segunda-feira, 30 de dezembro de 2013


Pássaro preso não canta, grita alforria.

- roberta laíne.


Pois bem,
era difícil para mim, compreender o porquê de estar em minhas mãos um lenço úmido e um punhado de rosas. Na verdade, não era difícil compreender o porquê, pois, sabia eu que o lenço era para minhas lágrimas, e, as rosas, em memória de teu nome que eu iria enterrar. Em verdade, difícil mesmo era compreender o motivo de eu estar te enterrando... logo você, que parecia ser diferente, logo você, justo você, por que você? Te enterrar... Eu olhava para as flores e o lenço me agarrava, te enterrar em vida fora uma das minhas piores tarefas, mas tudo bem, te enterrar, a vida tem mesmo dessas coisas, te enterrar...


- roberta laíne.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Eu tenho um amor que tem as cores verde e amarelo, e no centro, tem a cor de anil.

Eu tenho um amor que também tem a cor branca, com estrelinhas de preto, assim, como a bandeira do Brasil.

- roberta laíne.
A você o meu muito obrigada!

Por sorte, só tenho a agradecer a tua participação nos meus dias, nos verbos de minhas frases, nas reticências de algumas falas, nas pausas de algumas linhas...
A você o meu muito obrigada, muito obrigada mesmo, por invadir diversas faculdades de minha mente as quais eu jamais iria.
Obrigada por tudo, principalmente por terminar sendo assim, a palavra mais seca do meu vocábulo: vazia.

-roberta laíne.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A tempestade chegou.
Não sei para onde ir,
Não tenho um guarda-chuva,

Mas sei,
Sei sim!
Eu não caibo,

Não caibo mais aqui.

- roberta laíne.

sábado, 12 de outubro de 2013

Sem delongas, não coube mais a mim julgar tua persistente capacidade em acovardar-se ao amor, de fato, talvez você tenha razão em ter tamanha racionalidade até em se emocionar, não deixando nunca que sentimentos tomem conta de ti, ao ponto de fechar os olhos e se deixar abalar pelo amor... Tanto faz, você desistiu e eu sorri, sorri carregada de lágrimas as quais jamais deixaria cair naquele instante, guardei-as para o próximo dia de chuva e trovoadas, pois, apenas desse modo ninguém escutaria, ou então confundiriam minhas lágrimas com as águas da chuva. De fato, guardei-as como não te guardei, afinal, quem quer armazenar roupa emplastificada no guarda-roupa? Mas, a partir de agora, antes de beber qualquer nova xícara de café, balançarei ao máximo até encontrar as pedrinhas de açúcar, e, só assim parar de me perguntar, quantos mais cafés amargos preciso experimentar para um dia acertar o ponto?

Deliberadamente,

- roberta laíne.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Particularmente eu não sabia mais o que fazer, desistir dela, era, sem sombras de dúvidas, desistir de mim, e, também, do que de mais bonito continha no cerne de meu ser. Era febril a minha temperatura nos sonhos em que por sorte a encontrava - dormir e acordar significavam a mesma coisa para mim - Você! Me perseguindo nos lugares mais sombrios e calmos do meu eu, onde sonho mais nenhum transladava, você passava, e em meus pensamentos era só: você, você e você. Até em meus pesadelos era VOCÊ, assim alto e estrondante, banhando-me todo o corpo de suor e rápida respiração.
Não esqueço, não esqueço de nada, absolutamente nada no que diz respeito a você, é mais provável que eu esqueça de meu nome a esquecer o teu, só em tocarem no teu nome, ah teu lindo nome...
Mas você foi embora, e desde então fiquei apenas com as lembranças reais, e também com as que inventei... Invento inúmeras lembranças quando as que inventei acabam. Ontem mesmo disseram-me que é mais fácil desistir do que tentar ou esquecer do que lembrar, já que quem vai embora é porque não quer ficar, mas, para mim, para mim era impossível, era inadmissível desistir daqueles olhos oblíquos de cigana dissimulada, daqueles cabelos negros sombreando tudo o que era clarão que tentava num fio de esperança transpassar as frestas das janelas de minha vida. Era impossível! No momento em que eu estava era impossível esquecer de teus lábios que, desde quando os toquei, me perdi em labirintos... São! Desde que os toquei estou perdida e não consigo mais sair, ou será que, sou eu quem não quero sair? Sair também é desistir não é mesmo? Então não! Desistir não dá para mim, hei de permanecer no melhor labirinto que em meus poucos anos de vida já me colocaram: teus lábios. De qualquer forma, ficarei por aqui, inventarei mais lembranças, e todos os dias rabiscarei uma poesia nova em ti, até não sobrar nenhum verbo ou palavra...

