quarta-feira, 16 de abril de 2025

Querido leitor, eu amo o barulho de cachorro latindo ao longe. E, por favor, não ria. Sei que isso é absurdamente específico e esquisito, mas eu amo. E, no final das contas, acho que são essas coisas que fazem de nós únicos e encantadores (e bizarros, talvez). E como a maioria das nossas estranhices, não sei muito bem de onde isso surgiu e muito menos o momento exato em que começou. Porém, tenho uma boa referência cinematográfica, o documentário "Retratos Fantasmas", do Kleber Mendonça Filho, por meio do qual conheci o registrado latido de Nico, o cachorro do vizinho. Certa vez, Kleber começou a escutar o latido de Nico, que já havia falecido, e ficou sem entender o porquê de estar escutando-o novamente. A resposta é simples, naquela noite, o seu filme "O som ao redor" estava passando na Globo, e foi de lá que veio o som dos latidos do cachorro, agora eternizado em mais uma de suas obras. Sinceramente, eu acho que você deveria assistir aos filmes de Kleber Mendonça Filho, tanto pela sensibilidade do diretor quanto pelo Nico, o cachorro do vizinho. Enfim, não sei muito bem qual mensagem esse texto quer transmitir, talvez não seja nada muito importante, coisas como os latidos de um cachorro ou quem sabe algo mais elaborado, como a persistência da memória.

Com carinho,

Roberta Laíne.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025



Querido leitor(a), sigo surpresa com estes números e grata pela visita ♥️

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Querido diário, há alguns dias o meu blog tem sinalizado um pico de visualizações, o que é algo bem incomum. E, sim, questiono-me quem seja. Quando vejo os números, ponho-me a pensar: Será apenas alguém curioso? Será uma pessoa verdadeiramente preocupada comigo?. De qualquer forma, fico feliz com a “presença”. Fique à vontade. Espero que a poesia te abrace ternamente, e que meus versos lhes sirvam de consolo e carinho. 

Com amor,

- Roberta Laíne. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025


Capanema, em 09 de fevereiro de 2025

Querida Roberta, é um dia de cada vez e não dois! Não se avexe! Estamos enviando daqui toda a proteção que você necessita. Sua melhor amiga ficou encarregada de cuidar de você como um todo: sua alimentação, os chás, os conselhos, as risadas e lições. Ouça com bastante atenção tudo o que ela fala, pois ela é um espírito evoluído e carrega dentro de si grande sabedoria. Ajude-a com suas dores, ela também precisa de carinho e cuidado. Continue a rezar os seus terços com a sua tia e mãe, eles estão salvando a sua vida. Medite. Encare os seus medos. Ouça boas músicas. Pratique exercício. Perdoe o seu pai e ame. Você é feita de amor, muito amor, então não deve haver lugar em seu peito para solidão e desespero. O que está acontecendo em seu estômago é para testarmos a sua fé! Você está bem! Mas precisa aumentar a sua fé. É a mesma mensagem que deixamos na carta anterior e não se preocupe, você ainda vai voltar a beber Coca-Cola.

Com carinho,

O outro lado.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Capanema, em 04 de fevereiro de 2025

Querida Roberta, você ficará bem! Porém, é necessário que haja mais fé de sua parte. Você precisa acreditar que merece ser feliz, porque você merece. Ninguém veio ao mundo somente para sofrer, estamos aqui com a missão de sermos felizes, mas isso não nos isenta dos obstáculos da vida, pois esses são de suma importância para a o nosso crescimento físico, mental, cognitivo e espiritual. Quem sofre, tende a alargar o coração e ao invés de viver uma vida amarga, deve deixar a vida mais doce. Seus medos e traumas devem ser convertidos em coragem, força e perseverança. Veja o quanto você já lutou. Veja até onde você já chegou e continua uma pessoa doce, que não deseja o mal de ninguém. Você precisa acessar a cura dos seus traumas e medos e ela não está nos medicamentos e sim dentro de você. Nos terços que você reza, nas risadas que você dá e, até mesmo, em suas lágrimas. Quando estamos bem, não deixamos de passar por noites escuras, a diferença é que passamos a carregar a luz dentro de nós. Os mentores e guias espirituais não querem o seu mal, muito pelo contrário, eles querem te auxiliar a percorrer o caminho mais florido da vida. Busque incutir na memória as coisas boas que  você já viveu, elas sim valem a pena de serem lembradas.

