domingo, 21 de abril de 2019

Dá-me um pouco de luz,
Dá-me um pouco de ti,
Dá-me um pouco de luz, de ti, e de vida.
Dá-me teu ser,
Dá-me só mais um pouco,
Dá-me, dá-me, preciso sentir.

-roberta laíne.

terça-feira, 16 de abril de 2019


A tua ausência estrangula a minha vida.

- roberta laíne.

domingo, 14 de abril de 2019

Objetar-me? É certo que não, nem louca! Não tenho estruturas para me opôr, não tenho estruturas pra ir contra a mim própria, cada louco com sua loucura. Assim, quando estou pendendo para um lado, eu nem ouso objetar-me, não me questiono, com loucura a gente não brinca, só me observo, não tenho estruturas para peitar-me, cada louco com sua loucura.

-roberta laíne.

sábado, 6 de abril de 2019

Você foi, pois precisava ir, e eu entendo. Eu também fui, pois precisava deixar você ir, então fomos. Fomos juntas. Você não ficou e eu também não. Eu não tentei te impedir, e isso não significa, de modo algum, que eu não quisesse que você ficasse, nem diminui em nada o que eu sinto. As pessoas em geral, romantizam as relações e acham que, somente quem chora, esperneia e implora, é quem quer verdadeiramente, mas NÃO! Quem engole o choro pra chorar em casa, quem não esperneia e nem implora também sente, e sente muito. Inclusive, tô aqui, nesse exato momento, por meio dessas palavras, sentindo... A gente sente, mas precisa deixar ir, o motivo a gente não entende ou talvez até entenda, mas não aceita, todavia a vida não é feita só de coisas entendíveis, a vida também é feita da frase reticente, do olhar perdido, do livro incompreensível, do desligar da tomada pra parar de funcionar. A vida também é feita da flor que murcha, e da parede que infiltra, do morfo que cria nas prateleiras do guarda-roupa, e da goteira que atrapalha no inverno. Entendido isso, a gente fica calmo e não esperneia pra dizer que, a vida é chegada, mas também é partida.

- Roberta Laíne.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

A maneira como a gente fode se olhando...

A maneira como ela fode comigo é, de longe, surreal. Não sei o que ela tem, e também não quero descobrir, só posso dizer que é incrível a maneira que ela se abre a mim, a todos os planetas, ao universo. A maneira que ela goza, que diz o meu nome, e que soterra as unhas nas minhas costas... A maneira que ela geme sem medo, e me beija como se fosse o último de nossas vidas, ela não tem medo, não de sentir, não de morrer de prazer. A maneira como a gente se olha, como a gente fode se olhando, como os olhos alaranjados dela procuram os meus, na escuridão do universo, ou na claridade da lua. A gente fode se olhando que é pro amor entrar, a gente fode se olhando porque o amor entra pelos olhos, a gente fode se olhando porque é a única maneira que temos dizer o quão é verdadeiro.

- Roberta Laíne.