Diretamente do labirinto de teus lábios,

- roberta laíne.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013


Ou eu sou uma pessoa muito mais muito ruim, ou eu nasci na época errada, pois desse mundo eu não estou entendendo é mais nada...

- roberta laíne.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não vou mentir, eu queria mesmo era que ninguém me conhecesse... Não, espera, na verdade, eu queria que apenas minha família, a Rafaela, a Zot e meus peixinhos me conhecessem... Na última consulta com minha psicóloga ela disse-me claro e pausadamente: "Você vive mais no mundo da fantasia do que na realidade, tudo que vês é poesia..." Ela continuou dizendo que isso era lindo, porém eu tinha que viver a realidade... pois bem, assenti, assenti para não discordar de nenhum de seus argumentos e também para parar de atrapalhar meu tratamento, e "aceitar" certas condições, mas minha vontade mesmo era de dizer que eu vivo mais no mundo da fantasia por opção, e de que sei que existe uma realidade que me circunda, mas, esta, é muito muito chata, é alagada de pessoas grosseiras, que brigam por dinheiro e bens materiais, cheia de pessoas, pessoas, e pessoas não são legais, eu não gosto de pessoas, mas eu não poderia dizer isso, então sorri e assenti. Minha intenção não era ofendê-la e nem a ninguém, por isso queria que ninguém me conhecesse, sei que pessoas se ofendem ao saber que eu não gosto de pessoas.

Decorosamente,

- roberta laíne.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013


Você.

- roberta laíne.

Na terra, em 18 de setembro de 2013

Uma carteira? Não o senhor não gostava de carteiras. Uma blusa listrada? Um perfume? Um relógio? Um radiozinho novo? Não, isso não existe mais, essa dúvida não há mais, porque, apesar de hoje ser seu aniversário, você não está mais aqui papai. Não, não mais! Então o que eu posso lhe dar? Como posso lhe presentear? Tudo bem pai o senhor sabe que estou chorando e queres que eu enxugue essas lágrimas que caem tão natural como o nascer do sol. Mas é que, Pai... Hoje é o seu aniversário, e como vou dar-lhe aquele abraço e escutar teu sorriso bobo dizendo com os olhos cheios de lágrimas:
— Own peteca, minha filha lembrou do papai foi? 
— Foi papai, eu me lembrei do senhor...
Sabe pai, está tudo tão chato hoje aqui, sem graça, sem vida, logo no dia do teu aniversário! Logo no dia que a Renata trazia uma blusa ou um short novo para o senhor experimentar e ficar sorrindo dizendo: 
 — É para mim minha filha?
Ou quando todos se reuniam e compravam um relógio novo pro senhor, ou quando eu ía atrás de uma blusa listrada para lhe dar de presente, mas cadê papai? Não compramos nada, pois, não há mais papai... Lembra-se do ano passado? O senhor, no seu último aniversário, batendo lindas palmas e sorrindo, seguido de vozes vivas e alegres, cantando os parabéns a você nesta data que para nós é tão querida, mas e hoje? O que tem hoje? Não tem nada papai, vamos nos calar e não haverá palmas no cair da noite, não haverá a procura de presentes e nem o meu abraço, muito menos o teu tão lindo sorriso papai...
Quando comecei a escrever e vieram as lágrimas, não eram lágrimas exatamente, era a derrama de saudade, eu estava derramando saudades, estava derramando a vontade de te abraçar e te dizer feliz aniversário papai, eu estava... Eu estava derramando sentimento, Pai. Mas não irei mais falar dessas coisas, pois talvez Deus não queira entregar-te esta carta por está tão carregada de lembranças, por isso, por temer que ela possa te fazer mal, quero apenas te dizer que, não, eu não estou feliz, mas, saibas que ficarei, e que sim! Sua peteca lembrou, lembrou que hoje comemoraríamos os 75 anos do meu grande e único heroi, meu papai...

Feliz Aniversário tá? Aproveita aí! Sorria, sorria que teu sorriso é lindo demais pai...

Da tua sempre peteca,

Roberta Laíne.
Dez meses depois, e, ainda há frases que me cortam o coração... Pois, vez ou outra transeuntes batem na porta e perguntam:
— Teu pai está aí?
— Não senhor... Ele morreu.

- roberta laíne.

sábado, 14 de setembro de 2013

Peguei meu bloquinho de papel e comecei a escrever algo que iniciava com: Como não esquecer? Depois de pôr o título, bati a caneta por incontáveis vezes no pontinho do ponto de interrogação, enquanto um turbilhão de coisas se passaram em minha cabeça, eram risadas, músicas, vozes, trechos e fragmentos de livros, besteiras, besteiras significativas, lágrimas, gritos, abraços, e novamente risadas... Quando dei por mim 15 minutos havias se passado e eu ainda ali, no título, perfurando o pontinho do ponto de interrogação, então fechei o bloco e não consegui escrever nada, absolutamente nada, e você, caro leitor, a única coisa que deve lembrar ao ler isto é apenas o que consegui escrever no meu bloquinho:

Como não esquecer?

