domingo, 8 de julho de 2018

Esse vento fugidio que arejou a minha alma.
Essa visão turva e desfocada que lacrimejou o teu rosto.
Eu não tenho nada, e, nada, é um estado eterno de tudo.
Eu não tenho medo do final, e, sim, do início.
Eu tenho medo de começos...

Eu sinto muito,
Eu sinto muito por ti,
Eu sinto muito por mim,
Eu sinto muito por todos,
Eu sinto.

Peço-te que me perdoe por admirar mais a poesia do que a ti,
Peço-te que todas as vezes que caminhares na praia, admira os pássaros, as folhas, e a quebra d'água feito agonia.
Peço-te que olhes para o horizonte e cite alguma frase de Nietzsche, mas não se esqueça que, somente Deus, a fé, e o amor é que complementam-o.

Não se esqueça de abrir bem os olhos para a imensidão do céu.
Permita-te alçar voo, pois tu voas passarinho, e eu do chão nunca saí.
Não encolhe o peito por medo da tempestade, deixa teus ouvidos decifrar o que dizem os trovões.
Não deixa o desespero se emancipar, você sabe cantar, então canta, canta alto, canta como se o medo fosse apenas um detalhe vil.

E não se esqueça, de primavera em primavera o outono sempre aparece...

- Roberta Laíne.

Nenhum comentário:

Postar um comentário