sábado, 29 de setembro de 2012

A espera de um abraço.

Julho de 64

Ato I
Estranho, sozinho, sábio, leitor e colecionador de algo peculiar: Abraços. Pedro apontava seus 18 anos quando, consternado em seu quarto, indagou-se sobre o que era amar.
Não tinha muitos amigos, na verdade, uma apenas, sua melhor amiga Catarine, que também apontava a sua idade.
"São tempos difíceis para sonhadores", e neste mais ainda, início da ditadura militar e Pedro era um colecionador nato de abraços, e fiel indagador do que seria o tal do amor ...

Narradora: Vejamos, sou uma narradora onisciente e onipresente, e vou contar-lhes a priori como Pedro conhecera. Bem, eram fins da primavera, o toca fitas do carro de seu pai soltava ruídos de Chico Buarque, Pedro, amante da solidão, resolvera fazer o único ato que realizava ao sair de casa: ir ao bosque. Era fim de tarde, e para ser mais específica o relógio apontava a quinta hora da tarde, o sol timidamente se preparava para dar-lhe adeus, quando de repente, no ápice de sua distração, Pedro chocava-se a um dos bancos do bosque e ía repentinamente de encontro ao chão, ao ver tamanho incidente, uma jovem moça corre até pedro para ajudá-lo a se recompor...

Primeira nota da narradora: Neste exato momento você deve está tirando conclusões próprias, as do tipo bem, eu já conheço o final dessa história, ele se apaixonará por ela e serão felizes para sempre... Errada! Como disse de início, eu sou a narradora e sei o final, e acredite, não é este.

Após ajudar Pedro, a simplória moça apresenta-se como Júlia e diz prometer a Pedro jamais contar como ele se acidentara, ambos riem e Júlia o convidou para ir até sua casa para comer algo, pois ela tinha acabado de testar sua nova receita de biscoitos naquela mesma tarde...



Ato II

Ao chegar na casa de Júlia, Pedro começara a visualizar suas minúcias, quando de repente deixa ir ao chão uma miniatura de carro (um impala 64), justo no exato momento em que Júlio, irmão de Júlia adentra pela porta que Pedro passara. Assustado, logo recompõe a miniatura, quando escuta a seguinte frase vinda do irmão de Júlia: Quebre-o e eu quebro sua cara.
Uma nota importante: todas às vezes que Pedro assustava-se com algo, era como se tudo ao seu redor quisesse-o atacar, Pedro entrava numa espécie de pane e começava a debater-se freneticamente.

Ato III
Pedro começou a se auto-machucar enquanto Júlia e seu irmão não sabiam o que fazer; de repente, Pedro começou a quebrar tudo que estava ao seu redor, em resposta, Júlio corre ao seu encontro para pará-lo, pedindo para que se acalmasse, e abraça-o para impedir suas mãos de mais estrago... Abraço! Pedro era um colecionador de abraços como disse no início, e ao receber o abraço de Júlio, não fora diferente, Pedro automaticamente o guardara e agora protegido com o novo abraço que colecionava, cessou sua crise, porém saíra correndo da casa de Júlia sem ao menos pronunciar uma despedida.

Ato IV
Quarto de Pedro.
Atordoado, Pedro não sabia ao certo organizar suas ideias; tropeçar, conhecer Júlia, ir até sua casa, derrubar o carro em miniatura de seu irmão, sofrer uma de suas crises, ganhar mais um abraço para sua coleção, e descobrir que neste abraço estava seu maior tormento, pois este causara-lhe algo diferente...

Narradora: Neste exato momento, você também deve estar tirando conclusões próprias, e bem, deve estar dizendo que já conhece o final desta história, Pedro é gay e estava apaixonado pelo irmão de Júlia... Errado! Como disse desde o início, eu sou a narradora e sei o final, e acredite, não é este.

Ao término da primavera e nas boas-vindas ao outono de 64, as coisas se complicaram, pois eclodiu mais uma perigosa revolução contra os militares, fazendo surgir então o alerta para que a população evitasse sair de suas casas e não desobedecesse as ordens impostas pelos soldados da tropa de frente. Inquieto, Pedro precisava sair e ir até o seu bosque, único lugar onde conseguia sentir extrema paz, porém estava interditado por soldados da tropa de frente da ditadura. No entanto, não importando-se, Pedro abandona seu quarto as escondidas de sua família, que atenta ao rádio, colhia informações sobre a revolução que eclodia.

