terça-feira, 15 de março de 2011

Tristes Omissões de um Amor Utópico



Tudo começa com simples palavras, qual seu nome? Que dia fazes aniversário? Quantos anos você tem?  Para impressionar você mostra todas suas aptidões e habilidades, faz o uso das melhores palavras e começa a construí-las, preocupando-se em pôr primeiro o pronome logo após o verbo e no restante os predicados, tudo complicado, mas para você é perfeito, pois não apresenta defeitos. Depois prossegue para o segundo estágio, que é a amizade, é nele que você ganha a confiança, escutam-se as primeiras lindas palavras que por ora você as transforma em mera e gigantesca ilusão e é a partir dessa ilusão que nasce dentro de seu coração as primeiras marcas da paixão, avassaladora por sinal, onde das 24 horas que um dia te disponibiliza, 23 você utiliza para pensar nesse alguém, os 60 minutos que restam para completar às 24 horas é destinado para ora rápidas ora longas distrações, o que fica assustador e visível para quem ama e quase imperceptível para quem é amado. Você percebe então que é amor e aí entra a dor de nada poder falar, pois ao perceber que o amor se fez percebeu que do outro lado permanece ao segundo estágio (amizade).
                O que fazer enfim? Se você dorme e nos seus sonhos imagina tocando a pessoa, mãos leves, e voz falha, dedos frios e suados, coração acelerado e emitindo um som maior que o das coisas ao seu redor; se disser que é amor vai receber só a dor, pois seu amor não será correspondido, ou podes perder a amizade, então só resta o terceiro e último estágio, as omissões, frias e translúcidas, amargas e duras, que te fazem inibir e esconder, é confusão, não saber o que fazer, pois toda ação requer uma reação e não sabe você qual será a reação, que cá ente nós está mais para um não. Amarga ou injusta as omissões te surgem como a melhor da pior saída, mantenha-se calado na penumbra de um simplório quarto decorado de omissões e amores idealizados.



Roberta Laíne.

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