quinta-feira, 13 de dezembro de 2012



Não lembro mais 
   a última vez,   
     em que eu não chorei...

-roberta laíne.

Pai, eu sinto a tua falta.

-r.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


Acordo-me rendida, e me prontifico a dizer:
eu sou mais tua, sou mais tua do que minha.

-roberta laíne.

terça-feira, 27 de novembro de 2012


vagava...

              e vagava

                                  vagava              

                                                 sem parar...


-roberta laíne.

Take me out

Olho-me no espelho e inclino para baixo minha cabeça. Mais! Eu bem que poderia ser mais! Bem mais... Sinto-me impotente Pai, e, desde que você se foi as coisas estão tão confusas para mim, e me vem a cabeça a palavra mais! Eu poderia ter sido mais, eu poderia estar sendo mais, mas nem isso consigo, me sinto menos, abaixo de zero, num frio cortante e absurdamente assombrador; me sinto descongelando gradativamente, e aos poucos virando nada, se transformando em nada, eu não sou mais nada, Pai...

-roberta laíne.

domingo, 25 de novembro de 2012




Por um lado, era até bonito de se ver a leve apatia que o ódio sentia do amor, uma espécie de mutualismo vigente ali entre ambos. Pois, de certa forma, um não vive sem o outro, ou sem um, o outro não existiria (como queira apontar). E você pode me achar uma louca desvairada por postular que o amor possivelmente não viveria sem o ódio, mas de fato, este é o fato que afirmo. Ou você nunca amou odiando o mesmo alguém? Ou odiou amando misteriosamente alguém? Mutuo, absurdamente recíprocos, como queijo e presunto precisam do pão.

-roberta laíne.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012



Acho que as estrelas são as coisas mais Deus desse mundo...

-roberta laíne.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Misfit

Era uma inquietação, doce por sinal, eu parava e te imaginava em meus vulneráveis braços. Me apropriei de um controle remoto (mental) ao qual me pegava: parando, voltando e repetindo aquele mesmo pensamento, o de todos os dias: teu beijo.
Algumas pessoas logo enjoariam este filme de uma única tomada e sem nenhum figurante, gravada num cenário simples e rústico, em preto e branco, com a mesma trilha sonora, Beatles. Sei que em menos de uma semana qualquer normal enjoaria, mas, em mim, passou o inverno inteiro e você se tornou minha cena de filme favorita. 
Imaginar teu beijo era um dos melhores pensamentos que me alimentava... A parte mais interessante da coisa toda é que você sabe tudo sobre mim, misfit, choro assistindo Fluke - lembranças de outra vida (1995) e te conto de uma maneira que te faz sorrir. Algumas vezes, amores efêmeros me aparecem, uns excitantes, outros monótonos e eu te conto também. Meus gostos você tão bem sabe, Beatles, Chapolin e livros de toda e qualquer espécie, com uma leve queda por meu eterno Álvares, Shakespeare, um pouco de Lispector e Baudelaire. Te conto sobre minha queda por Hitler (nosso estranho segredo), Getúlio Vargas, Leonel Brizola e Che Guevara, politicamente não falando, e um violão frouxo como teu riso sem graça... No mais, você sabe que gosto de falar sozinha, desenhar coisas estranhas e comer sucrilhos, criticar alguns filmes absurdos e sempre elogiar Tim Burton pelo presente Edward Mãos de Tesoura (1991). Secretamente sabemos que passe a primavera que passar, sempre voltamos ao mesmo ponto: você docemente sorrindo, e nós discutindo sobre Tomoyo e Sakura (de Sakura Card Captor, um dos nossos desenhos favoritos), e eu sempre te mostrando alguns de meus poemas, enquanto rimos de seus estranhos neologismos e da maneira absurda que eu te lembro de nós, fazendo cara de boba ao imaginar você...

por dois outonos completos,

-robie. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012



Cabisbaixa, olhei pela janela, visualizando mudamente aquele tempo adivinhar meus pesares, tudo estava em tom cinza, e, o máximo de cor que havia era um preto choroso que dava dó só de olhar; parada, comecei a indagar-me: 
"Como você conseguia tão facilmente foder com todos meus planos e pensamentos?"
Vagarosamente, fechei a janela, e deixei meu pensamento vagar por toda casa, até eu perder seu cheiro de vista.

Lentamente,

-roberta laíne.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Fiquei confusa,
       me perdi,
não entendi,
       lá vem você de novo...

-roberta laíne.

domingo, 18 de novembro de 2012

[...]

Ele não era nem tão bom, nem tão ruim, ele apenas era, e eu adorava isto.

-roberta laíne.

sábado, 17 de novembro de 2012

Escuridão, escuridão, escuridão... repeti-a três vezes, e logo em seguida lembrei-me de que nunca tive medo desta palavra. É estranho, eu sei, mas sempre achei que a escuridão fosse como uma xícara de café, com cara de velho ranzinza que enruga o cenho, mas, quando pomos o leite, a escuridão vai embora, e formam-se bolhas chacoalhantes de risos... escuridão, escuridão, sem ela eu jamais poderia enxergar as estrelas como no café com leite.

-roberta laíne.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Era um barco inapropriado, totalmente inapropriado prum corpo desalojado; sem alma, sem espírito, sem nada, absolutamente nada; a não ser, as características de uma parte material que denota ser tudo, mas que na verdade, é mero absolutismo de nada, repito nada, nem cheiro, nem odor, nem alma...

Intrepidamente,

Aos humanos

-roberta laíne.

terça-feira, 13 de novembro de 2012


Era doce o cheiro do papai, e por sorte danada, só eu podia ouvir...

