domingo, 29 de março de 2015

 A despedida é a visitante mais inconveniente que existe. 

- roberta laíne.


quarta-feira, 25 de março de 2015

Uns vêem o sol, 
eu vejo a Lua, 
até de dia. 

-roberta laíne.

terça-feira, 17 de março de 2015

Chorar é apenas pôr para fora o que o corpo rejeita.

- roberta laíne.

segunda-feira, 16 de março de 2015

No momento, há várias coisas espalhadas em meu quarto: um livro de contos de Milton Hatoum (A cidade ilhada) que acabei de ler para meu TCC, em cima dele o próximo (A menina sem palavra) de Mia Couto, possivelmente também para o meu TCC, e, abaixo dos dois, o meu livro guia, linguagens e códigos de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães que, confesso, para onde vou levo esse livro, é minha bíblia e nem precisa se indagar o porquê, pois te digo, nele habita a literatura e a linguística, tudo o que eu preciso para sobreviver. Bem, há outros livros espalhados pelo quarto assim também como meus remédios e as letras de uns poemas que nunca me dei o trabalho de terminar, uma bagunça de letras que me fez lembrar que, ao sair de uma sala e tentar uma maneira mais fácil de mostrar para meus alunos o lexa-prem, característica do paralelismo presente nas cantigas de amigo, fiquei atordoada, irritada com aquelas estrofes narcisistas e aquelas repetições vazias e estruturantes dos poemas. Saí me questionando em voz alta: tem coisa mais difícil que ensinar literatura? Um dos funcionários da instituição escutou-me e respondeu: que tal uma cirurgia no coração? Ou quem sabe no cérebro? Confesso que assustei-me com a resposta, mas logo irritei-me e disse: bem, depende. Cada uma tem suas dificuldades e são cortes vitais... Porém, ele argumentou com os olhos algo calado e cínico do tipo a medicina é mais difícil que tuas letras e literatura, e eu mais cinicamente respondi, um corte no coração pode significar muito, a vida por exemplo, mas um corte errado nas palavras além de significar a vida, pode para sempre danificar a alma... Sorri, e saí dizendo: lexa-prem, trovadorismo, ondas do mar de Vigo, as palavras tem poder...

-roberta laíne.

domingo, 15 de março de 2015

Às vezes, sinto umas saudades esquisitas, meio que do nada - sufoca o peito, amarra a alma e dá vontade de sair correndo urgente para um hospital, contar tudo para algum médico da emergência e pedir um medicamento, uma receita ou um tratamento, ao menos um paliativo para aquele momento em que você está tendo tremores, sufocamento no peito, dor no corpo inteiro, e medo de morrer, morrer de medo, morrer ali sem ter matado quem estava te matando, morrer de saudade. 

-roberta laíne.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Não vivo noites fodas,
Vivo noites fodidas.

-roberta laíne.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Infinity - the xx

Estou vivendo a felicidade em seu pleno contorno, com curvas castanhas e em amarelo claro como luz de sol de praia. Parece mentira, mas a verossimilhança se encontra aqui, bem aqui, nestas palavras, como quando olho para cima e só enxergo embarcações a flutuar no azul do céu mar, ou como quando olho para baixo e vejo aviões decolando suavemente ao chão...
- roberta laíne.