quinta-feira, 17 de março de 2011

E me bate à vontade de compor, mas o que seria compor então?




Compor é desencadear o que o que em si estava preso, é prender-se ao sentimentalismo e desprender-se do mundo inteiro.

Compor é a hemorragia de palavras, é o câncer que se alastra em meu ser, compor é a falta de ar, compor é viver.

Compor é calmaria, também agitação, é desinibir a pele ferida, é sentir a vida com mais emoção.

Compor não é dia, muito menos noite, compor está paralelo ao tempo, compor é jorrar amores.

Compor é lembrar, mas também esquecer, compor é doar, compor é doer.

Compor pode brotar das agitadas águas de um oceano ou da pacacidade das estrelas, pode ser sol, lua, chuva, pode ser areia.

Compor é simploriedade contida no coração, é delicadeza e sutilidade, é abrir mão do medo e seguir a emoção.

Compor é amor, mas também por ser ódio, compor pode ser Deus, mas também demônios ferozes.

Compor é enigma, é o efêmero unido com o não descobrir, compor pode ser chorar, ao mesmo tempo em que se sorrir.

Compor é desespero, mas também esperança, compor é vida, mas também morrer na ingenuidade de uma criança.

Compor.

Roberta Laíne , !

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