sábado, 12 de outubro de 2013

Sem delongas, não coube mais a mim julgar tua persistente capacidade em acovardar-se ao amor, de fato, talvez você tenha razão em ter tamanha racionalidade até em se emocionar, não deixando nunca que sentimentos tomem conta de ti, ao ponto de fechar os olhos e se deixar abalar pelo amor... Tanto faz, você desistiu e eu sorri, sorri carregada de lágrimas as quais jamais deixaria cair naquele instante, guardei-as para o próximo dia de chuva e trovoadas, pois, apenas desse modo ninguém escutaria, ou então confundiriam minhas lágrimas com as águas da chuva. De fato, guardei-as como não te guardei, afinal, quem quer armazenar roupa emplastificada no guarda-roupa? Mas, a partir de agora, antes de beber qualquer nova xícara de café, balançarei ao máximo até encontrar as pedrinhas de açúcar, e, só assim parar de me perguntar, quantos mais cafés amargos preciso experimentar para um dia acertar o ponto?

Deliberadamente,

- roberta laíne.