Capanema, em 30 de junho de 2025.
Querido leitor, trago novas péssimas notícias: o meu irmão está afundado em dívidas, e os valores são muito altos. Essa situação, como boa parte dos nossos problemas, não surgiu da noite para o dia, ela já vinha se arrastando há algum tempo, mas somente no mês passado veio à toda para toda família. E, agora, descobrimos que o problema possui uma dimensão muito maior do que a que imaginávamos. Meu irmão deve para agiotas, muitos agiotas e também para vários cartões, vários mesmo. No início da semana, ele veio ter comigo e me contou tudo. A priori eu fiquei anestesiada, como quando tomamos um susto, a diferença é que até hoje estou assustada, sem entender como isso chegou na proporção em que hoje se encontra. Toda a nossa família foi afetada e estamos bem desolados. Agora, estamos pensando em soluções rápidas para poder ajudá-lo, uma vez que tudo corre juros e nada espera. E, sim, eu tenho muito medo de que algo de ruim possa acontecer com o meu irmão, que alguém faça mal a ele ou que ele próprio possa vir a fazer. Foi horrível lidar com toda esta situação, principalmente ter que contar para o meu pai biológico e vê-lo tão vulnerável, nervoso e desorientado. Às vezes, minha cabeça dá um milhão de voltas e não chega a lugar algum, sinto-me impotente diante da situação. Eu sinto muita pena da minha mãe biológica, muita mesmo, pois ela não merece estar passando por tudo isso, vivendo sob o medo, a dor e o desespero. Contudo, acredito que tudo isto está acontecendo por um motivo que foge a nossa compreensão humana. Hoje, vejo a dor como uma professora incrível, que nos ensina como viver melhor. E é verdade, meu querido leitor, quanto maior a dor, maior o aprendizado.
Com carinho,
Roberta Laíne.
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