domingo, 27 de março de 2011

Chico, o patinho que queria voar.




                Eis uma longa historia de um patinho, especificamente chamado de Chico, que almejava voar. Chico foi um dos cinco ovinhos que sua mãe botou, ao nascer ao lado de seus irmãozinhos, Chico parecia fraquinho, mal dava de sua respiração notar. Chico e seus irmãozinhos foram crescendo e com o passar do tempo começaram a bater as primeiras asinhas a voar, menos Chico, que do chão não passava. Chico ficou intrigado e fora perguntar para sua mãe por que não voava e sua mãe já sabia que tivera problema na gestação e o ovinho afetado fora o do pobre Chico. E agora, como ela falaria ou expressaria da maneira mais eufêmica que Chico do chão nunca passará? Ela fora se pronunciar e disse tristemente,
- Chico meu filho tenho algo a lhe contar..., houve uma pausa abrupta,
- diga mamãe o que houve? Por que está corada e com semblante de preocupada?
- bem Chico, quando mamãe foi lhe ter ocorreu uma pequena falha, essa falha lhe...
- lhe o que mamãe? Diga-me
- essa falha lhe impedirá de voar Chico.
                Chico apenas abaixou a cabecinha, mas nada pronunciou e foi ao bosque caminhar, cabisbaixo, sentou-se na raiz de uma árvore e começou a olhar o céu, almejou aquele céu como um leão deseja à presa, queria a todo o custo chegar mais próximo daquela vasta imensidão, mas nada podia, e para piorar, Chico viu ao longe seus irmãos voando, rindo e divertindo-se, fazendo manobras e pairando sobre o ar. Era um lindo dia, com nuvens de um alvo algodão, circuladas de um céu azul piscina, límpido como as águas da lagoa que separa Chico do lado de lá.
Após algum tempo...
Seus irmãos pousaram e vieram convidar Chico que entristecido disse que não podia voar, seus irmãos ficaram assustados e indagaram como Chico não podia voar? Se toda criança tem o direito de livre brincar, por que Chico não podia? Voar era a alegria...
Chico explicou a seus irmãos o que sua mãe havia dito, explicou com as mesmas palavras, pois nele ficaram gravadas e seus irmãos deram forças a Chico e logo após se retiraram.
Após uma semana...
Chico começou a emagrecer e ficar franzino, não parecia mais Chico, começou a se desfigurar, era difícil para ele conjugar o verbo voar. Não saia mais e não brincava, sua mãe e seus irmãos começaram a se desesperar, Chico parecia apenas querer morrer já que sua asa nunca voara.
 Um encontro...
No dia seguinte a pedido de sua mãe Chico foi caminhar um pouco. Triste e abatido, Chico sentou-se na raiz da mesma árvore que antes sentara para vislumbrar o céu, foi lá que encontrou uma borboleta que caminhava sem parar, Chico vendo-a perguntou
- ó borboletinha porque não voas ao invés de apenas caminhar?
E a borboleta respondeu,
- ah meu caro, há muito já voei, lá em cima só tem céu e nuvens aqui em baixo é mais divertido! Tem o desconhecido!
Chico intrigado pergunta novamente...
- como mais divertido? Se meus irmãos voam e voam sem parar, dizem que lá é lindo, é divertido, pudera eu ter asa para voar.
- pois eu não acho tanto assim, e olhe meu querido, muito já vivi. Agora me vou indo, tenho muito a descobrir nesse chão desconhecido, até mais.
                E após acenar para borboleta, Chico começou a se perguntar, será que essa borboleta tem razão, meu Deus será que perdi tanto tempo, porque não ser feliz aqui no chão? Se me deres asas que não são para voar, mas me deres patas as quais posso usá-las para infinitamente andar. E Chico saiu correndo e dizendo...
- mamãe, mamãe, veja não estou mais triste, descobri que posso voar com minhas patinhas, voar andando, aqui mesmo pelo chão, olhe mamãe...
                E Chico começou a correr, entrou no bosque, andou pelas pequenas montanhas, chegando mais perto do céu, depois desceu e foi ao lago, pisou na água, pisou na lama, andou entre arvoredos, brincou com os esquilos, sorriu para as andorinhas, topou em um lagarto e correu, correu até cair cansado e risonho, e caído ao chão do bosque Chico banhou-se em pensamentos.
E nos pensamentos de Chico ao chão do bosque...
Veja só meu Deus, como fui egoísta fazendo mamãe e meus irmãos sofrer, como fui incompreensivo deixando-me abater por não voar, sei que foi difícil no começo, mas me deixei muito levar, nem queria mais viver, não almejava mais sonhar, e uma simples borboletas enviastes para destapar minha cegueira, agora sei que realmente não possuo asas para voar, mas possuo patas para caminhar, para descobrir, para brincar e sabe mais? Até mesmo para voar, farei de minhas patinhas as asinhas que tanto sonhei, voarei com ela para onde quiser, pois descobri que não é só com asas que se chega onde se quer.
Chico


Roberta Laíne.

6 comentários:

  1. hahahahaha Surpreendente, lindo, lindo!
    Meus parabéns, é muito lindo ser artista mesmo. Me orgulho de você.

    bjs,
    att: G. S. M S/E

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  2. oooooooooooown *---------*
    eu que me orgulho de você Geo '-'

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  3. aaaaaih que lindoo,minha thuthuquinha vai amar.muito obrigadaaa.
    S2

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  4. Ahhh nem precisa agradecer hein Kaah '-'
    espero que Maria gostee *-*

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  5. Nhoin é uma honra tê-la lendo meus textos, muito obrigada '-'

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