quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

{...}
De certo, não sei se é certo, mas certo por certo, é certo que eu quero.

- roberta laíne.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sentei próximo a minha cama e comecei a pensar como você seria por dentro, de súbito, me veio a imagem de uma pedra de mármore, algo frio e desconfortável, com cheiro de gelo e pulsação parada, talvez mármore não tenha mesmo pulsação e por isso o ar gélido de quando tocamos, ou talvez... Não, isso não! Acho melhor ficar com a ideia anterior. 
Depois disso, tentei pensar em outra coisa que não fosse esse súbito pensamento em mármore, porém, nada me veio a cabeça, o que me veio mesmo fora um frio cortante, que me fez comprimir os braços... Olhei para o lado, e vi que minha janela ainda estava aberta, olhei então para frente para avistar as horas, meu relógio trabalhava freneticamente apontando duas da madrugada, fitei-o e de súbito novamente veio você, ora parecendo com os ponteiros trabalhando sincronicamente, ora parecendo com os números, parados, fechados, tão exatos e prontos para darem a hora. Nesse momento esqueci a pedra de mármore, você estava totalmente em meu relógio, para ser mais precisa te achei às duas 2 horas e 5 minutos daquela madrugada... Mais uma vez um frio cortante chocou-se em mim, foi então que resolvi fechar minha janela, deitar-me, e ficar de frente para o relógio olhando você trabalhar. Não muito tempo depois adormeci, mas lembro-me que tentei te parar com os olhos, te achei cansada demais daqueles monótonos movimentos, mas fora em vão, você continuou a trabalhar, então fechei meus olhos e imaginei o quanto deveria ser difícil - ser um relógio.

- roberta laíne.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014



Um coisa minha depressão me ensinou: quanto mais pensamos na morte, menos ela se aproxima...

- roberta laíne.

domingo, 26 de janeiro de 2014


Que Deus nos perdoe, pois morro de medo de um dia ele se entristecer de verdade e apagar todas as estrelas...

- roberta laíne.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

É horrível!
Desolador.
Uma sensação estranha, sufocadora, minha visão embaça, meu coração começa a bater mais forte, minha respiração se desordena e minhas mãos começam a tremer involuntariamente, dá medo, dá medo de sair, de olhar e falar com as pessoas, dá medo ir lá fora... Eu respiro mal, eu falo mal, eu me sinto mal, os seres humanos me dão náseas e me deixam mal... Só essa semana já terminei dois livros e já quero ir para o terceiro e depois para o quarto, o quinto e assim sucessivamente, é como se, nada, absolutamente nada lá fora me interessasse ou me passasse segurança. A única coisa que sinto é o suor descer sobre mim e o descompasso de meus passos de medo! Eu não sei ao menos dizer "oi" para o senhor da padaria. Já tentei ensaiar no espelho um "oi", "oi tudo bem?", "oi como foi seu dia?" "oi?", mas a única coisa que faço é pedir o que preciso e com o olhar confuso levemente inclino para baixo minha cabeça. E no mais, nada! Não sai nada, a não ser aquela sensação desconfortante e uma vontade de correr para casa, pegar um livro e depois limpar o suor frio e dizer: ufa!

"... os seres humanos me assombram" 
(frase de "A menina que roubava livros")

-roberta laíne.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Enquanto eu for lua.



Enquanto eu for lua, que você abra todas as noites a janela de seu quarto
Porque enquanto eu for lua, 
Ah enquanto eu for lua, 
Eu serei somente tua.

- roberta laíne.

{...}
Se for para não realizar, ou ao menos tentar... Então não Sonhe.

- roberta laíne.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Uma bicicleta - A lembrança da tua voz - E um trevo de 4 folhas...

