Nos olhamos por um breve eterno segundo, você sorriu para mim e, naquele momento, mesmo nos escombros, eu sabia que havia luz. Ali havia luz.
Nos beijamos lentamente e tudo lá fora perdeu o sentido, éramos apenas eu e você, e todas as galáxias e dimensões. A maneira como tu pusestes as mãos em meu peito, enquanto eu repousava as minhas em tua cintura, a gente se aquecia, em uma coreografia perfeita... Como que eu sabia a velocidade do teu beijo? Como que eu sabia o lampejo da tua alma? Como? Como que eu sabia?
Minhas mãos deslizaram da tua cintura até o fechiclé da tua calça, de lá deslizaram ao infinito. Era doce, era doce como nos movimentávamos até as estrelas. Meu corpo entendia perfeitamente o teu, dançamos com passos perfeitamente encaixados como num balé clássico. Tu gemeu, e nos meus ouvidos recebi uma poesia. Ah! Tu gemeu de novo, e começamos a nos perder no infinito, porque enquanto dançávamos no universo, tu gozava em meus dedos, em meu peito, em minha alma, em poesia.
- Roberta Laíne.
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