domingo, 9 de setembro de 2018

Por que eu defendo tanto o movimento LGBT? Simplesmente porque são pessoas, acima de qualquer coisa são pessoas, e mais especificamente são pessoas boas, que não carregam ou destilam discursos de ódio, segregação ou de exclusão social. Muito pelo contrário, são pessoas boas que morrem, e morrem em excesso, morrem em exagero, simplesmente por não se vestirem como o padrão social impôs. Simplesmente por não pensarem, ou agirem como o padrão dita - no manual de instruções que recebemos ao nascermos - sobre "viver em sociedade".
A que ponto chegamos? Matamos a bondade por conta de uma roupa, um acessório, uma matéria, um padrão que, sabe-se lá quem escolheu como adequado. Matamos pessoas boas só por que elas não se comportam como a normatividade manda. 
Será que não se comportar "como o padrão dita" faz dessas pessoas ruins? NÃO! Isso não desvia em nada o caráter de um indivíduo, uma roupa, a orientação sexual, não desviam em nada um semelhante de dotar-se de bondade, honestidade e amor... SEMELHANTE! Aprendam a interpretar, a ler,  aprendam a língua, a linguística, até a gramática, são semelhantes e não iguais.
Matamos por ódio, burrice, ignorância e egoísmo nú e cru. Matamos por não sabermos ler, não sabermos interpretar, não sabermos sentir, e desconhecemos do nosso dicionário palavras importantíssimas como empatia. A cada dia que passa, estamos desaprendendo a ler, estamos retornando à idade da pedra, estamos regredindo com tanta força que, a cada 3 dias um travesti é morto no Brasil. 
Por fim, sem sabermos ler, sem sabermos nos comunicar, sem usar a língua, voltamos a ser predadores, voltamos a ter sede de vingança, sede de poder, sede de liderança, estamos desaprendendo a ler apenas para duas finalidades: matar e morrer.

Roberta Laíne.

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