Sinto vontade de roubar a primeira bicicleta que meus olhos alcançarem ou quem sabe pedi-la emprestado e sair as pressas dizendo que: "vou ali e pretendo não mais voltar" - chegar em sua casa, bater três ou quatro palmas e rezar que você me atenda. Sei que no mínimo me olharias com aqueles olhos cabisbaixos e sem ponto fixo em mim, e, provavelmente se assustaria com minha presença, ou, talvez, minha capacidade de levar os teus "Nãos" e ainda topar em tua casa... 
Obviamente, ao te ver, meus olhos também não teriam ponto fixo, provavelmente eu os teria perdido ou deixados por entre as ruas que passei até chegar a você. Sei também que, você não diria uma sequer palavra, muito menos se manifestaria em abrir a porta para me recepcionar, você nunca me recepcionaria em sua casa, em sua alma, em sua vida; mas tudo bem para mim, quanto a isso, eu apenas diria ternamente: "Não precisa abrir a porta, não quero atrapalhar". Talvez você me perguntasse de quem seria aquela bicicleta e como consegui chegar até sua casa sem que no mínimo ninguém me atropelasse ou eu a alguém, se surpreenderia ao me ver chegar intacta, pois bem conhece o meu atrapalho com as coisas, eu apenas sorriria e mentiria pela primeira vez a você, diria então que a bicicleta era minha, afinal, se soubesses que era roubada me acharia mais imprudente que o normal. Da porta, você possivelmente me sondaria e eu perceberia ao te ouvir mencionar que achara bonito o trevo de quatro folhas, que eu carregava na cesta de "minha" forjada bicicleta, e, pela segunda vez eu mentiria para você, diria que o trevo era para me dá sorte, mas na verdade ele fora a única rosa que em meados do caminho encontrei para te levar, mas eu não diria, pois, mais uma vez você me acharia mais imprudente que o normal. Por conseguinte você me perguntaria o que eu fazia ali, e eu mentiria pela terceira vez para você, e diria que estava passando por perto e resolvi parar apenas para dizer um "oi". Eu jamais diria que a bicicleta era roubada, que o trevo era pra você, e muito menos que eu havia ido com destino certo, a tua casa, a tua vida, para ao menos escutar um "oi", ou um "até nunca mais", ou quem sabe o de sempre, "desiste por favor", para mim, qualquer um tanto faz, contanto que saia de teus lábios, eu só queria mesmo te escutar, escutar o timbre afinado de tua voz, mas eu não diria isso - apenas me despediria depois de seu "oi", pegaria a "minha" bicicleta roubada e voltaria para casa... Na volta, lembraria-me do que disse para o dono de minha bicicleta "Vou ali e pretendo não mais voltar", mas eu voltaria, como voltei em 30 minutos e devolvi a bicicleta, ficando apenas com o que me pertencia: 
A lembrança da tua voz e o trevo de 4 folhas...

- roberta laíne.

Deus usa coisas pequenas para confundir os grandes...

- roberta laíne.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Vamos!
Me bata
Esbofeteia minha face! 
Atira tuas unhas contra minha pele e desconta todo o teu desconforto em mim,
Toda tua saudade inflamada, e angústia reprimida.

O que estás esperando? 
Sei que anseias fechar o punho e deslocá-lo até o lado esquerdo de minha face, 
Então por que não me machucas fisicamente de uma vez por todas?

Grita! 
Grita todas as tuas lágrimas e vem de encontro ao meu corpo,
Vomitando todas as tuas dores
 Até que eu enfim te abrace e o mundo pare de girar.

- roberta laíne.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Tanto faz como tanto se fôda.



A verdade é que desde pequena nunca me importei com o que as pessoas pensam... Para mim, sempre foi tanto faz como tanto se fôda. Lembro-me que quando eu era pequenina, odiava aqueles conjuntos "bonitinhos" de roupas com short e blusa iguais, coisa chata e IGUAL, para mudar isso, eu sempre vestia ao contrário, a blusa de um, com o short de outro! Assim ficava mais sem sentido, e desde pequena, tudo o que não fazia o menor sentido me fazia brilhar os olhos.
Quando eu era pequenina, eu era a mais diferente de todas, nunca me encaixava em lugar algum, odiava as festinhas da escola e ao invés de sorrir eu chorava para não ir e acabava não indo, mamãe sempre ia no meu lugar, o que de fato, não fazia o menor sentido, e, isso, me era totalmente apreciável. Lembro-me também que, não gostava de pintar meus desenhos como todas as crianças, elas sempre usavam todas as cores de suas caixas de lápis de cor em apenas um desenho - NÃO - comigo isso não era atraente, eu sempre escolhia apenas uma cor e pintava-o, somente daquela. Talvez isso explique desde pequenina meu estágio de solidão e de desconexão com o real e cabível... A verdade é que, desde pequenina eu nunca me importei com o que as pessoas pensavam e meu palhaço era pintado somente de uma cor, os outros lápis teriam que esperar seu devido dia, talvez isso não faça sentido algum para uma criança, mas para mim, já fazia...

Incabivelmente,

- roberta laíne.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Eram quase seis da tarde,
o sol desceu, e,
pude ver a imagem mais assustadora de toda a minha vida:
minha sombra.

- roberta laíne.

domingo, 5 de janeiro de 2014



Aprendi a administrar minha saudade
De dia, ela perece noite
De noite, ela parece tarde

- roberta laíne.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A liberdade que eu quero começa com um Ar de Amor...

-roberta laíne.