terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Eu sinto meu corpo desmoronar, como quando alguém fala alguma coisa muito ofensiva a nós e não contemos as lágrimas. Eu sinto que estou perdida no meu próprio universo particular, no qual não existe absolutamente nada nem ninguém, apenas eu. Eu sinto que perdi a capacidade de sentir, não sinto pouco, não sinto muito, apenas não sinto nada. E, talvez isso seja a depressão falando essas coisas. De qualquer maneira, ela ou não, isso tudo é o que há de mais genuíno em mim. E o mais intrigante, sem dúvida, é essa minha capacidade de nem me matar por completo, nem viver plenamente. Eu estou exatamente entremeios, e esse equilíbrio, por mais paradoxal que seja, não representa o equilíbrio de absolutamente nada. Eu não sou segura, eu não estou segura, não há segurança alguma quando o assunto sou eu.

Com carinho,

- Roberta Laíne.

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