terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Oi, boa noite, você está aí? Então, eu só queria conversar com alguém, sabe. É a minha cabeça. São os meus pensamentos. Eles estão me perturbando novamente. Eu estou chorando porque eles estão dizendo coisas horríveis ao meu respeito. Eles dizem que eu só magoo e decepciono as pessoas e, que, por isso, eu deveria morrer. Pois sou ruim, muito ruim, desse modo, preciso morrer, para não magoar mais ninguém, nenhuma pessoa ao meu redor. Sabe, eu estou sentindo vontade de cometer suicídio, porque eu sinto que mereço morrer. E eu queria me desculpar pela minha existência no mundo e por mais uma porção de coisas, mas minhas lágrimas estão deixando a minha visão turva, impedindo-me de continuar a escrever. Então fica bem, dorme bem.

Com carinho, 

- Roberta Laíne.

2 comentários:

  1. Oi. Talvez não seja eu. Talvez seja outra pessoa que você queria que viesse aqui e dissesse o que direi. Ou, quem sabe você não queira ler nada nem ser acalentada. Eu sempre venho aqui. Eu sempre me importo com você, por mais que a nossa proximidade tenha sido breve e que tenha terminado de uma forma nada interessante. De verdade, acho que te magoei muito. Não acredito que você seja a vilã da sua própria história. Acredito que a vida nos prega peças o suficiente para acabarmos cansados. Cansados de tudo. Não te entendo completamente. Isso é um fato. Mas, te respeito tanto. O suficiente para entender isto. Para encurtar esse comentário, eu só queria ter a habilidade que esse poema tem de me deixar melhor para que pudesse deixá-la também:

    "Carlos, sossegue, o amor
    é isso que você está vendo:
    hoje beija, amanhã não beija,
    depois de amanhã é domingo
    e segunda-feira ninguém sabe
    o que será.

    Inútil você resistir
    ou mesmo suicidar-se.
    Não se mate, oh não se mate,
    Reserve-se todo para
    as bodas que ninguém sabe
    quando virão,
    se é que virão.

    O amor, Carlos, você telúrico,
    a noite passou em você,
    e os recalques se sublimando,
    lá dentro um barulho inefável,
    rezas,
    vitrolas,
    santos que se persignam,
    anúncios do melhor sabão,
    barulho que ninguém sabe
    de quê, praquê.

    Entretanto você caminha
    melancólico e vertical.
    Você é a palmeira, você é o grito
    que ninguém ouviu no teatro
    e as luzes todas se apagam.
    O amor no escuro, não, no claro,
    é sempre triste, meu filho, Carlos,
    mas não diga nada a ninguém,
    ninguém sabe nem saberá.
    Não se mate".

    - Carlos Drummond de Andrade

    Talvez não fosse o que queria dizer. Mas, sabe, te mando um abraço apertado. Torço muito por você. Você é o brilho da última estrela no universo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, boa noite! Mesmo não sabendo de quem se trata, eu agradeço pela vibração de suas palavras, fico feliz em saber que há, neste vasto mundo, quem se preocupe conosco e se revele nos momentos de escuridão. Espero, do fundo do coração, que sua bondade em estender um poema, um abraço e algumas palavras, sejam devolvidas a ti no momento em que também precisares, e sei que o universo se encarregará disso. Abraço e fique bem ❤️

      Excluir