Com carinho,

- roberta laíne.

Pancadas violentas de teu nome em músicas, livros, e no corpo de outras pessoas assombram minha audição...

- roberta laíne.
Assistir um filme, passar mal, ler e te esquecer
Assistir um filme, passar mal, ler e te esquecer
Assistir um filme, passar mal, ler e te esquecer
Assistir um filme, passar mal, ler e te esquecer
                                            ... e te esquecer

- roberta laíne.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

— Andas bebendo?
— Ando!
— Algo forte?
— Sim.
— O que?
— Poesia...

- roberta laíne.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

03 de Setembro de 2013 - Séc. XXI - As únicas pessoas que apoiam o que sinto por você são apenas duas: eu e minha sombra.

- roberta laíne.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Your thoughts

Eu só queria saber o que ela possivelmente estaria imaginando...
Mesmo correndo o pior dos riscos, saber que de mil pensamentos eu não seria nenhum.
Mesmo, mesmo, e mesmo...
Eu só queria saber o que ela possivelmente estaria imaginando...
Mesmo sabendo que de todos os seus pensamento eu não seria ao menos um.

- roberta laíne.   

sábado, 24 de agosto de 2013


Tem certas coisas que eu ainda não sei como lidar, e, no momento, a principal delas tem sido você.

- roberta laíne.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Cry..

Se for servir de medicamento, chore, chore uma vez ao dia. Se a dor for maior, então chore duas, mas caso não adiante, aumente a dosagem e chore três, três vezes ao dia; de manhã ao acordar, à tarde após o almoço, e de noite antes de dormir, se assim notar melhoramento, continue o tratamento até ir diminuindo a dosagem do choro e chegar a derramar apenas uma lágrima por dia, abra um sorriso e... Se servir de medicamento, chore, chore ao menos três vezes ao dia.

- roberta laíne.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013


Uma pausa, e a qualquer manifestação de despedida de meu corpo você sempre me segurava e dizia: fica, me conta mais uma de suas histórias absurdas, me faz sorrir, não me deixa sozinha, eu sinto frio, faz tuas piadas intelectuais sem graça, ou então tua cara boba quando te faço vergonha, teu riso frouxo e sem graça, faz qualquer coisa, mas só não faz o que estou pensando,
Só fica.

- Roberta Laíne. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

02/08/13

Cartas para papai

Pai, dizem que escrever para quem já se foi faz com que vocês não fiquem em paz ou é como se estivéssemos os perturbando, bem, eu não acredito nisso, desde quando um Pai iria se sentir perturbado ou não iria gostar de ler uma carta de sua filha? Mas deixemos isso de lado, pois o que tenho para lhe falar é sobre saudades, ah Pai, estou com tanta, não sei se sabes aí onde estás, mas aqui já é agosto, e, infelizmente dia 02, sinceramente, Pai, depois que o senhor se foi senti uma vontade imensa de arrancar todos os números 02 dos calendários, esse número não deveria mais existir, queria  que do 01 pulasse logo para o 03... mas Papai, também não vim para falar de calendário, me perdi na saudade e acabei falando em números, e o senhor sabe que odeio matemática. Então vamos falar do tempo, aqui continua muito quente, e às vezes chove e faz bastante frio; lembrei-me do senhor na chuva passada, foi forte e com muitos raios, o senhor morria de medo (risos), sempre rezava uma Salve Rainha para deixar a chuva mais amena, e só saia da frente do pátio quando só restava àquele pinga-pinga de final de chuva. Eu achava engraçado, pois todos os dias o senhor me perguntava se iria chover e eu respondia: Não Pai. Meu super-herói mais medroso do mundo (risos)... Não tenho medo da chuva, tenho medo é da lembrança e saudade devastadora que o barulho dela traz de ti, Pai. 
Falando em coisas de Deus, mês passado passou por aqui um arco-íris, advinha de quem lembrei? Do senhor é claro que, todas às vezes que via um gritava meu nome e dizia: "Peteca vem ver uma coisa... " E enquanto eu não ía ao seu encontro o senhor não sossegava, quando chegava o senhor sorria docemente e dizia: "Um arco-íris peteca! Sabes o que significa um arco-íris?" E eu dizia: Sei, sim pai, significa a aliança de Deus com Noé para que jamais haja um dilúvio novamente! O senhor sorria e dizia alegremente: "Olha, peteca sabe da bíblia". Que saudades disto Pai...
São tantas coisas Pai, um psicólogo disse que é para eu parar de escrever sobre você, ah Pai, quem ele pensa que é pra dizer isto? Ora parar de escrever, eu paro quando eu bem quiser, a não ser que o senhor não queira ler mais minhas cartas, mas o senhor não quer isso não é mesmo? Pai, eu acho que quando eu morrer vou direto para a lua e de lá ficar mais próxima das estrelas. Achas que tenho razão? Sei que acharia; escuta pai, eu não sei onde o senhor está, mas sei que estas cartas chegam até ti e que estás bem, e quero que saibas que estou morrendo de saudades, assim como todos aqui, assim que der volto a te escrever novamente, enquanto isso vou lhe ver nos arco-íris que surgirem, nas chuvas com trovões que me banharem, ou na risada inocente que uma criança tem igual a tua... Saudades papai,

