sábado, 10 de julho de 2021

Nunca imaginei que seria tão difícil esquecer a Geovana. Beijamo-nos apenas uma vez, mas, em mim, há uma marca incógnita de sua existência. E eu sinceramente não sei o que faço com esse sentimento incômodo, com essa sensação inquietante de que tudo ainda não acabou, não é esse o fim da narrativa. Mas não existe outra maneira de terminá-la, não há final feliz para mim, e eu não espero nada de diferente, pois não há como esperar algo de diferente se tudo o que eu faço é igual. Só me resta ficar aqui escrevendo, até Geovana ir embora de vez dos meus pensamentos, dissolvendo-se como algodão doce, dissipando-se pelo céu, até que eu não consiga mais vê-la, como no dia em que deixei o balão de gás hélio da Maria soltar-se e ir embora, perdendo-o de vista, e balançando a cabeça dizendo: já era...

- Roberta Laíne.

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