quinta-feira, 18 de junho de 2015

Nem rosas nem margaridas
Estou aqui sentada em meu quarto, embargada com esse muito de mim que sempre carrego, não sei para onde vou, não tenho para onde ir, mas já tive. Já tive lares, peitos, ombros, lençóis que me cobriam, hoje não tenho nem rosas nem margaridas. Meu jardim murchou, o que plantei quase brotou, mas logo viera a praga e o partiu em pedaços, o quadro que agora vejo tem uma pintura de uma época longe de mim, tão longe de mim que o vejo embaçado. Acho que vou ficar eternamente sentada nessa cadeira esperando a estrada, mas eu também não sei qual estrada, também não sei dizer se vou a pé ou de carona, a única coisa que tenho certeza é que antes de ir tenho que trocar a água das orquídeas, pois agora nem rosas nem margaridas.

- roberta laíne.

2 comentários:

  1. Muito "vocÊ" ...
    Me identifiquei tbm. Ameeeeeei'

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  2. Rs *-*
    Bem que você tinha me avisado que vez ou outra vinha por aqui *-*
    Obrigada pela visitinha, a porta está sempre aberta, bem como a poesia!

    sz'

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