terça-feira, 27 de novembro de 2012

Take me out

Olho-me no espelho e inclino para baixo minha cabeça. Mais! Eu bem que poderia ser mais! Bem mais... Sinto-me impotente Pai, e, desde que você se foi as coisas estão tão confusas para mim, e me vem a cabeça a palavra mais! Eu poderia ter sido mais, eu poderia estar sendo mais, mas nem isso consigo, me sinto menos, abaixo de zero, num frio cortante e absurdamente assombrador; me sinto descongelando gradativamente, e aos poucos virando nada, se transformando em nada, eu não sou mais nada, Pai...

-roberta laíne.

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