Ato V
No bosque.
Ao chegar no bosque, a tropa de frente militar se prontificava para impedir a passagem de qualquer transeunte que tentasse adentrar, um dos soldados chefe era Júlio, irmão de Júlia. Incrédulo, Pedro fixou seu olhar em Júlio, que segurava uma pesada arma ao qual não soube identificar. Pedro sentiu uma imensa vontade de abraçar Júlio novamente e foi então que começou a guiar-se até ele, mas ao meio do trajeto, recebera a ordem para não aproximar-se, caso contrário seria atingido. Parado, Pedro começou a olhar para Júlio, como quem pedia para que ele que fosse-o abraçar, já que este tinha autorização, mas Júlio não fora, e alguns soldados lhe seguraram por detrás fazendo-lhes ameaças. Pedro começara a entrar em pane, e começou a debater-se, os soldados entendendo como um ato rebelde comunicaram Júlio para enfim tomar posse da situação já que era o líder da tropa. Olhando para Pedro que debatia-se, Júlio apontou para sua cabeça sua arma de grande porte e...

Narradora: Nesta pausa você deve estar pensando, está história eu realmente não conheço o final, Júlio mataria Pedro por ter a ordem de opressão e tortura da época? O que Júlio faria? Como disse desde o início, eu sou a narradora e eu sei o final, e acredite, você acertou em ficar confuso(a) neste.

Ato VI
Júlio abaixa a arma e inusitadamente abraça Pedro, deixando incrédula toda tropa que, assustados com sua atitude, comunicam a forças superiores, por conseguinte, Pedro acalma-se e nos braços de Júlio diz:
Sou um colecionador de abraços, e o seu, fora o melhor abraço que um dia já pude ter em minha coleção, a confusão toda que gerei, fora por causa do amor, que até então eu não conhecia, mas hoje descobri que o meu viera em forma de abraço, um abraço bem dado, que te faz se sentir como a melhor pessoa deste mundo, você gostaria de ser meu melhor amigo Júlio? Eu não tenho muitos amigos, e a única coisa que tenho é minha coleção de abraços, e agora é a melhor coleção de abraços do mundo, pois tenho o seu.
Após escutar o que balbuciara Pedro, o superior de Júlio entra proferindo as seguintes palavras: Fomos alertados de que você está agindo contra a integridade do poder militar que rege neste país, e sobre pena de morte ou você retira-se deste ambiente imediatamente, ou o faremos sobre o efeito de força...
Pedro começara a sentir-se ameaçado novamente e debate-se indo ao chão, quando se escuta apenas o ruído estanque e lento de uma bala que brilha atingindo certeiramente a cabeça de Pedro que, apenas diz: não me machuquem, eu sou apenas um colecionador de abraços...

Pedro morrem em seguida. Com sua coleção completa.

Julho de 1964,

O colecionador de abraços .

-roberta laíne.




Meu melhor amigo, não fazes ideia da falta que me faz o teu abraço, mas meu caro amigo, continue bem em sua rotina que tanto peço a Deus para proteger, mas de fato, tu não sabes, meu melhor amigo, o quanto eu preciso de teu abraço neste exato momento..

-roberta laíne.
Era o vigésimo capitulo, para ser mais específica o décimo nono parágrafo, reservei uma página inteira apenas para dizer que, de todas as minhas má sensações a pior fora:

sinto-me órfã de você (...)


-roberta laíne.


Será que o dono do céu me venderia uma estrela?

-roberta laíne.
Um bilhete de mim para mim:

Querida R, já basta! A partir de agora não fale mais nada! Mais nada fui clara?