Da tua sempre peteca

Roberta Laíne.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Eu gosto de
Sorrir,
Sorri
Sorr


-roberta laíne.
Não sei ao certo o que papai diria neste momento, mas, de uma coisa eu teria a fiel certeza: ele sorriria...

Ah... O doce sorriso de papai.

-roberta laíne.

segunda-feira, 29 de julho de 2013



Ame,
independentemente de em que lugar/pessoa/alma este amor se aloje ou habite.

- roberta laíne.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

De cima,


De baixo,


               De lado,                       ou                      De canto,


                                        De todos os ângulos,

E se quiser eu ainda grito: NÃO HÁ NADA MAIS BONITO QUE O TEU SORRISO.

- roberta laíne.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Vontade de escrever,
mas escrever sobre o quê? Se de mim levaram todos os bons verbos, adjetivos ou complementos que aqui eu poderia dizer. Minha poesia agora ficou murcha e sem vida, não sei mais escrever.

Vontade de escrever,
mas escrever escrever sobre o quê? Se minha poesia não tem mais o despreocupado som do vento, nem a cor amarelada das flores secas que dão boas-vindas outonal. Agora é poesia chorosa, sem canto de entrada, apenas com canto final.

Vontade de escrever,
mas escrever escrever escrever sobre o quê? Agora só tenho poesia parada, virou estátua do meu próprio dizer.

Vontade de escrever,
mas escrever escrever escrever escrever sobre o que? Se de mim levaram toda a poesia, e em tons de cinza não tenho mais o que escrever.


- roberta laíne.

terça-feira, 9 de julho de 2013



Perguntaram-me qual eu preferia: a lua ou as estrelas.
Sorri e respondi Deus,
Eu prefiro DEUS, que ambos fizera.


-roberta laíne.

sábado, 6 de julho de 2013

"Smile"

Foi pesada e passada de maneira arrastada as horas que insistiam empancar no mesmo lugar - ponteiros duros, mais duros que a dor que arranhava meu coração, e, doeu, doeu deitar minha cabeça no travesseiro e ele também ser duro, mais duro que os ponteiros das pesadas horas, tudo era duro, a cama doía, tudo machucava; e, acreditava eu que tudo aquilo era muita dor para uma pessoa só, então evitei nem experimentar o lençol ao qual fitava-me dizendo: "Eu também estou duro esta noite - como as passadas horas, os ponteiros, o travesseiro e a cama".
Mas o dia amanheceu, independentemente dos ponteiros arrastados, e eu amanheci também, amanhecemos juntos, eu, o sol, e os pesados insistentes de horas... O dia amanheceu e junto com ele foi pesado, foi muito pesado, mas eu sorri.

Por que? Vai saber... Talvez porque deveria.

- roberta laíne.

terça-feira, 25 de junho de 2013



E de alguma maneira, ou, por algum motivo que eu sequer ouso questionar, é você. É de você quem eu precisava...

com amor,

da tua r.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Shine...



Imersa em um desejo mais escuro que a própria noite, bailávamos em busca de tudo e ao mesmo tempo de nada, pois estávamos ali, e isto, apenas isto já nos bastava, conosco sempre fora assim. Longe das luzes da cidade, procurei não levar em consideração o capitalismo que se tornara o dia dos apaixonados, pois se pudesse compraria uma estrela para ela, como não pude, lentamente aproximei-a do desconhecido, e, na escuridão da noite beijei-a como ninguém... Éramos apenas nós, uma casa de barro ao longe, emitindo, através de uma luz, um forte amarelo - e uma linda e desconhecida árvore que com o brilho da noite fúnebre ficava... Face a face, depois do beijo que lhe dei, suavemente proferi: "Não pense em nada, apenas olhe para cima".
Calada, olhamos, e ali, exatamente ali, estava a fúnebre e desconhecida árvore e uma chuva de estrelas que, pareciam brilhar mais ainda quando prontificadas nos viram a olhá-las...

Bestificada, sorri.

Diretamente do asteroide B612/ em 12-06-2013,

Shine.