-roberta laíne.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Idiota

Era patético, eu sei. Sabia desde o inicio que nunca poderia ter você - é. Idiota de minha parte, achar que a garota mais linda da cidade se interessaria por mim, eu, logo eu, idiota. 
Um traço, - fora tudo o que você me deu, e eu contente por de ti receber um traço, eu sei, era idiota de minha parte, mas sempre soube que, seria bem mais idiotice se eu não me atraísse por ela, a menina mais linda da minha cidade, seria bem mais idiota, idiota de minha parte.

-roberta laíne.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

domingo, 4 de novembro de 2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Pai, eu sei que neste exato momento tu podes me escutar, então quero te desejar uma boa noite, e saibas que, hoje, eu tentei de tudo, tudo pai. Não te contei ainda, mas taquei-me na escada do hospital tentando chegar o mais rápido possível para perto do senhor. Já havia ligado para todo mundo pedindo ajuda, e no final estava ligando para mim mesma do meu próprio celular, não ria pai (risos). Não tenho o número de vezes que entrei escondida naquele hospital para te olhar, mas, vejamos pai, comporte-se bem agora longe de mim, e seja bonzinho, ok? A partir de amanhã porei em um pote todas as tardes que não estiveres aqui comigo, pra te mostrar assim que o senhor voltar. Escuta pai, estas noites não pretendo dormir enquanto o senhor não voltar, se me der muito sono eu tiro um cochilo, mas qualquer coisa o senhor já sabe não é mesmo? Me chama...

Da tua peteca,

-roberta laíne.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Olharam para mim e disseram-me: você tem que ser forte!
Assenti, e sorri absurdamente forçada, fora o riso mais triste que dei em toda a minha vida. Logo em seguida olhei ao meu redor, e concentrei meus olhos em uma janela que bailava o mundo lá fora, e eu aqui dentro parada. Aproximei-me de um espelho e olhei para mim, fiquei encarando meu reflexo; perguntei-me quanto mais de força eu teria que ter? Quanto mais era preciso? Estava eu ali, acabada, com os olhos mais baixos que a própria tristeza, já tinha dado toda força que havia dentro de mim, e ainda me pediram para ter mais! De onde? Onde eu encontraria mais forças? Derramei uma lágrima e meu reflexo duas, enxuguei e sorri pela segunda vez, este, fora o segundo sorriso mais triste de toda minha vida.

-roberta laíne.

terça-feira, 30 de outubro de 2012



Agora, independentemente de quanto isto tenha me custado, aprendi a calar-me.

-roberta laíne.

domingo, 28 de outubro de 2012

E no que diz respeito a ti, sempre criei coragens absurdas. Às vezes paro e fico me perguntando: como? Como tive e tenho a audácia de desafiar certos limites e leis físicas por causa de você. Um completo idiota que diz eu te amo, mas que não faria nem um quarto do que faço, e me irrito ao saber que tudo o que fiz e faço é natural, chegando a doer em mim a capacidade de me odiar por não me dominar mediante a ti, e às vezes sufoca, sufoca bastante, o fato deu saber que, por ti, eu faria isto, e muito, muito mais do que até eu possa imaginar.

-roberta. laíne.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


Mesmo com medo da resposta, fui até o quarto dele e perguntei:
PAI, você poderia ser pra sempre?
Eu tenho medo sem você.

-roberta laíne.


Mas não se preocupe, sente-se e espere-me, abra seu livro favorito, e prepare aquela boa xícara de café para quando eu voltar... Recomendo-te que faça café, és péssimo ao preparar leite, então não vamos arriscar. E não precisa fazer esta cara ao ler esse bilhete, tudo bem se ainda estiver zangado, mas desfaz esta cara que eu tão bem conheço, à proposito, continuas lindo. E sei que posso fazer tudo errado, e usar as piores palavras, mas se for por você, eu posso voltar, se for de teu grado, eu volto, três vezes ao dia, ou se preferir três vezes a cada hora, eu volto. Lerei Romeu e Julieta a você, e sorrirei dos teus jeitos ao se surpreender com minhas paixões por romances impossíveis e saber pronunciar palavras difíceis, sorrirei ao tentar te fazer pronunciá-las. Mas não se esqueça, abra seu livro favorito, aquele lhe dei depois de uma de nossas brigas, e leia, mesmo tendo todas as frases decoradas, mesmo sabendo que Marley morre no final, mesmo que em determinada parte você lembre do meu riso, mas leia. E prepare-me uma boa xícara de café, porque-eu-sempre-vou-voltar.

-roberta laíne.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O bicho Amor.



Tô começando a achar que esse negócio de amor dura pra sempre mesmo. Bicho danado, quando te pega num quer mais te soltar. Espécie única que nunca vi parecida. Assombra meus olhos, mas não dá nenhum pingo de medo. Coisa estranha que é boa de sentir, esse dando existe de verdade. Seu Manoel da fazendo ao lado disse que ele afeta o homem daqui do campo, e até mesmo aquele danado de apressado da cidade. E olha só eu agora, deitada na relva para voando só de nele falar, que bicho estranho esse tal de amar...

-roberta laíne.

Para cada UMA mentira sua, DOIS buracos em meu coração.

-r. laíne.


E mesmo que eu não quisesse agora estava sem jeito; você já tinha tomado posse de minha alma...

-roberta laíne.

terça-feira, 23 de outubro de 2012


Ela tinha tudo, e eu não tinha nada sem o riso dela....

fragmentos de melhores amigas,

roberta laíne.
E te olhar, e ficar te olhando, e te olhando, e olhando, e te olhando, assim olhando, até acabar a poesia...

-roberta laíne.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

[...]

Olha eu novamente, montando meus cacos.
Juntei pedaço por pedaço, e após completos, fui montá-los.
E montei, e remontei, e tentei de várias maneiras, mas algo estava errado;
recriei então peças, despedi-me doutras, mas nada adiantou, não tinha jeito, ao montar-me novamente aparecia tua imagem.
Olha só você, até em meus cacos...