Você foi clara! Eu cansei de falar as coisas e ninguém me ouvir, a partir de agora, vou ficar na extremidade de meu quarto, olharei os outros mentindo, e irei calar-me, olharei os outros chorando e apenas abaixarei minha cabeça como respeito, olharei os outros entregando-se as drogas mundanas e apenas sorrirei...
Que mundo estranho fora esse que me meti querido eu? Por que ultimamente mentir é mais legal? Mudei até minha concepção sabe, particularmente acho bastante forte uma pessoa que mente e consegue olhar nos olhos doutra e dizer: "Oi?" "Eu te amo tá? " "Pra sempre" "BOOM DIA!" acho que isto é ser forte sabe, e ser fraco, é sozinha tentar mostrar a verdade, que mundo louco, eu quero sair daqui!
E quanto ao "já basta!" fique tranquila, pois ficarei em silêncio, e entenda este como o meu mais profundo desempenho em não mais me importar. O mundo lá fora está corroendo-se em mentira, e a única coisa que eu farei é acender o abaju de meu quarto, e reler meus livros favoritos, e quando sentir-me sozinha, conversarei com eles, aqueles seres inanimados que eu adoro conversar, o guarda-roupa, a mesinha de centro e mais alguns objetos que converso. Se você acha isto mais estranho do que quando ponho meu despertador às 7:03 enquanto todos põem às 7:OO ou em horas pontuais, avise-me que, bem... eu não irei mudar, é só pra eu saber mesmo o que mais há de estranho em mim...

Ótimo querida R, espero não ter mais que vir aqui para te deixar um bilhete, já é a segunda vez que fazem isto contigo, na verdade já fizeram várias, mas não vamos contar, és forte, então obedeça-me, não faça mais nada, já estou estou providenciando a tua retirada desta dimensão, já fizestes o que precisava, agora, acalme-se e leia, converse com seus seres inanimados e não há mais motivos para chorar, no final das contas tu virás comigo, mas não saia, eles nunca te entenderão...

Com carinho,

roberta laíne.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

(...) porque por algum motivo eu estava feliz, pois, apesar de todos os pesares e apesares, eu ainda sabia o rumo de tua casa, o lado que eu ocupava em tua cama, e tua posição ao deitar em meu peito e dormir... e por algum outro pertinente motivo, de olhos fechados, bem fechados, eu sabia como inocentemente tocar a tua alma.
Por conseguinte e seguinte havia o restante, e bem, o restante era apenas um prato cheio para atrapalhar o pobre coitado de meu amor por ti, o que por si só, tu não fazes ideia do quão cuidei,  não, não fazes, mas cuidei, e morro de medo de entregar-te, ultimamente tu andas espesso e longe de mim, mal saberias o quão sensível é o nosso amor e o quão fora difícil cuidá-lo sozinha, mas não reclamo, cuido porque se não o cuido, descuido de mim... Só não o posso mais entregá-lo, com um toque poderia destruí-lo, sinto uma fagulha de medo de você achar bobagem e assim destruir a mim e a ele, então coube a mim cuidar em silêncio, ninguém poderia saber, pois tenho fiel certeza que conseguiriam milhões de pretextos para eu parar,  e em silêncio eu não ligo, e continuarei cuidando-o, pois do que sinto por ti e do frágil de nosso amor, apenas eu, entendo.

-roberta laíne.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



Sinto saudades de quem você era...

-roberta laíne.


E, no meio da noite, soltando a xícara de café, deixei-me então sentir a brisa que adentrava em meu quarto, deixei-a adentrar em mim, bailando sob e sobre todo o meu corpo. Guiei-me até a janela olhando fixamente para uma das estrelas que longinquamente brilhava, repentinamente, um pensamento martelou o meu ser: onde é que você estava que não me procurava? Será então que você realmente não tinha um coração? Ou eu quem tinha demais? (...)

-roberta laíne. (o que de mim restara)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012



Uma coisa era certa:
Eu nunca soube ser feliz longe dele,
E por ora, me proíbo de isto aprender.

-roberta laíne.


Dói ver os outros te amando sabias?

-roberta laíne.

trigésima primeira carta para ele...



Preciso te falar uma coisa, mas não sei se deveria, é que... Sente-se e ouça por favor: passei eu o dia pensando em você. Isso, com ênfase nos dois pontos. Comecei pensando em como acordou, na realidade, pensei bem antes, e me desculpe o atrapalho na ordem dos fatos, você me conhece sou meio que assim, mas pensei em você bem antes de acordar, pensei em como dormiu. Pensei se comeu no decorrer do dia, se alguém te irritou no período da tarde, se sentiu mais frio que calor, ou o contrário. Pensei em saudade, pois pensava eu que depois de 5 meses sem te ter, jamais iria conseguir voltar a pensar em ti, mas na verdade, a verdade é que eu passei os 5 meses inteirinhos pensando. E escrevi, e reescrevi e já estou escrevendo de novo, e de tanto pensar pensei enfim: será que em algum momento você pensou em mim?
Tanto faz, pois de tanto pensar, pensei por mim e por ti...

