terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Depois que eu escrevi, meu coração começou a bater mais devagar, livre... eu estava livre dos demônios que me amedrontavam. Escrever para mim sempre foi um ato de liberdade, mesmo que eu sempre tenha parado para me perguntar se liberdade existe de fato. De qualquer forma, ou por qualquer motivo, eu sentia a palavra vibrar em mim, conseguia sentir todas as letras, o L, o I, o B, o E... liberdade, eu estava livre daquilo que fazia meu corpo agonizar, se retorcer e rolar de um lado para o outro na cama, eu estava livre, pois escrever para mim sempre foi um ato de alívio, de candura, é como acordar depois de uma profunda e tranquila noite de sono, abrir as janelas e deixar os raios do sol incidir sobre sua pele, atravessando o coração e tocando a alma. Escrever para mim é atravessar o coração e tocar a alma, tênue e silenciosamente, como o raio de sol. E depois sentir-se milagrosamente livre, porque escrever foi a única maneira que encontrei de sobre(viver).

- Roberta Laíne.

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