domingo, 21 de abril de 2024

Tanto lugar para me atingir e você foi logo em meu peito.

Quando precisamos juntar os pedaços

- Roberta Laíne. 


domingo, 14 de abril de 2024

Querido diário,

É um pouco esquisito estar recebendo atenção, carinho e cuidado de um homem, pois sempre me conecto a mulheres e é a elas que compartilho o meu íntimo. Mas, desta vez está sendo diferente. Contudo, isso não é algo que me perturbe, pois sempre achei que o amor (ou coisa parecida) pode vir de qualquer lugar, independentemente do corpo ou forma que habite. E isso me faz lembrar de um dos meus filmes favoritos: A forma da água. 

Agora, o que tenho achado bem esquisito, é o fato de eu não precisar mendigar atenção. Não sei, talvez eu tenha ficado condicionada, devido a última experiência que tive, a receber pouco. Receber o mínimo. Mas, com o Lucas é muito diferente, porque ele me acha incrível, mesmo eu citando um monte de defeitos que tenho. Ele também acha soluções para cada problema que crio e diz que estará comigo. Hoje, por exemplo, quando citei sobre o meu medo de sumir, como sempre faço, ele simplesmente disse: “quando você pensar em sumir, vou estar lá para não deixar isso acontecer”. Com estas benditas palavras. Benditas porque sei que ele não está mentindo. Benditas porque sinto-as como o calor de um abraço. Benditas porque o vento pode levá-las, mas suas atitudes hão de trazê-las de volta.

Sinto-me acolhida, de modo sereno e sem grandes esforços. Porém, ainda não me sinto apta a gostar de alguém no momento. Quero ficar só, e só depois de estar completamente bem, ficar com outra pessoa. Contudo, essa sensação é demolida quando ele sorri. Puta que pariu, hein, Lucas!? Que diabos de sorriso encantador você tem!? De onde vem tanta bondade e generosidade!? Como consegues ser tão singelo!? 

Espero que eu não te magoe, porque tu, somente tu, és como a rosa do Pequeno Príncipe e é o tempo que dedicas a mim, que tem te tornado tão importante.

Com carinho,

- Roberta Laíne.

domingo, 7 de abril de 2024

Há palavras cujo significado eu pesquiso desde os meus 15 anos, mas eles nunca ficam presos em minha memória: insolente, energúmeno, subterfúgio. Pergunto-me, o que há com estas palavras? Por que elas não querem morar em minha memória? Será que elas não gostam de mim? Será que elas me odeiam em silêncio? Compreendo que a minha mente não é o lugar mais aprazível de se fazer morada, mas, e se elas ao menos tentassem? Um teste, talvez. Elucubração, idiossincrasia, incólume. Por que elas não penetram na minha mente? Qual o custo desse movimento? Será que elas me fariam mal? Ou seria questão de merecimento? Será que não as mereço? Pungente, solércia, tenaz. Talvez estas palavras sejam corajosas demais e fujam. Talvez saibam de algum segredo obscuro da mente e por isso não permanecem, saem exasperadamente no intuito de sobreviver. É isto! Elas sobrevivem! Meu Deus, agora invejo-nas… Queria poder segui-las e vê o que há do outro lado. Do lado onde ficam as coisas esquecidas, onde um dia moraremos. E & vocês. Para sempre.

Com carinho,

- Roberta Laíne. 

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Querido diário, se havia algo quebrado em mim, uma aluna do 6º ano, por intermédio desta carta, conseguiu colar


segunda-feira, 1 de abril de 2024

Certa vez, você me disse que eu me perdia nas palavras. Achei forte, fiquei puta, ofendida. Hoje fico feliz, pois pelo menos não fui como você, que se perdeu nas atitudes.

Coisas que visualizamos quando deixamos de gostar…

Com carinho,

- Roberta Laíne.