-roberta laíne.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Então por que você não mora em meu quarto?
Eu sei que ele é meio apertado, meio bagunçado, meio pelo meio, mas é nele que espalho todas as suas poesias; confesso-te também que ele é meio frio nos dias de inverno, e muito sufocante nos dias de calor, mas na primavera, dele dá pra ver algumas flores, então por que você não mora em meu quarto? Olha, eu posso te emprestar minha cama, a gente pode fazer amor se assim você preferir, mas se estiveres nos dias de raiva não faremos nada, eu posso dormir no chão, e quando estiveres triste a gente pode comprar chocolate e bolachas, enchemos minha cama de restinhos de comida, e dormiremos a noite toda recobertos de formigas... e mesmo que eu tenha medo do escuro, se a claridade do meu abajur te incomodar eu posso desligá-lo... Então, por que você não mora em meu quarto?

-roberta laíne.


E enquanto o mundo corroía-se em hipocrisia, em meus braços, eu te olhava e via poesia...

-roberta laíne.


Confesso que, já até tentei disfarçar um pouco, na verdade já tentei disfarçar muito, mas sempre fora verdade quando diziam que eu era completamente apaixonada por você.

-roberta laíne.

domingo, 23 de setembro de 2012


(...) eu sou feliz, pois da janela de meu quarto dá pra olhar as estrelas...

-roberta laíne.


E se eu disser que estou pensando em você, você acredita?

-roberta laíne.


Uma vontade: sair correndo atrás de você e te pedir pra ficar comigo de uma vez por todas, assim como romeu e julieta...

-roberta laíne.

sábado, 22 de setembro de 2012

Em você

Será que é normal olhar os outros pensando em você? Beijar os outros pensando em você? Sentir os outros pensando em você? Rir dos outros pensando em você? Chorar nos outros pensando em você? Ouvir os outros pensando em você? Viver nos outros pensando em você?

-roberta laíne.


Mas meu amor, não se preocupe, eu não falho um dia sem pensar em você...

-roberta laíne.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

e

Acho que preciso te ver, e te abraçar, e te dizer, e sussurrar no teu ouvido, e te olhar, e ficar te olhando, e olhando, pausadamente olhando, e te abraçar de novo, e fazer tudo o que disse anteriormente, mas só que dessa vez com a ordem trocada, e te beijar, e te olhar e olhar e olhar de novo...

-roberta laíne.

É que ultimamente minha vida está parecendo um filme em outra língua, no qual a legenda está totalmente desconexa, e o pouco que eu consigo entender já não está mais sendo o suficiente.

-roberta laíne.

domingo, 16 de setembro de 2012

Let it be...



Entretanto, nem mesmo eu entendo-me, apenas me sinto um pássaro, um machucado pássaro que, mesmo com as feridas entreabertas resolveu levantar voo para qualquer lugar, let it be, um pássaro, vendo um indecifrável céu azul claro, preenchido de nuvens brancas em formato de sorvete, um pássaro com um canto em si bemol, em pranto doce como o das arpas, que ao mesmo tempo em que sorrir, melancolicamente chora...

-roberta laíne.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012



Ultimamente ando me sentindo tão segura, mais tão segura, que: se me pedissem pra pular de um prédio, e eu achasse que a altura fosse viável, eu pularia.

Ah, pularia!

-roberta laíne.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012



Quando você começar a embargar a voz,
suas mãos começarem a falar mais que a boca,
em seus olhos lágrimas agridoces,
no peito o coração desalinhar,
e se em tua mente vir algo com gosto de sorvete ou picolé de cereja,
acredite: deve ter algo muito bonito acontecendo em seu coração.

-roberta laíne.

sábado, 8 de setembro de 2012

Canta que ela vai voltar...



E a noite ficou mais escura que a própria escuridão,
Ninguém entendia o porquê que naquela noite a lua não dera as caras
Ninguém entendia por que o vento parara de assoprar,
Ouvia-se apenas o pranto,
Era poesia chorosa,
Pois naquela noite, naquela exata noite, ela não estava.

