domingo, 21 de fevereiro de 2021

Imagina só se nós déssemos ouvidos às pessoas que passam por nossas vidas e que deixam uma mensagem poeticamente canalha, digo, aquele tipo de comentário, por exemplo, a um estudante de enfermagem, dando-lhe a dica de que ele deveria estudar um pouco mais e se formar em medicina, pois ele seria bem mais reconhecido e prestigiado socialmente e ganharia muito mais dinheiro. Imagina só se não tivéssemos enfermeiros? Cujo papel é imprescindível e magnífico no processo de assistência ao paciente. Quem faria isso por nós? Imagina só se déssemos ouvidos aos comentários canalhas que fazem para aqueles que pensam em se tornar professores, quem iria embasar os filhos da nação no Ensino Infantil? Quem asseguraria essa continuidade no Ensino Fundamental e Médio? Existiriam faculdades?. Esses comentários canalhas nos cercam a todo momento e em qualquer lugar, seja menosprezando o padeiro, que poderia ser um chefe de cozinha, seja subalternizando o pedreiro, que deveria ser um engenheiro ou arquiteto, seja desdenhando a costureira, que deveria ser uma estilista. Os comentários canalhas são tão baixos, que vociferam a crença de que dançarino, músico, cantor, compositor, pintor, escultor, poeta são vagabundos, como se conseguíssemos viver sem a Arte, como se fosse possível suportar a vida dessa maneira, pois até os homens das cavernas buscaram na arte uma forma de sobreviverem. Esses comentários canalhas são sinônimos de pobreza, e quero que você entenda, estenda, e rasgue a palavra no seu nível mais profundo, porque só a pobreza explica tamanha canalisse. Termino essa prosa dizendo-vos, não dá nem para imaginar como seria o mundo no qual todos déssemos ouvidos e/ou formas a esses comentários canalhas... Amém.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Eu nunca tive medo quando um cachorro de rua avançava ou se aproximava de mim, meu medo sempre foi quando algum ser humano chegava perto. 

"Os seres humanos me assombram"

- Roberta Laíne.