- roberta laíne.

sábado, 8 de junho de 2013


Há um lado meu inexplicável que é bem mais forte que a bebida que te oferecem.


-roberta laíne.

terça-feira, 4 de junho de 2013

My best trouble



Engata em meu pescoço e recobre-me com teus braços,
 deixa que eu pare meus olhos nos teus como de costume faço, 
e deixe eu ficar te olhando pelo tempo necessário: 
um dia, um mês, uma primavera inteira quem sabe.

-roberta laíne.



segunda-feira, 3 de junho de 2013



Ultimamente, minha melhor distração tem sido lembrar de você...

- roberta laíne.

domingo, 2 de junho de 2013

Você gostaria de ter um namorado ou namorada que ao invés de um sábado repleto de festas preferiria ficar em casa lendo ou escutando música depois de um dia cansativo de estudos, e no início da madrugada quando você mandasse um sms dizendo está com pesadelos e perguntando se ele está em casa e em reposta ele diria que sim, ele estaria, e estaria há 4 horas esperando o programa favorito dele ser transmitido, e naquele exato momento em que o programa começara depois de 4 horas de espera, no qual sua cantora favorita iria se apresentar, você liga e ele atende calmamente dizendo que iria apenas desligar a TV, pois esperava há bastante tempo algo, mas que você, exatamente você, era mais importante que a cantora favorita dele, e no início da ligação ele te acalmasse contando infindas histórias te fazendo rir, só pra te distrair dos pesadelos e posteriormente te fizesse um poema falando de saudade para tentar te fazer dormir...

-roberta laíne. 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Voltava eu da faculdade um tanto quanto cabisbaixa, aquele sol refletindo em meus 20 e tantos anos, 21 para ser mais específica, me fez lembrar de algumas frustrações adormecidas na noite e que despertaram ao me acordar, lembrei de lembranças, lembrei que as coisas eram bem mais fáceis quando eu tinha lá pros meus 7/8 anos e mensalmente eu acompanhava papai ao banco para receber seu salário, lembro-me exatamente como era nosso percurso. Papai chegava ao meio dia ou meio dia e meia e íamos em sua bicicleta até o banco, entrávamos pela roleta que eu morria de medo, mas passava, pois estava com papai. Por conseguinte eu via uma multidão de gente e mistura de falas, uns com ternos e gravatas outros com blusas coloridas de golas, a maioria eram homens que falavam sem parar, eu não entendia tudo aquilo, mas entendia que tinha que ficar em uma fila até a vez de papai, com seu contracheque na mão, chegar. E esperávamos, papai olhava para mim e sorria, conversávamos algumas coisas que eu não consigo lembrar, às vezes ele me mostrava o contracheque, me dizia sobre os números e me perguntava sobre matemática, dizendo: 9, noves fora? E eu respondia nada. Papai amava essa contagem que ensinara para mim e para seus netos, creio que quase todos, e sorria quando me via acertar, como sorria no banco. Às vezes papai olhava para os caras ao seu lado e conversava com alguns, outros eram seus camaradas, eu observava aquelas faces e também sorria quando ele apontava e dizia: "essa aqui é minha filha mais nova, peteca." Eu segurava as mãos grossas, grandes e ásperas dele, mas que tinham uma brandura e ternura que mão nenhuma conseguiria imitar, eram tão grandes que recobriam as minhas duas mãozinhas, mas ele segurava apenas uma, e quando enfim chegava sua vez de mostrar o contracheque, não mais para mim e, sim, para moça, ele a soltava, nesse exato momento eu me sentia desprotegida e na chuva, como se qualquer coisa ou pessoa dalí tivesse o poder de me bater ou machucar. Mas papai logo assinava e saíamos do banco, essa era minha parte favorita, pois íamos à lanchonete ao lado e eu poderia escolher qualquer suco de qualquer cor que quisesse, e qualquer acompanhamento que me agradasse; eu não entendia a ganância que tinha o dinheiro, mas sabia que o de papai dava pra comprar suco de qualquer cor com bolo de chocolate delicioso, e depois desta festa voltávamos para casa. Papai sorria e eu? Eu mais ainda na espera do próximo mês de banco chegar, e, assim, repetirmos aquela mesma cena outra vez...

Era mês de banco com papai.


- roberta laíne.

domingo, 12 de maio de 2013

You and I

[...]

Não lembro-me das horas, mas como lembraria? Detalhe nulo, lembro-me apenas que era o auge da madrugada quando me pus a olhar as estrelas, porém, era ela, era a sombra dela minha maior luz.

-roberta laíne.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Bagunçada, fixei meu olhar para o estalar do relógio de meu quarto, fitei-o tentando acelerar aquelas horas que arrastavam-se morbidamente, fitei-o, pois, era minha última esperança de digerir rapidamente tudo aquilo que minha retina viu e calou-se ao ver. Engoli em seco e senti um fio tênue abraçar meu peito dizendo:

Você acabou de deixar...
... de existir em mim.