-roberta laíne.

domingo, 21 de outubro de 2012

sábado, 20 de outubro de 2012

(...) É tão estranho quando me vem a imagem dele na cabeça, uma dubiedade paradoxal que me assusta, poesia dupla, ele, logo ele, justo ele, o que mais me fez feliz, foi também o que mais me incapacitou da felicidade.

-roberta laíne.
Larguei a xícara de café e comecei a escrever-te uma carta. Mais uma, porém, nesta apenas queria empilhar, uma questão de números, organização, empilhamento, ausência total de sentimentalismo nunca correspondido. Apenas empilhar.
Então amontoei um jorro de verbos desalinhados, que só faziam sentido a mim, que entendia aquelas sensações agridoces que era escrever a você, e ao término desta, pus involuntariamente um P.S. grafado em letras fracas, como se fosse meu âmago conversando com o papel, e me deixando alheia disto. Na verdade, era sim meu âmago irritado com estas pilhas de cartas a ti, que bravamente disse-me:
"Era de total relevância quando você me perdia por coisas bobas, e até mesmo por outras de alto valor de culpa, era tudo de total relevância, mas aí, não contente em me perder como o pavio esmaga a cera, você resolveu superar-se, e da pior maneira perdeu-me: para você mesma."

De meu âmago a ti,

-R. Laíne.
- Ei
- Oi
- Desculpe-me, não quero lhe interromper...
- O que houve?
- É só saudade.

-roberta laíne.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Caso com a primeira pessoa que olhar para mim e disser: eu te entendo.

-roberta laíne.
Por ora, sou apenas...
Apenas...
Vieram inúmeras coisas em minha cabeça, das mais banais as mais significativas, mas a única que consegui pronunciar fora:
Sou apenas, um pedaço solto de sentimento...

-roberta laíne.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tá bem?

Tá mal?

Tá com algum problema?

Mas tá tranquila?

Afinal com o que você tá?
Eu só tô.

- roberta laíne.


Não sei se me preocupo,
Se me ocupo,
Não sei mais de mim.

-roberta laíne.
(...)

Às vezes eu não sei mais o que fazer,
Aí eu não faço nada,
Absolutamente nada.
Como nessas quatro linhas.

-roberta laíne.

sábado, 13 de outubro de 2012



Não por perseguição.

Fechei o livro que lia e comecei a imaginei que você estaria de fronte a mim, tirei meus óculos e disse-lhe: "Não por perseguição, mas querendo ou não você jamais iriá me esquecer, minha imagem sempre dará um jeito de te perseguir não por perseguição. Não por perseguição, mas de poesia a ti enviei todas as minhas, e não por perseguição, mas fui eu a pessoa mais honesta que você encontrou em toda a sua vida.

-roberta laíne.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012


Quando vi essa imagem meus olhos começaram brilhar, e antes mesmo que você presuma que eu possa ser de outro planeta, quero dizer-lhe apenas o que imaginei: 
Imaginei milhares de coisas lindas, imaginei um cachorro gigante com um dono pequenino que tinha uma mochila como a minha, chamada formigo; imaginei, uma viagem pelo infinito que tinha cor de verde, com um céu todinho em alaranjado repleto de nuvens rosadas cor algodão doce; depois imaginei o cachorro gigante andando naturalmente por um oceano todo azul escuro, cheio de peixinhos cor de todas as cores, e a brisa com cheiro de café no bule que minha bisavó fazia...
Por fim, imaginei que o cachorro grande galopava em fantasia, em um lindo jardim que tinha cor de verde limão, depois começaram a sorrir com tamanha imensidão.

-roberta laíne.


(...)

Eu sonhei que você sonhava comigo,
mas era tudo sonho...

-roberta laíne.


E de repente meu celular vibra, olhei banalmente pensando ser uma das pessoas as quais conversava, porém era você, aparecendo do nada, e dizendo o quanto era difícil praticar o ato de me esquecer, sorri e respondi que as coisas mudaram, tudo era novo e difícil para mim, aprendi a ficar forte, forte até demais, porém sorri novamente e disse: te esquecer, fora um dos atos mais difíceis de minha vida.
Ele me ligou logo em seguida e disse que só queria escutar minha voz, continuei com a ideia de sorrir e fiquei sorrindo ao telefone, relembramos as ciladas que nos metemos e da tragédia que terminara nosso filme de romance/drama/terror. E antes de desligar, vibrantemente escutei que, eu ainda continuava a pessoa mais fofa desse mundo, e em resposta disse: você ainda continua sendo o único que pode me salvar.

Até qualquer dia, Romeu.

-roberta laíne.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012


(...) e de repente você sorriu; parei, concentrei-me disfarçadamente, e memorizei o som do teu riso, só pra ficar reproduzindo-o o restante do dia...

-roberta laíne.

Morro de medo quando ouço alguém dizer "eu te amo" para outra pessoa; paro e fico me perguntando: será mesmo que esta pessoa sabe o significado, peso, relevância e a afins que um "eu te amo" carrega? (...)
Infelizmente eu não sei, e é por isso que morro, morro de medo quando "vejo" alguém dizendo "eu te amo" para outra pessoa...

-roberta laíne.


Aí de repente a gente muda, e certas coisas já não fazem mais efeitos sob a gente.

-roberta laíne.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Será que                                                                        
     Que soa                                                              
                Como loucura.                                  
                              Achar que
                                            O sorriso
                                                     De uma pessoa,                                                                                                                   Tem cheiro azul escuro?

                                                                                   -roberta laíne.

sábado, 6 de outubro de 2012



Foi bom ter voltado pra mim (...) é, eu precisava. De fato, minha solidão nunca conformou-se quando mandei-a embora, e agora nem triste, nem feliz, apenas não estou, e foi bom ter voltado para mim...

