domingo, 15 de março de 2020

Todas as noites, antes de dormir, eu leio de três a cinco poemas de Bukowski. Há noites, porém, que estou muito cansada e leio somente um. As noites mais frias são aquelas que estou extremamente cansada e só abraço o livro e durmo, com vontade de ter lido um ao menos. Já estou acostumada com ele, com a maneira que ele fala, que ele usa e aloca as palavras, não quero que chegue ao fim de modo breve. Acho que Bukowski é realmente aquele tipo de homem canalha que a gente se apaixona perdidamente, e luta para esquecer. E acho que não vou esquecer Bukowski, ele veio em um momento do qual eu estava frágil e insegura, e assumo toda a culpa de ter dado abertura para ele se aproveitar de mim, pois eu queria, eu queria que fosse um imbecil, um escroto, um asno, mas que falasse a verdade, totalmente a verdade, por mais que doesse,  eu queria que fosse Bukowski.

- Roberta Laíne.

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