Parei de olhar o relógio e ele calou-se para mim.

- roberta laíne.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013


Saí pela porta dos fundos - me despedindo como de costume - firmei a mochila em minhas costas, e um turbilhão de sensações boas invadiram meu corpo, em pensamentos tresloucados saí proferindo:
"Teus lábios me convidam para tocar a lua..."

-roberta laíne.

sábado, 20 de abril de 2013



Às vezes, me acho totalmente inapropriada para mim mesma...

-roberta laíne.
Olhei paras os lados e nada tinha tua forma, nada era tenebrosamente bailante como o giro do teu andar, as coisas eram totalmente inertes comparadas a ti, uma lentidão absurda que, fritava meus neurônios só de pensar, e secava minha boca por gritar surdamente pelos movimentos distintos e bailante que tinha o teu corpo. Era absurdo, eu sei, mas sem o bailar de teus passos tudo em minha vida era estanque, totalmente inerte, como se o vento fosse embora para nunca mais voltar. Assustada, curvei minha cabeça para baixo, e, silenciosamente falei para meu inconsciente:
"Acho que eu quero você e teu andar ligeiramente dançante, como valsa de 15 anos, que de dois em dois passos gira todo o salão, ocupando o vazio que ali habitava... eu quero você e teus passos bailantes, e, no mais, nada."

-roberta laíne.

domingo, 14 de abril de 2013

[...]

Gosto do estranho, do não notável, do peculiar, do deslocado e frouxo, desalinhado, e embaraçoso, fora de ritmo...

Acho que gosto de mim.

- roberta laíne.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Assim só meio

É que eu meio que gosto de você, sabe
assim só meio,
não é por completo, ou por inteiro,
é assim, só meio.

Um meio que dá pra fazer poesia
e que se você deixar, pode ser por inteiro,
mas por enquanto, é só meio.

-roberta laíne.

domingo, 24 de março de 2013

Nem rosas, nem espinhos.


[...]

Eu e essa minha capacidade absurda de apaixonar-me pelo não recíproco... fico a espera de uma rosa quando na verdade fico alheia até dos espinhos, ao menos os espinhos, mas nem isso, nem rosa, nem espinhos. Apenas a janela de meu quarto fechada, esperando o não vindo.

-roberta laíne.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Olhando-me no espelho esbravejei para meu reflexo: 
Não chora! 
Mas fora nesse exato momento que as lágrimas começaram a passear sobre meu rosto...

- roberta laíne.

terça-feira, 12 de março de 2013


[...]
Tenho quase certeza que você iria gostar de saber disto, mas, cadê você?
Hein pai?

-r.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

[...]

Uns tem sorte, outros azar, 
eu tenho livros...

-roberta laíne.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vou lhes contar uma história:
Eu tinha lá pelos meus 10/11 anos quando papai saiu para vistar titio Pedro, que gostava de passarinhar, e, não contente em deixar papai ir sem mim, bati o pé e me pus a berrar, me autoconvidei, papai sorriu e levou-me junto à casa de titio Pedro, que, neste dia, não iria passarinhar.
Quando chegamos lá era pia e piar para tudo quanto era lado, no teto, em jaulas embaixo, na sala, e no quintal, tudo piava, tudo emita um som, então saí analisando por completo aquela casa, quando me deparei com um teto que não piava, olhando para cima, vi que era  um sabiá que bailava triste em uma gaiola pendura no teto na varanda. Parei e pensei:
"O que será que tem esse sabiá? Não sabe mais assobiar? Nasceu sem saber? Ou desaprendeu ao se engaiolar?
Longe dos olhos do titio e de papai, que tomavam café na cozinha, comecei a cutucar aquela gaiola e dizer: Canta! Canta Sabiá! Porém nada saía, o sabiá não queria mais nem pular, quanto mais cantar. Encucada com aquilo tive uma ideia brilhante, já que não queria cantar, ao menos poderia dizer-me do que se tratava, e mais uma vez cutuquei a gaiola e disse: "Me fala, me fala o que você tem sabiá".
Porém mais uma vez de nada adiantara, o sabiá não me respondeu, eu já estava irritada e ao mesmo tempo triste junto com aquele pobre pássaro que parecia chorar... Ainda longe dos olhos de tio Pedro e papai, fiz uma última tentativa para animar o sabiá...
Algumas horas se passaram e papai chamou-me, disse-me que já era hora de ir embora, sorridente pedi a benção de tio Pedro, agarrei-me em papai e fomos para casa.
No entardecer do outro dia, titio Pedro apareceu de visita em casa para contar uma tragédia para papai, e me pus a escutar, titio pedro disse que o seu sabiá que ele tanto gostava tinha desaparecido misteriosamente de sua gaiola. Ninguém o viu, ninguém o soube velar, titio procurou por toda a casa, até dentro da barriga do gato que por lá transitava, mas nada, nada do sabiá. Corri para meu quarto e comecei a sorrir, pois mal sabia titio que minha última tentativa fora pegar dois banquinhos, pôr um em cima do outro e do alto abrir a portinha da gaiola pondo o sabiá para fora, que, desde que saiu pela aquela pequena porta, para sempre fora embora, cantarolando sem parar...