-roberta laíne.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Então olharei para todos os meus amigos e direi:
"Eu não me importo! Que ele seja muito feliz com ela ou com as outras que um dia irão aparecer, para mim tanto faz, não sinto mais nada. Absolutamente nada!"

Falarei estas palavras treinadas tão bem, mais tão bem, que todos os meus amigos irão acreditar, todos eles, menos eu.

-roberta laíne.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012



Minha poesia é cega, só tem olhos para você...

-roberta laíne.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

De fato eles sempre brigavam, xingavam-se, diziam barbaridades um para o outro, e chegavam a ficar por horas emburrados sem se falar, às vezes quando a briga era mais séria, passavam dias assim, um sem pronunciar nada ao outro, e havia também vezes que isto perdurava por um mês, o que eles costumavam chamar de "eternidade".
Então resolveram separar-se, começaram um novo jogo que tinha um sério teor intitulado de: "recomeço". No início, realmente parecia que um havia esquecido o outro e que estavam felizes com suas outras pessoas, era "eu te amo" para tudo quanto era lado, agora estavam bem, pois esqueceram-se ou talvez esta era a maior prova de que nunca se amaram. De fato, era até bonito o parecer que ambos demonstravam, o problema é que este recomeço realmente apenas parecia, não era um de fato, e descobriram isto quando o tempo resolveu alongar-se e o cheiro de terra molhada lembrava quando eles faziam amor, começaram a sentir de saudade, um sempre dava algum jeito de procurar o outro, seja para dizer um oi, seja pra suplicar por um abraço. Se procuravam, porém era tudo muito discreto, um não podia saber que o outro estava a sua procura, era a busca mais silenciosa do mundo.
Sentiam ciúmes absurdos  um do outro, mas tudo sempre as escondidas, tudo muito bem camuflado, pois eram orgulhosos demais para admitiriam que, um precisava absurdamente do outro para sorrir. Escondiam-se de  si próprios... E para piorar mais ainda descobriram um novo jogo, chamado de: tanto faz a vida dele. E assim continuam, não se sabe até quando, quem sabe um dia eles param ou talvez entendam que, doa a quem doer eles nunca se deixaram, nunca falharam um sequer dia sem pensar um no outro, e no final das contas se existe ou não conto de fadas, se existe ou não o amor, eles acabaram de inventar.

-roberta laíne.


Então é, restou-me esperar. Vai que um dia por ironia do destino ou a mando de Deus eu encontre alguém, alguém que também resolveu esperar por ironia do destino ou a mando de Deus, é...

-roberta laíne.

terça-feira, 2 de outubro de 2012


É super normal, eu simplesmente gosto de você. Assim normal, super normal, entende? Parece que já vem de mim, de meu âmago, algo como quando nasci já vim predestinada a ter certa altura, certa tonalidade na cor de meus olhos e cabelos, e esta bendita naturalidade de gostar de você, entende?
Na verdade, é tão simples que se torna até difícil de se entender, mas é assim: eu gosto de você assim normal, super normal, nada forçado, sem complicações, simplesmente te olho, e sei que sou absurdamente apaixonada pela normalidade que é gostar de ti.

-roberta laíne.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012


Acho bonito o fato de te ver sorrindo, e não contentar-me de alegria sem ao menos estar feliz.

-roberta laíne.


É que sozinha eu não vou conseguir, entende?

-roberta laíne.


Até entendo, são os meus erros não é mesmo? Meus erros, sempre meus erros, tem também a minha chatice não é? Ou deva ser a minha desordem agoniante, jeito estranho de fazer as coisas... e ainda tem minha calmaria nos momentos difíceis, mas meu jeito, sempre meu jeito, e sei que deve ser difícil pra você tentar amar uma pessoa como eu, este meu jeito, então aconselho-te, procure alguém com outros jeitos, porque este jeito de meu jeito, nem eu posso aguentar.

-roberta laíne.

sábado, 29 de setembro de 2012

A espera de um abraço.

Julho de 64

Ato I
Estranho, sozinho, sábio, leitor e colecionador de algo peculiar: Abraços. Pedro apontava seus 18 anos quando, consternado em seu quarto, indagou-se sobre o que era amar.
Não tinha muitos amigos, na verdade, uma apenas, sua melhor amiga Catarine, que também apontava a sua idade.
"São tempos difíceis para sonhadores", e neste mais ainda, início da ditadura militar e Pedro era um colecionador nato de abraços, e fiel indagador do que seria o tal do amor ...

Narradora: Vejamos, sou uma narradora onisciente e onipresente, e vou contar-lhes a priori como Pedro conhecera. Bem, eram fins da primavera, o toca fitas do carro de seu pai soltava ruídos de Chico Buarque, Pedro, amante da solidão, resolvera fazer o único ato que realizava ao sair de casa: ir ao bosque. Era fim de tarde, e para ser mais específica o relógio apontava a quinta hora da tarde, o sol timidamente se preparava para dar-lhe adeus, quando de repente, no ápice de sua distração, Pedro chocava-se a um dos bancos do bosque e ía repentinamente de encontro ao chão, ao ver tamanho incidente, uma jovem moça corre até pedro para ajudá-lo a se recompor...

Primeira nota da narradora: Neste exato momento você deve está tirando conclusões próprias, as do tipo bem, eu já conheço o final dessa história, ele se apaixonará por ela e serão felizes para sempre... Errada! Como disse de início, eu sou a narradora e sei o final, e acredite, não é este.

Após ajudar Pedro, a simplória moça apresenta-se como Júlia e diz prometer a Pedro jamais contar como ele se acidentara, ambos riem e Júlia o convidou para ir até sua casa para comer algo, pois ela tinha acabado de testar sua nova receita de biscoitos naquela mesma tarde...