Fique bem e lute.

Com carinho,

O outro lado.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Talvez, tudo tenha que dar errado para dar certo. 

Querido diário, se me pedissem para descrever como é uma crise de ansiedade, eu diria que é tipo quando alguém está tocando bateria, só que muito mal, alto e descompassado. Não é um som, é um barulho. Um barulho alto. Muito, muito alto. A ansiedade é uma descanção.

Com carinho,

- Roberta Laíne. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Querido diário, há tantas coisas acontecendo na minha vida, que eu não sei nem por onde começar. Mas vamos lá: voltei a ter crises. E, dessa vez, elas estão absurdamente fortes, como nunca estiveram, e isso tem me assustado bastante. O medo de enlouquecer ou surtar e ter que ir amarrada para uma clínica psiquiátrica tem me rondado. Penso na minha família, e no quão seria muito doloroso a eles me verem nesta situação. E o pior é que essas crises estão começando a tomar conta de todo o meu dia, ficando mais severas no final da tarde. Minha família já não sabe mais o que fazer e eu muito menos. No sábado, fui a um terreiro de umbanda, sendo recebida pela mãe Maria que, certa vez, há muitos anos atrás, havia me recebido. Em sua casa, ao me tocar, ela reagiu tristemente, indagando-me com tom de piedade: “meu Deus, minha filha, por que tanta tristeza? Por que tanto sofrimento?”. Eu olhei para ela e fiz com as mãos um gesto que demonstrava um “também não sei” e depois baixei a cabeça. Após dar outra volta por mim, ela se assustou, ficando gelada, pois havia sentido um espírito frio que me acompanhava, de um amor que já morreu… Sem rodeios, disse a ela que era a Cássia, e fiquei um pouco mais triste. Parecia que toda a tristeza do mundo estava dentro de mim, e eu a carregava sozinha nas minhas costas. Bem, na sequência, dona Maria deixou claro que sou médium (e das fortes) e que demorei muito tempo para procurá-los. Deixou claro também que a minha mediunidade é somente para coisas boas, curas e o bem. Ela disse que o meu coração era muito bonito e bondoso e só via coisas boas saindo dele. Que eu era meiga e doce. Fiquei feliz ao ouvir isso, pois lembrei de papai, do meu doce papai, e, nesse momento, um pouco de toda a tristeza do mundo saiu das minhas costas. 
Queria que tudo o que estou narrando tivesse acontecido de modo sereno, como parece, mas não foi bem assim, tudo aconteceu enquanto meu corpo se tremia de medo, meu coração estava disparado e minhas mãos estavam geladas. Acho que é o medo do novo/desconhecido para mim, ligado ao fato de eu ter sido criada dentro da igreja católica e sempre ouvir coisas ruins sobre religiões de matriz africana. Porém, eu não tenho absolutamente nenhum tipo de preconceito. Acredito que bem e mal se faz dentro de qualquer religião e fora delas. Mas também sei que preciso enfrentar os meus medos. Não há mais nada que a ciência possa fazer por mim, estou tomando vários medicamentos, fazendo terapia e etc. No final das contas eu sei que o meu problema é espiritual e que preciso enfrentar tudo isso com muita garra e força. Todavia, questiono-me se tenho toda essa garra e força, questiono-me que tipo de pessoa sou. Todos os dias tenho lutado contra seres invisíveis, contra a minha própria mente, contra eu mesma, com as ferramentas que tenho por perto: um terço, muito medo, e minha família. Espero que eu vença, porque eu sei, mais do que ninguém, o quanto mereço ser feliz. Eu mereço muito. É ardente e violento o quão mereço ser feliz.

Com carinho,

- Roberta Laíne. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Querido diário, eu não venci a depressão. Eu venço, todos os dias.

Com carinho,

Roberta Laíne.