segunda-feira, 25 de maio de 2015

Deitei na minha cama embriagada de culpa, com um peso tão absurdo que, até agora, olhando para os lados, não sei como não a arrebentei... Cama nenhuma suportaria tanto peso, mas a minha, assim como eu, suportou. Acho que nosso quarto e as coisas que nele pomos são como uma extensão do nosso corpo, pois no rádio tocava "Dois" da Tiê, tocava dois justo quando eu era um, justo no momento em que eu mais estava sendo um, e carregando esse peso de um, sozinha. Acho que a solidão que me perseguia nos meus escritos passados nunca deixou de me procurar enquanto eu a distraía, sempre preparou-me armadilhas, para que, na primeira esquina errada que eu viesse a dobrar, caísse em seus braços. Tanto faz, já estou com ela novamente, estamos juntas, olhando esse meu quarto parado, esses vinis que não tocam mais, meu violão, e minha guitarra, está tudo tão parado, esses quadros não se mexem mais, acertei o prego em um lugar e nunca mais tirei. Eu odeio essa música "Dois", ninguém quer levar minha bagagem, ninguém quer saber dos meus planos, muito menos me acompanhar, pois não há mais caminho, ninguém tem alguma coisa pra me dar ou deixar eu entrar num espaço de sobra de seu coração.
-roberta laíne.
Sinto falta de algumas faltas...

- roberta laíne.
Desde pequena, eu tinha uma vontade absurda de tocar o impossível...
- roberta laíne.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Esse tempo fechado, esse céu nublado, meio cinza escuro, me faz lembrar meus 16 anos, me faz lembrar Paulo Coelho, e como era bom meus 16 anos e Paulo Coelho. Deu-me até vontade de acender uma vela e manter a luz apagada para ler... Ah! como era bom ler Onze minutos, Veronika decide morrer, Na margem do rio piedra eu sentei e chorei, como era bom saber que aquilo não era bom, e como era bom saber que minha figura se prostrava diante das virgens lívidas de Álvares de Azevedo - com um amor impossível só pra mim, todo meu e de mais nenhum tolo, como era bom! Que mocidade inocente, crédula em inacreditáveis, como foi bom traçar minhas mãos pelas páginas de um Aurélio surrado e procurar a palavra orgasmo, como é bom lembrar de minha sobrancelha levantada e meu cenho comprimido com ar de enigma e não completude do entendimento. Ora orgasmo num dicionário! Como pode isso? Como pode algumas palavras não caberem dentro de outras? Me fez lembrar Paulo coelho, me faz lembrar meus 16 anos, me faz lembrar a inocência do que era bom e passado...

- roberta laíne.
Entretanto,
Entre tantos,
Entre, a porta está aberta, e não tem tantos.

- roberta laíne.
Você sabia que é possível construir frases sem sujeitos?
Interprete da melhor maneira possível.

- roberta laíne.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Uma coisa sobre mim: 
raramente digo para alguém sobre o que estou de fato pensando.

 - roberta laíne.
É certo que em minha mente se sente coisas extremamente estranhas e se sente demais. É certo que é de certo onde mora o erro, é na impossibilidade humana de minha insanidade segura de si que eu capto uma visão do mundo que ninguém vê, não que eu seja especial, ou eminente, muito pelo contrário, sou anônima e pequena, mas tenho dois olhos grandes que captam nas entranhas estranhas que brotam do grande glóbulo terra a água suja e contaminada, e eu me banho dessa água, mas eu sei que ela é suja, e me torno suja, lixo, sou estranha porque vejo isso e além disso, não faço absolutamente nada a não ser saber e olhar e construir, esses construtos sem sentido para ti(s). 

- roberta laíne.  
Se tem uma coisa que eu aprendi na vida é que, a vida é assim.

- roberta laíne.
Que teus olhos voam, eu sei!
Que tua retina brinca com quem se atreve a cruzá-la é que eles não sabem.
Que os teus olhos voam, eu sei!
Que tu fazes eles de tolos é que não sabem, mas eu, retida e compenetrada em apenas te ver, eu sei!
Que tolos! Que crédulos doentes!
Que tristes amantes de um mar profundo que esvoaça na corrente!
Que eu sei, que só eu sei, que teus olhos voam...

- roberta laíne.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Veja eu, 
de tão interior fui parar dentro de mim.

-roberta laíne.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A arte dança em mim,
faz fantasias com meus pensamentos,
se entrelaça com minhas palavras e
embebeda-se de minha pobre alma.

-roberta laíne.