Ato II

Ao chegar na casa de Júlia, Pedro começara a visualizar suas minúcias, quando de repente deixa ir ao chão uma miniatura de carro (um impala 64), justo no exato momento em que Júlio, irmão de Júlia adentra pela porta que Pedro passara. Assustado, logo recompõe a miniatura, quando escuta a seguinte frase vinda do irmão de Júlia: Quebre-o e eu quebro sua cara.
Uma nota importante: todas às vezes que Pedro assustava-se com algo, era como se tudo ao seu redor quisesse-o atacar, Pedro entrava numa espécie de pane e começava a debater-se freneticamente.

Ato III
Pedro começou a se auto-machucar enquanto Júlia e seu irmão não sabiam o que fazer; de repente, Pedro começou a quebrar tudo que estava ao seu redor, em resposta, Júlio corre ao seu encontro para pará-lo, pedindo para que se acalmasse, e abraça-o para impedir suas mãos de mais estrago... Abraço! Pedro era um colecionador de abraços como disse no início, e ao receber o abraço de Júlio, não fora diferente, Pedro automaticamente o guardara e agora protegido com o novo abraço que colecionava, cessou sua crise, porém saíra correndo da casa de Júlia sem ao menos pronunciar uma despedida.

Ato IV
Quarto de Pedro.
Atordoado, Pedro não sabia ao certo organizar suas ideias; tropeçar, conhecer Júlia, ir até sua casa, derrubar o carro em miniatura de seu irmão, sofrer uma de suas crises, ganhar mais um abraço para sua coleção, e descobrir que neste abraço estava seu maior tormento, pois este causara-lhe algo diferente...

Narradora: Neste exato momento, você também deve estar tirando conclusões próprias, e bem, deve estar dizendo que já conhece o final desta história, Pedro é gay e estava apaixonado pelo irmão de Júlia... Errado! Como disse desde o início, eu sou a narradora e sei o final, e acredite, não é este.

Ao término da primavera e nas boas-vindas ao outono de 64, as coisas se complicaram, pois eclodiu mais uma perigosa revolução contra os militares, fazendo surgir então o alerta para que a população evitasse sair de suas casas e não desobedecesse as ordens impostas pelos soldados da tropa de frente. Inquieto, Pedro precisava sair e ir até o seu bosque, único lugar onde conseguia sentir extrema paz, porém estava interditado por soldados da tropa de frente da ditadura. No entanto, não importando-se, Pedro abandona seu quarto as escondidas de sua família, que atenta ao rádio, colhia informações sobre a revolução que eclodia.

Ato V
No bosque.
Ao chegar no bosque, a tropa de frente militar se prontificava para impedir a passagem de qualquer transeunte que tentasse adentrar, um dos soldados chefe era Júlio, irmão de Júlia. Incrédulo, Pedro fixou seu olhar em Júlio, que segurava uma pesada arma ao qual não soube identificar. Pedro sentiu uma imensa vontade de abraçar Júlio novamente e foi então que começou a guiar-se até ele, mas ao meio do trajeto, recebera a ordem para não aproximar-se, caso contrário seria atingido. Parado, Pedro começou a olhar para Júlio, como quem pedia para que ele que fosse-o abraçar, já que este tinha autorização, mas Júlio não fora, e alguns soldados lhe seguraram por detrás fazendo-lhes ameaças. Pedro começara a entrar em pane, e começou a debater-se, os soldados entendendo como um ato rebelde comunicaram Júlio para enfim tomar posse da situação já que era o líder da tropa. Olhando para Pedro que debatia-se, Júlio apontou para sua cabeça sua arma de grande porte e...

Narradora: Nesta pausa você deve estar pensando, está história eu realmente não conheço o final, Júlio mataria Pedro por ter a ordem de opressão e tortura da época? O que Júlio faria? Como disse desde o início, eu sou a narradora e eu sei o final, e acredite, você acertou em ficar confuso(a) neste.

Ato VI
Júlio abaixa a arma e inusitadamente abraça Pedro, deixando incrédula toda tropa que, assustados com sua atitude, comunicam a forças superiores, por conseguinte, Pedro acalma-se e nos braços de Júlio diz:
Sou um colecionador de abraços, e o seu, fora o melhor abraço que um dia já pude ter em minha coleção, a confusão toda que gerei, fora por causa do amor, que até então eu não conhecia, mas hoje descobri que o meu viera em forma de abraço, um abraço bem dado, que te faz se sentir como a melhor pessoa deste mundo, você gostaria de ser meu melhor amigo Júlio? Eu não tenho muitos amigos, e a única coisa que tenho é minha coleção de abraços, e agora é a melhor coleção de abraços do mundo, pois tenho o seu.
Após escutar o que balbuciara Pedro, o superior de Júlio entra proferindo as seguintes palavras: Fomos alertados de que você está agindo contra a integridade do poder militar que rege neste país, e sobre pena de morte ou você retira-se deste ambiente imediatamente, ou o faremos sobre o efeito de força...
Pedro começara a sentir-se ameaçado novamente e debate-se indo ao chão, quando se escuta apenas o ruído estanque e lento de uma bala que brilha atingindo certeiramente a cabeça de Pedro que, apenas diz: não me machuquem, eu sou apenas um colecionador de abraços...

Pedro morrem em seguida. Com sua coleção completa.

Julho de 1964,

O colecionador de abraços .

-roberta laíne.




Meu melhor amigo, não fazes ideia da falta que me faz o teu abraço, mas meu caro amigo, continue bem em sua rotina que tanto peço a Deus para proteger, mas de fato, tu não sabes, meu melhor amigo, o quanto eu preciso de teu abraço neste exato momento..

