Gosto de guardar carinhos, tu sabes que de abraço em abraço a gente vai virando casa, ninho, vezes até passarinho.
Gosto de abraçar bem forte o lençol e lembrar sorrindo, deixando a claridade me chover de luz.
Gosto de olhar para as nuvens e pensar em tudo o que eu ainda não pensei; penso, repenso, sorrio apagando o pensamento, aí volto a pensar novamente, me achando um Pierrot em excesso.
Gosto de olhar para a lua e imaginar que São Jorge realmente está acenando para mim, com sua espada, sorrindo e dizendo: Avante, pequena poeta!
Gosto de pensar que Dom Quixote está lá com ele, todo errante, mas todo cheio de coragem...
Coragem, gosto de coragem, gosto de imaginar que eu a tenho...
Gosto de exclamar em pensamento: ah! O que não me falta é coragem!
E se acaso perguntarem quem sou, obviamente diria, sou duas palavras: poesia-nada.
- Roberta Laíne.
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