- roberta laíne.

sábado, 16 de fevereiro de 2013




Era notório que a imensidão daquele campo significava Deus, assim como era notório também que, aquele entardecer absurdamente em tons laranja significava: Deus, Eu e Você. E, deitadas na relva, começamos a olhar para as nuvens. Você como sempre criativa viu um dragão de boca escancarada, procurei o dragão, mas graças a Deus não o vi; enquanto eu, como sempre estranha, vi um caranguejo, você procurou-o, e, por sorte, não o viu também, como não vi seu dragão de boca escancarada. Ainda bem que eram apenas nuvens, pensei escondida, enquanto ficamos ali procurando imagens estranhas... Dava para ouvir o gargalhar de Deus lá de cima a nos olhar. De repente, você resolveu perguntar-me o que eu realmente via quando olhava para as nuvens, lembro-me perfeitamente que respondi em escarnio: "Eu vejo nuvens!" você sorriu dizendo que eu era uma completa e perfeita idiota, sorrimos e após o término do sopro de nossas gargalhadas, um fio de silêncio tomou conta do lugar, foi quando quebrei-o e disse: "Quer mesmo saber o que eu vejo quando olho para as nuvens?", ela assentiu e eu disse: 
"Deus... Eu só consigo ver Deus... quando olho para as nuvens."

Na tarde de 14 de janeiro de 2024

- roberta laíne. 

domingo, 10 de fevereiro de 2013


Ando procurando você, 
até nas xícaras que me rodeiam...

-roberta laíne.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Eram descabidos os teus olhos,

Tentei coubê-los em tudo o que via
Tentei pô-los na fresta de esperança que havia em minha retina,
Tentei, mas não cabia.

Não cabiam na caixinha que vovó deu-me com duas agulhas e linhas
Não cabiam dentro da geladeira de minha casa
Não cabiam no sótão, ou no armário imenso da titia
Não cabiam nos teus 1 metro e 70 de altura,
Não cabiam dentro de minha vizinhança, ou do sítio de minha madrinha

E quando dei por mim, em nada cabia.

Eram descabidos os teus olhos,
nem no planeta terra cabia,
muito menos na mala enorme de minha prima.

-roberta laíne.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Uma vez me disseram que a saudade se alojava em uma inclinação para o lado esquerdo do peito, ou seja, no coração. Então parei e fiquei pensando: saudade, saudade dentro do coração? Fez sentido de imediato, afinal, é dentro do coração que guardamos todos os nossos sentimentos, como o amor, a raiva, o carinho ou o afeto, e a tal da saudade. Porém, passaram-se alguns punhados de tempo e fiquei insatisfeita com o fato da saudade alojar-se no coração, foi então que comecei a lembrar-me das saudades sentidas por mim quando menina, da criancice até a minha então juventude, e lembrei-me que minha saudade era irreal, fugia dos padrões de alojamento, pois, uma vez, minha saudade se alojou em meus braços, quando usava eles para segurar um walkman enquanto ouvia minha fita  favorita. Outras vezes, minha saudade ia para as pernas, saudades de quando esticava-as para roubar frutas do quintal da vizinha ou de chutar para longe um litro e fazer todos os meus amiguinhos irem se esconder. Quando me apaixonei pela primeira vez, saudade além de alojada no coração ia parar na cabeça e lá ficava por horas e horas. Teve uma vez que minha saudade alojou-se em meus ouvidos, era saudade pra tudo quanto era ruído ou captação de som que pairasse no ar, saudade de quando papai dizia: "Minha petequinha, venha cá para mim, olhe o que eu trouxe para você". Lembro-me também, de quando a saudade apoderou-se de meus olhos, foi uma das saudades mais difíceis, tudo o que eu via era saudade! Uma vez, deu saudade em mim até nas unhas, de quando eu era muito miuda e entupia minhas unhas de macinha de modelar na escola, saudade. Certa vez, a saudade alojou-se em meus cabelos, foi difícil também, pois pegou fio por fio, eu sentia o cheiro do shampoo sambor morango, dos banhos às cinco da tarde...
Tá vendo? A saudade em mim é algo surreal, pois não se aloja só no coração. Saudade se aloja em tudo quanto é parte do meu corpo, até nos cílios, que, às vezes, trazem a poeira daquilo que nunca mais soube voltar, então vira saudade.

