segunda-feira, 25 de junho de 2012

Por que?

Perdida entre papéis e poesias lembrei-me de você, lembrei-me que estava chateada contigo porque até meus rascunhos sobre ti são lindos, pois falam sobre ti; comecei então a amassar todos os meus papéis que tinham teu confuso cheiro, mas que só eu, e minha destreza em tuas minúcias, conseguia perfeitamente decifrar, olhei então para cima, em busca de me distrair de você, o céu estava azul cor de oceano e as nuvens sempre pálidas e lívidas, mas lá vinha você de novo, agora em formato de tartaruga na nuvem que se fazia...
Por que? Por que? Por que? Sempre você, nas cores mornas que banham ao meu redor, no vento que me remetia teu cheiro, e agora lá vem elas, minhas lágrimas querendo descer, mas não! Suplico monologamente não! Por hoje eu não as queria, que procurassem outros olhos para rolar, mas os meus por hoje não! Então relutei para que elas voltassem; Chega! Chega de tanta fraqueza, só por hoje quero resistir a minha dose de você...
Por que? Por que? Por que? Será então que esse sempre será nosso dilema? Sou tão fiel a ti que dedico-te todos os embaralhados minutos que comportam minhas 24 e arrastadas horas, todas com você...          
Por que ? Por que? Por que?
Ladra!
Não contente em roubar meu sono, agora levou o meu coração por inteiro. Devolva-me! Eu te suplico, devolva o que a mim pertence! Fiques com tua boemia, pois em prantos de saudades encerro esse bilhete lembrando-te que, desde que te conheci, sou mais tua, mais tua do que minha.
Por que?

-roberta laíne.

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