sábado, 22 de janeiro de 2022

"Happiness is a butterfly"

Ontem dormimos juntas pela primeira vez e isso foi muito importante para mim, principalmente porque, no meio da madrugada, eu acordei muito mal, com uma crise de pânico e ansiedade severa. Eu estava gelada, com o coração a mil e uma sensação horrível. Nessa hora, lembrei da mamãe e do meu quarto, desejando estar em casa, sem entender o porquê de essas crises terem reaparecido. Decidi acordá-la e avisar o que estava acontecendo e recebi em troca compreensão e colo. Eu tinha certo medo de ser julgada, passei tantos anos escutando o quão minhas crises eram besteiras, que acabei por sentir medo de que todos assim as achassem, mas ela não. Inclusive, perguntou-me se eu não queria que ela lesse para mim e eu disse que sim. Então, buscou seu celular e abriu um aplicativo que possuía vários livros, nessa hora meus olhos brilharam e dei um sorriso meio sem graça, pois outra onda de pânico estava se formando em meu corpo. Agarrada a mim, pediu-me para escolher um título e eu respondi quase que simultaneamente: "O pequeno príncipe". Não sei ao certo o porquê da escolha, e de ter sido o único livro que veio à minha mente naquele momento em que ela estava altamente bagunçada. Talvez pelo fato de eu sempre ter achado a obra doce, um livro ameno que, inclusive, trata de coisas amargas e difíceis. Talvez eu quisesse voltar a dormir e só conseguisse se me distanciasse da maldade das crises e da prisão que é o medo de senti-las novamente. Agarrei-me ao seu braço e repousei minha cabeça sobre o seu peito enquanto ela lia, naquele momento eu estava totalmente vulnerável, mas não tive medo de que ela soubesse disso, não tive medo de demostrar que estava precisando muito de sua ajuda e do pequeno príncipe também. Após a terceira crise cessar, enquanto ela lia, meu corpo foi se acalmando, o pânico e a ansiedade perceberam que, por mais que continuassem, agora eu não estava mais com medo e sozinha, agora estava abrigada e terna, foi aí que dormi novamente, enquanto o alívio tomava conta de todo o meu corpo e eu percebi que a felicidade é uma borboleta...

- Roberta Laíne.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Oi, boa noite, você está aí? Então, eu só queria conversar com alguém, sabe. É a minha cabeça. São os meus pensamentos. Eles estão me perturbando novamente. Eu estou chorando porque eles estão dizendo coisas horríveis ao meu respeito. Eles dizem que eu só magoo e decepciono as pessoas e, que, por isso, eu deveria morrer. Pois sou ruim, muito ruim, desse modo, preciso morrer, para não magoar mais ninguém, nenhuma pessoa ao meu redor. Sabe, eu estou sentindo vontade de cometer suicídio, porque eu sinto que mereço morrer. E eu queria me desculpar pela minha existência no mundo e por mais uma porção de coisas, mas minhas lágrimas estão deixando a minha visão turva, impedindo-me de continuar a escrever. Então fica bem, dorme bem.

Com carinho, 

- Roberta Laíne.

domingo, 9 de janeiro de 2022

Meu Deus, que saudade de repousar minhas mãos sobre tua cintura, enquanto as tuas dançavam sobre o meu pescoço...

Te beijar era artístico.

- Roberta Laíne.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

"C'est pas moi, je le jure" Não sou eu, eu juro"

Por que eu faço isso? Por que eu expulso as pessoas da minha vida? Por que eu fiquei com a mente adoecida? Oh, baby, diga-me, entre uma pílula e outra por que eu não tenho controle? Qual o sentido de tudo isso? Por que o meu cérebro me domina e diz coisas horríveis aos meus ouvidos, alternando com maestria entre o sussurrar e o gritar palavras violentas? Por que eu sucumbo, baby? Você está aí? Consegue me ouvir? Diga-me a verdade, dá para me tirar daqui? Oh, baby! Não me diga que esta prisão não tem fim. Baby, você pode me ouvir? Pode me puxar? Você pode acalmar os meus olhos e dar-me um beijo de boa noite? Baby, você está aí?

- Roberta Laíne.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Estou me sabotando de modo severo. Não sinto mais vontade de voltar para a escola. Não sinto mais vontade de sair do meu quarto. Não sinto mais vontade de fazer absolutamente nada. Tudo o que eu quero é respirar lentamente e permanecer parada, submersa na escuridão. Eu não quero mais estar aqui. Não quero continuar forçando minha presença ridícula e desnecessária entre as pessoas. Não quero mais continuar sendo a fodida que sou, a mente mais fodida do universo, a pessoa mais desnecessária do planeta. 

- Roberta Laíne.