-roberta laíne.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


glóbulos vermelhos,
não se sabia
se era sangue ou poesia,
saudade ou demência proibida,
ou apenas
lágrimas...

-roberta laíne.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Eyes on fire...

Insano,

...

Um quarto que chovia poesia demente, o seu quarto. Escárnios e zombarias faziam os móveis quando entrei em tua casa e direcionei-me ao teu abrigo, naquele momento, correntes absurdas me trancafiaram e fizeram explodir todos os riscos do desenho de meu corpo...
Teus lábios rosados tomaram todos os verbos que os meus poderiam proferir, eu mal entrei e já estava trancada, presa em tua confusão absurda e doentia, era sombrio como sorrias para mim, quase que explodindo por dentro um pedido agridoce de socorro, enquanto o tempo fazia um percurso morno e fraudulento, tudo conspirava a ti, até o momento em que me destes um molho de chaves na cabeceira de sua cama. Eras tu uma algoz boa? Ou isto fazia parte de um plano bem pensado? Me destes um molho de chaves e a escolha de tentar uma após uma até encontrar o encaixe perfeito, e, desse modo, abrir as correntes que me detinham desde a hora que adentrei em teu quarto. Porém, minha insanidade falou mais alto, joguei o molho pela janela que dava em um abismo impenetrável, só pra não correr o risco de me libertar covardemente dessa flor inconsequente, insólita, e lúgubre que brotara em mim, desde que cruzei com os teus olhos acastanhados.

Por que?
Me perguntei apenas para cumprir o papel dos sentimentos culpados, mas eu não queria resposta, já habitava em meu ser uma espécie de equilíbrio desregrado, com regras desequilibradas, sustentando a falta de lucidez de minha retina apaixonada. Eu não tinha mais um molho de chaves, muito menos a esperança de o ter, eu só tinha o brilho dos teus olhos acastanhados que ofuscava qualquer imagem, via apenas as fagulhas, de um fio condutor que transladava para partes absurdas de meu corpo, completando-me de um vazio absurdo; um vazio de pudor, de ideias, um vazio do próprio vazio que pairava pelo ar...
Em passos falsos, conduzi-me até a janela para despedir-me de minha sorte, tentando imaginar naquela escuridão ininterrupta o maldito molho de chaves, que joguei no alvoroço de minha paixão pelos teus olhos, alagados de um castanho claro. E, quando eu mais carecia de razão, tudo o que minha retina conseguia ver era o amarelo queimado de teus fios de cabelos, mais claros que a esperança...

Insano,

Insano este verso,

Insano de minha parte,

Insano teu quarto banhado de luz e eu presa ali,

Insano jogar em abismo a única saída: o molho de chaves.

Insano de você.

Insano de minha parte.

- roberta laíne.


sábado, 12 de janeiro de 2013

Quando eu era pequena, tudo parecia grande, assim bem grande, quase perto do gigantesco ou do tamanho do universo. Imaginava que papai tinha 3 metros de altura e mamãe 2,5 ou o inverso, e meu maior sonho era conseguir enxergar o ponto mais alto da casa, o auge da 'grandetude' de um objeto, o tão sonhado e para mim inatingível: congelador da geladeira de mamãe!
Aquilo tudo parecia uma espécie de sonho, que fazia o frio e meu picolé ganhar consistência, transformava água em cubinhos de gelo e me deixava bem mais próxima de papai noel. 
Porém era alto, alto demais pra eu ver a magnitude de tudo aquilo, só papai e mamãe eram contemplados para ver o que lá se gerava ou havia. Pensava eu em pedaços do pólo norte e também do pólo sul, de onde se vinha a neve, tudo feito ali, gerado ali.
Quando eu era pequena, tudo parecia grande, assim bem grande e gigantesco. E o pólo norte e sul tinham pedaços guardados, bem guardadinhos, na geladeira de minha mãe...

- roberta laíne.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


E de repente eu resolvo desistir de mim e todo mundo desiste também.

-r.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013


[...] e fiquei a me perguntar: 
pra onde será que as nuvens vão quando somem de minha retina?

...

-roberta laíne.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


Vencida. Parei de correr, e me pus a olhar lentamente para a chuva que bailava em mim; era absurdo, percebi seu pranto oculto de saudade, toquei-a e senti uma brandura extrema, era como se fossem pedaços, pedaços de Deus em minhas mãos, que eu podia chacolhar ou deixar cair sobre aquele chão frio e bruto. Mas segurei-a e sorri deixando-me molhar  por completa, nesse momento pedaços de você me abraçaram.. Mais uma vez você,  na chuva que me banhava,

eram pedaços de Deus sobre minhas mãos...


-roberta laíne.