-roberta laíne.
Era o vigésimo capitulo, para ser mais específica o décimo nono parágrafo, reservei uma página inteira apenas para dizer que, de todas as minhas má sensações a pior fora:

sinto-me órfã de você (...)


-roberta laíne.


Será que o dono do céu me venderia uma estrela?

-roberta laíne.
Um bilhete de mim para mim:

Querida R, já basta! A partir de agora não fale mais nada! Mais nada fui clara?

Você foi clara! Eu cansei de falar as coisas e ninguém me ouvir, a partir de agora, vou ficar na extremidade de meu quarto, olharei os outros mentindo, e irei calar-me, olharei os outros chorando e apenas abaixarei minha cabeça como respeito, olharei os outros entregando-se as drogas mundanas e apenas sorrirei...
Que mundo estranho fora esse que me meti querido eu? Por que ultimamente mentir é mais legal? Mudei até minha concepção sabe, particularmente acho bastante forte uma pessoa que mente e consegue olhar nos olhos doutra e dizer: "Oi?" "Eu te amo tá? " "Pra sempre" "BOOM DIA!" acho que isto é ser forte sabe, e ser fraco, é sozinha tentar mostrar a verdade, que mundo louco, eu quero sair daqui!
E quanto ao "já basta!" fique tranquila, pois ficarei em silêncio, e entenda este como o meu mais profundo desempenho em não mais me importar. O mundo lá fora está corroendo-se em mentira, e a única coisa que eu farei é acender o abaju de meu quarto, e reler meus livros favoritos, e quando sentir-me sozinha, conversarei com eles, aqueles seres inanimados que eu adoro conversar, o guarda-roupa, a mesinha de centro e mais alguns objetos que converso. Se você acha isto mais estranho do que quando ponho meu despertador às 7:03 enquanto todos põem às 7:OO ou em horas pontuais, avise-me que, bem... eu não irei mudar, é só pra eu saber mesmo o que mais há de estranho em mim...

Ótimo querida R, espero não ter mais que vir aqui para te deixar um bilhete, já é a segunda vez que fazem isto contigo, na verdade já fizeram várias, mas não vamos contar, és forte, então obedeça-me, não faça mais nada, já estou estou providenciando a tua retirada desta dimensão, já fizestes o que precisava, agora, acalme-se e leia, converse com seus seres inanimados e não há mais motivos para chorar, no final das contas tu virás comigo, mas não saia, eles nunca te entenderão...

Com carinho,

roberta laíne.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

(...) porque por algum motivo eu estava feliz, pois, apesar de todos os pesares e apesares, eu ainda sabia o rumo de tua casa, o lado que eu ocupava em tua cama, e tua posição ao deitar em meu peito e dormir... e por algum outro pertinente motivo, de olhos fechados, bem fechados, eu sabia como inocentemente tocar a tua alma.
Por conseguinte e seguinte havia o restante, e bem, o restante era apenas um prato cheio para atrapalhar o pobre coitado de meu amor por ti, o que por si só, tu não fazes ideia do quão cuidei,  não, não fazes, mas cuidei, e morro de medo de entregar-te, ultimamente tu andas espesso e longe de mim, mal saberias o quão sensível é o nosso amor e o quão fora difícil cuidá-lo sozinha, mas não reclamo, cuido porque se não o cuido, descuido de mim... Só não o posso mais entregá-lo, com um toque poderia destruí-lo, sinto uma fagulha de medo de você achar bobagem e assim destruir a mim e a ele, então coube a mim cuidar em silêncio, ninguém poderia saber, pois tenho fiel certeza que conseguiriam milhões de pretextos para eu parar,  e em silêncio eu não ligo, e continuarei cuidando-o, pois do que sinto por ti e do frágil de nosso amor, apenas eu, entendo.

-roberta laíne.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



Sinto saudades de quem você era...

-roberta laíne.


E, no meio da noite, soltando a xícara de café, deixei-me então sentir a brisa que adentrava em meu quarto, deixei-a adentrar em mim, bailando sob e sobre todo o meu corpo. Guiei-me até a janela olhando fixamente para uma das estrelas que longinquamente brilhava, repentinamente, um pensamento martelou o meu ser: onde é que você estava que não me procurava? Será então que você realmente não tinha um coração? Ou eu quem tinha demais? (...)

-roberta laíne. (o que de mim restara)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012



Uma coisa era certa:
Eu nunca soube ser feliz longe dele,
E por ora, me proíbo de isto aprender.

-roberta laíne.


Dói ver os outros te amando sabias?

-roberta laíne.

trigésima primeira carta para ele...



Preciso te falar uma coisa, mas não sei se deveria, é que... Sente-se e ouça por favor: passei eu o dia pensando em você. Isso, com ênfase nos dois pontos. Comecei pensando em como acordou, na realidade, pensei bem antes, e me desculpe o atrapalho na ordem dos fatos, você me conhece sou meio que assim, mas pensei em você bem antes de acordar, pensei em como dormiu. Pensei se comeu no decorrer do dia, se alguém te irritou no período da tarde, se sentiu mais frio que calor, ou o contrário. Pensei em saudade, pois pensava eu que depois de 5 meses sem te ter, jamais iria conseguir voltar a pensar em ti, mas na verdade, a verdade é que eu passei os 5 meses inteirinhos pensando. E escrevi, e reescrevi e já estou escrevendo de novo, e de tanto pensar pensei enfim: será que em algum momento você pensou em mim?
Tanto faz, pois de tanto pensar, pensei por mim e por ti...

