segunda-feira, 14 de março de 2011

Solidão que me completa



Sinto-me só, admito, mas foi uma escolha minha, porém não sinto um vazio, acredite, preenchi-me. Do que me adianta está circundada de pessoas as quais nenhuma me é interessante? Não interessante o bastante para está perto ao menos 5 minutos, quanto mais 24 horas? Circulada de pessoas que proferem as novidades do mundo, de que me adianta falar das novidades do mundo se as novidades são do mundo e não minhas?
Aprendi que minha solidão é plural, pois junto-me comigo mesma, suplemento-me de meus livros e versos para ninguém ou para mim, da sinfonia e acordes que compunham o som de meu violão e da penumbra que por ora encontro-me... 
Escutando o barulho ensurdecedor do silêncio, sinto-me só, mas sinto-me preenchida, sem espaço para mais ninguém a não ser para mim mesma, vaziamente completo-me.

Roberta Laíne.

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