne.

quarta-feira, 9 de maio de 2012


10 horas e 16 minutos, no pátio de minha casa...
Todos acomodam-se, menos eu, e a lua. Estou olhando-a compulsivamente, fitei sem cortes ou tempo para piscadelas, ela logo percebeu e em resposta sorriu-me sem graça me pedindo para parar, mas não consegui, obriguei a deixar-me vislumbrá-la, oh lua de maio, como consegues ser tão bela? Me conta teus segredos? Não sintas vergonha, todos sabem do teu amor pelo sol, vejo em teu brilho, o espera... Oh bela lua, não se sintas sozinha, pois morro todos os dias, sou poeta, morro em palavras, e também espero alguém, alguém que, como o teu sol, que nunca irá voltar...

- roberta laíne.

sexta-feira, 4 de maio de 2012


E então eu gosto, eu gosto de gostar de você, que chega não cabe, não cabe dentro de meu peito, e então eu deixo, eu deixo nunca deixar de você, então você.

- roberta laíne.

quinta-feira, 3 de maio de 2012


-Esqueceu?
-Exatamente. Esqueci... Só que na verdade... eu esqueci de esquecer.

- roberta laíne.
Eu e...
Euuuu e...
Na verdade éramos...
Éramos eu e...
Você.

- roberta laíne.
Então lá estava ela, a menina do canto, sempre estranha e calada, com poucos amigos e rodeada de papéis desorganizados e uma mochilinha peculiar, nunca ninguém ousou mexer em sua bagunça, muito menos em sua mochilinha que carregava inúmeros papéis, sabe-se lá o que neles continham, talvez nem ela sabia, pois estava perdida em seu próprio mundo, e quando alguém ousava em perguntar algo, ela apenas dizia: "Quero ser poeta ".

- roberta laíne.

Em memórias de Pitanga.

Caro leitores, atentem-se a esse sentimento intitulado de
PITANGA!

Eu precisava vir aqui falar, tão entre lágrimas e recoberta de saudades, pitanga  gostava de viver, lutou muito, doou-se por completa, mas pitanga teve que ir embora e eu não pude lhe dar nem um último adeus, e entre mais lágrimas, sinto falta de pitanga, e é na ausência dela que descobri a existência de outros tipos de anjos, anjos que possuem patas...

Pitanga sz

- roberta laíne.


Poetas não beijam, exalam amor eternizando-o por alguns segundos.

- roberta laíne.


Não vou mentir, tenho vontade de te falar inúmeras coisas, de te xingar, na verdade, e de te puxar para o lado menos perigoso quando te vejo quase perdido, mas sinceramente.... Sinceramente, isso não anda mais valendo a pena.

- roberta laíne.