-roberta laíne.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Então por que você não mora em meu quarto?
Eu sei que ele é meio apertado, meio bagunçado, meio pelo meio, mas é nele que espalho todas as suas poesias; confesso-te também que ele é meio frio nos dias de inverno, e muito sufocante nos dias de calor, mas na primavera, dele dá pra ver algumas flores, então por que você não mora em meu quarto? Olha, eu posso te emprestar minha cama, a gente pode fazer amor se assim você preferir, mas se estiveres nos dias de raiva não faremos nada, eu posso dormir no chão, e quando estiveres triste a gente pode comprar chocolate e bolachas, enchemos minha cama de restinhos de comida, e dormiremos a noite toda recobertos de formigas... e mesmo que eu tenha medo do escuro, se a claridade do meu abajur te incomodar eu posso desligá-lo... Então, por que você não mora em meu quarto?

-roberta laíne.


E enquanto o mundo corroía-se em hipocrisia, em meus braços, eu te olhava e via poesia...

-roberta laíne.


Confesso que, já até tentei disfarçar um pouco, na verdade já tentei disfarçar muito, mas sempre fora verdade quando diziam que eu era completamente apaixonada por você.

-roberta laíne.

domingo, 23 de setembro de 2012


(...) eu sou feliz, pois da janela de meu quarto dá pra olhar as estrelas...

-roberta laíne.


E se eu disser que estou pensando em você, você acredita?

-roberta laíne.


Uma vontade: sair correndo atrás de você e te pedir pra ficar comigo de uma vez por todas, assim como romeu e julieta...

-roberta laíne.

sábado, 22 de setembro de 2012

Em você

Será que é normal olhar os outros pensando em você? Beijar os outros pensando em você? Sentir os outros pensando em você? Rir dos outros pensando em você? Chorar nos outros pensando em você? Ouvir os outros pensando em você? Viver nos outros pensando em você?

-roberta laíne.


Mas meu amor, não se preocupe, eu não falho um dia sem pensar em você...

-roberta laíne.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

e

Acho que preciso te ver, e te abraçar, e te dizer, e sussurrar no teu ouvido, e te olhar, e ficar te olhando, e olhando, pausadamente olhando, e te abraçar de novo, e fazer tudo o que disse anteriormente, mas só que dessa vez com a ordem trocada, e te beijar, e te olhar e olhar e olhar de novo...

-roberta laíne.

É que ultimamente minha vida está parecendo um filme em outra língua, no qual a legenda está totalmente desconexa, e o pouco que eu consigo entender já não está mais sendo o suficiente.

-roberta laíne.

domingo, 16 de setembro de 2012

Let it be...



Entretanto, nem mesmo eu entendo-me, apenas me sinto um pássaro, um machucado pássaro que, mesmo com as feridas entreabertas resolveu levantar voo para qualquer lugar, let it be, um pássaro, vendo um indecifrável céu azul claro, preenchido de nuvens brancas em formato de sorvete, um pássaro com um canto em si bemol, em pranto doce como o das arpas, que ao mesmo tempo em que sorrir, melancolicamente chora...

-roberta laíne.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012



Ultimamente ando me sentindo tão segura, mais tão segura, que: se me pedissem pra pular de um prédio, e eu achasse que a altura fosse viável, eu pularia.

Ah, pularia!

-roberta laíne.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012



Quando você começar a embargar a voz,
suas mãos começarem a falar mais que a boca,
em seus olhos lágrimas agridoces,
no peito o coração desalinhar,
e se em tua mente vir algo com gosto de sorvete ou picolé de cereja,
acredite: deve ter algo muito bonito acontecendo em seu coração.

-roberta laíne.

sábado, 8 de setembro de 2012

Canta que ela vai voltar...



E a noite ficou mais escura que a própria escuridão,
Ninguém entendia o porquê que naquela noite a lua não dera as caras
Ninguém entendia por que o vento parara de assoprar,
Ouvia-se apenas o pranto,
Era poesia chorosa,
Pois naquela noite, naquela exata noite, ela não estava.

Canta,
Canta doce melodia,
Canta, canta para ela voltar..
Por que o que pertence ao amor, a dor não tira,
Então canta,

- roberta laíne.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Se eu te escrevesse todos os dias, você me daria um abraço? E ficaria mais tempo perto de mim?

-roberta laíne.

"São tempos difíceis para sonhadores..."



E lá vou eu e minhas frustradas tentativas de ainda querer te ter. Estou começando a concordar com o que muitos me dizem: "Pare de sonhar menina!". 
É, talvez realmente esteja na hora. 
O que ninguém sabe é o quão é difícil te esquecer, não adianta eu tentar explicar, mas é como se... é uma espécie de mim... é como se, se eu te esquecer, é como se eu estivesse esquecendo a mim própria. Te esquecer é como roubar a lua da noite, tipo qual a graça do café sem o leito? Ou do mar sem peixes, entende? Não, ninguém nunca entenderia...

Mas vou tentar me esquecer, quem sabe assim, eu te esqueça.

-roberta laíne.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Um toque de almas ...


Que o orvalho inunde a noite, e que a noite dure três invernos se em meu inconsciente você estiver, e que você, de uma vez por todas feche a porta de saída, pela qual adentrou no âmago de meu coração, pois o amor é exatamente assim, preciso, quando duas almas se encontram são fieis pro resto de suas vidas, e nem adianta cair na besteira de conectar-se a outra alma que disponível vaga, em vão, ela não conseguirá invadir teu âmago perfeitamente, apresentará vil falhas que para você soará como incorrigíveis, não se conectará como se conectam o outono e as flores que caem no chão, é como peixe fora d'água, é romeu traindo julieta, é noite sem luar e verão chuvoso. Cabe a nós aceitar o fato de que minha alma conectou-se a tua, assim como estrela cadente, que antes de fazermos o pedido perde-se na escuridão; nem o deserto, nem as estrelas e nem as nuvens comportam mais dúvidas, porque enquanto houver vida, minha alma sentirá a tua, e o restante? Bem, o restante já disseram-me uma vez, as estrelas, a gota de orvalho e o mar, o restante é rosa sem espinhos, é flor mucha que serve de lembrança, é vida morta, é pedaço de nada com adornos da escuridão..