Canta,
Canta doce melodia,
Canta, canta para ela voltar..
Por que o que pertence ao amor, a dor não tira,
Então canta,

- roberta laíne.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Se eu te escrevesse todos os dias, você me daria um abraço? E ficaria mais tempo perto de mim?

-roberta laíne.

"São tempos difíceis para sonhadores..."



E lá vou eu e minhas frustradas tentativas de ainda querer te ter. Estou começando a concordar com o que muitos me dizem: "Pare de sonhar menina!". 
É, talvez realmente esteja na hora. 
O que ninguém sabe é o quão é difícil te esquecer, não adianta eu tentar explicar, mas é como se... é uma espécie de mim... é como se, se eu te esquecer, é como se eu estivesse esquecendo a mim própria. Te esquecer é como roubar a lua da noite, tipo qual a graça do café sem o leito? Ou do mar sem peixes, entende? Não, ninguém nunca entenderia...

Mas vou tentar me esquecer, quem sabe assim, eu te esqueça.

-roberta laíne.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Um toque de almas ...


Que o orvalho inunde a noite, e que a noite dure três invernos se em meu inconsciente você estiver, e que você, de uma vez por todas feche a porta de saída, pela qual adentrou no âmago de meu coração, pois o amor é exatamente assim, preciso, quando duas almas se encontram são fieis pro resto de suas vidas, e nem adianta cair na besteira de conectar-se a outra alma que disponível vaga, em vão, ela não conseguirá invadir teu âmago perfeitamente, apresentará vil falhas que para você soará como incorrigíveis, não se conectará como se conectam o outono e as flores que caem no chão, é como peixe fora d'água, é romeu traindo julieta, é noite sem luar e verão chuvoso. Cabe a nós aceitar o fato de que minha alma conectou-se a tua, assim como estrela cadente, que antes de fazermos o pedido perde-se na escuridão; nem o deserto, nem as estrelas e nem as nuvens comportam mais dúvidas, porque enquanto houver vida, minha alma sentirá a tua, e o restante? Bem, o restante já disseram-me uma vez, as estrelas, a gota de orvalho e o mar, o restante é rosa sem espinhos, é flor mucha que serve de lembrança, é vida morta, é pedaço de nada com adornos da escuridão..

Inefavelmente,

-r. 

terça-feira, 4 de setembro de 2012


Então talvez eu também possa conseguir não é mesmo? Assim como você conseguiu, amar e ser amado; proteger e ser protegido, chorar e suas lágrimas serem secadas, ou quem sabe talvez eu consiga alguém para ao menos oferecer-me um lenço, não vou exigir que sequem minhas lágrimas, eu consigo sozinha, quantas e quantas vezes por si só já não as sequei? Inúmeras! Como as de hoje ao ver um casal transitar por mim, ao observar ao meu redor e enxergar as pessoas com seus pares, algumas com as mãos entrelaçadas, outras estampando sorrisos e gargalhadas, outras distraídas ao celular dizendo: "Oi amor, como você está?" e até o passarinho que avistei céu tinha uma andorinha como par.
Tudo bem, vamos ter calma não é mesmo? Porque talvez eu consiga... assim como você conseguiu.

Com esperanças,

-roberta laíne.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Teu respirar..


Estranho, hoje senti uma vontade assustadora de te ligar, não sei muito bem o que eu iria te falar, possivelmente muitas coisas ou quem sabe nada, absolutamente nada. Eu só queria mesmo te ligar, sentir que do outro lado tu estavas, podia ser em silêncio, de qualquer forma, o importante era você estar, bailando meus ouvidos com o doce som da tua respiração, segundo por segundo, alegrando-me por saber que aquela respiração era a tua, e quero que saibas que: só o fato de tu estas vivo já me basta. Isto já diz tudo o que eu precisava saber, isto já diz metade de minha felicidade, isto já diz que independentemente de com quem e como, você está aqui, vivo. E isso? Isso já me deixa absurdamente conformada. Continue respirando que eu continuarei feliz por vivo você estar.

Com carinho,

-roberta laíne.

sábado, 1 de setembro de 2012


A questão é: superar ou te esperar? Estou confusa...

-roberta laíne.