quinta-feira, 21 de maio de 2015

Esse tempo fechado, esse céu nublado, meio cinza escuro, me faz lembrar meus 16 anos, me faz lembrar Paulo Coelho, e como era bom meus 16 anos e Paulo Coelho. Deu-me até vontade de acender uma vela e manter a luz apagada para ler... Ah! como era bom ler Onze minutos, Veronika decide morrer, Na margem do rio piedra eu sentei e chorei, como era bom saber que aquilo não era bom, e como era bom saber que minha figura se prostrava diante das virgens lívidas de Álvares de Azevedo - com um amor impossível só pra mim, todo meu e de mais nenhum tolo, como era bom! Que mocidade inocente, crédula em inacreditáveis, como foi bom traçar minhas mãos pelas páginas de um Aurélio surrado e procurar a palavra orgasmo, como é bom lembrar de minha sobrancelha levantada e meu cenho comprimido com ar de enigma e não completude do entendimento. Ora orgasmo num dicionário! Como pode isso? Como pode algumas palavras não caberem dentro de outras? Me fez lembrar Paulo coelho, me faz lembrar meus 16 anos, me faz lembrar a inocência do que era bom e passado...

- roberta laíne.

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