sexta-feira, 14 de junho de 2013

Shine...



Imersa em um desejo mais escuro que a própria noite, bailávamos em busca de tudo e ao mesmo tempo de nada, pois estávamos ali, e isto, apenas isto já nos bastava, conosco sempre fora assim. Longe das luzes da cidade, procurei não levar em consideração o capitalismo que se tornara o dia dos apaixonados, pois se pudesse compraria uma estrela para ela, como não pude, lentamente aproximei-a do desconhecido, e, na escuridão da noite beijei-a como ninguém... Éramos apenas nós, uma casa de barro ao longe, emitindo, através de uma luz, um forte amarelo - e uma linda e desconhecida árvore que com o brilho da noite fúnebre ficava... Face a face, depois do beijo que lhe dei, suavemente proferi: "Não pense em nada, apenas olhe para cima".
Calada, olhamos, e ali, exatamente ali, estava a fúnebre e desconhecida árvore e uma chuva de estrelas que, pareciam brilhar mais ainda quando prontificadas nos viram a olhá-las...

Bestificada, sorri.

Diretamente do asteroide B612/ em 12-06-2013,

Shine.

- roberta laíne.

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