Inefavelmente,

-r. 

terça-feira, 4 de setembro de 2012


Então talvez eu também possa conseguir não é mesmo? Assim como você conseguiu, amar e ser amado; proteger e ser protegido, chorar e suas lágrimas serem secadas, ou quem sabe talvez eu consiga alguém para ao menos oferecer-me um lenço, não vou exigir que sequem minhas lágrimas, eu consigo sozinha, quantas e quantas vezes por si só já não as sequei? Inúmeras! Como as de hoje ao ver um casal transitar por mim, ao observar ao meu redor e enxergar as pessoas com seus pares, algumas com as mãos entrelaçadas, outras estampando sorrisos e gargalhadas, outras distraídas ao celular dizendo: "Oi amor, como você está?" e até o passarinho que avistei céu tinha uma andorinha como par.
Tudo bem, vamos ter calma não é mesmo? Porque talvez eu consiga... assim como você conseguiu.

Com esperanças,

-roberta laíne.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Teu respirar..


Estranho, hoje senti uma vontade assustadora de te ligar, não sei muito bem o que eu iria te falar, possivelmente muitas coisas ou quem sabe nada, absolutamente nada. Eu só queria mesmo te ligar, sentir que do outro lado tu estavas, podia ser em silêncio, de qualquer forma, o importante era você estar, bailando meus ouvidos com o doce som da tua respiração, segundo por segundo, alegrando-me por saber que aquela respiração era a tua, e quero que saibas que: só o fato de tu estas vivo já me basta. Isto já diz tudo o que eu precisava saber, isto já diz metade de minha felicidade, isto já diz que independentemente de com quem e como, você está aqui, vivo. E isso? Isso já me deixa absurdamente conformada. Continue respirando que eu continuarei feliz por vivo você estar.

Com carinho,

-roberta laíne.

sábado, 1 de setembro de 2012


A questão é: superar ou te esperar? Estou confusa...

-roberta laíne.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012




E então senti meu coração pular de alegria por de baixo do peito, era você! Mas que saudade de sentir isto! Te olhei incrédula, era mesmo você? Indubitavelmente era! Estava lá você, parada em minha frente, piscando, movimentando o corpo, respirando, e sorrindo para mim. Foi difícil de esconder meu riso, todos os meus dentes alargaram-se de tanta alegria, era você! Será que a ciência explica isto? Será que a ciência explica as sensações do amor? Ahhh! Que pergunta idiota, mas é claro que não! Ora ciência, que mané ciência meu Deus! Era amor, era tanto amor que a tarde não comportou e aquelas sensações invadiram a minha noite... A imagem de teu sorriso inundou a minha madrugada, e tenho felicidade guardada pro restante da semana, era real, eu estive com você e isto já me basta para o ano inteiro.

Estonteantemente,

-roberta laíne.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012




Ok! Admito, eu estou morrendo, tipo morrendo, morrendo mesmo, de saudades de ti.

-roberta laíne.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

— Parecia tão real não era?
— Era, parecíamos...
— E era?
— Não, só parecia mesmo.

-roberta laíne.

sábado, 4 de agosto de 2012



Ruim não é quando você dorme pensando, ruim, é quando você nem dorme por pensar.

-roberta laíne.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012



É tanto coisa sobre mim, que às vezes acho que sou a maior culpada do buraco na camada de ozônio...

-roberta laíne.
Por que você não me procura e me fala tudo o que tem para falar? Assim de verdade, dizendo EU SINTO TUA FALTA, assim sem medo, sabe? Assim, assim tipo dizendo que me ama, se é que me ama, me procura...

Ainda te espero

- roberta laíne.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012




E então a dama da noite pôs-se em seu devido e fiel lugar, porém, desta vez havia um detalhe em especial, perto, desta vez perto demais... tão perto que, jurei acreditar por um instante que dava para tocá-la, foi então que lembrei-me de você, lembrei-me que eu adoraria te contar das minhas inúmeras teses sobre diversas coisas; lembrei-me de que possivelmente tentaria te convencer de que poderíamos, desta vez, tocá-la, ou de meu secreto foguete rumo à lua; lembrei-me das possíveis contas que evitaria fazer devido meu não apreço pela matemática, lembrei então que você sorriria e mostrar-se-ia interessada em minhas teses sem exatidão e nenhuma base numérica, mas que ao final eu sempre enchia o peito e você riria de meu bobo eu, de meu ar revolucionário, você riria... lembrei-me. Porém, lembrei-me do ininteligível que sempre nos abraçava; soturna olhei para lua que ao perceber decidiu voltar, voltou para sua distância de sempre, e comigo ficou o questionamento sempre ininteligível do porquê eu e você não podermos nos transformar em "nós"... Enquanto a lua voltava à sua longínqua posição e eu mais ainda.

Distantemente,

-roberta laíne.

Eu só quero que você saiba que: dentre todos, você foi o meu melhor equívoco...

-roberta laíne.

Sentir sem ti.


Escrevo porque tenho uma pré-disposição exagerada a sentir, é, sentir ou talvez sem ti. A questão é: eu sinto, de sentir e de sem ti também. Ambos me movem; sentir, a viver; e sem ti, a escrever.

Entendam da melhor maneira.

-roberta laíne.


Vejamos, em meio a tanta saudade, corro o sério risco de me apaixonar novamente por você.

-roberta laíne.

terça-feira, 31 de julho de 2012


[...] Mas eu sabia que, um dos teus maiores defeitos era a covardia e apego fácil pelo retroceder, então decidi desistir, e desisti, automaticamente você desistiu também... Preguiça? Talvez, amor é que não era...

-roberta laíne.