domingo, 26 de março de 2017

Minha família diz que meu nome não era pra ser Roberta, mas, sim, Das dores. Bem, acho que posso ser Roberta e sentir todas as dores do mundo em mim. Não ia gostar de ser Das dores, mas aceito ser Roberta das Dores e todas suas sentenças. Acho que se eu não sentisse todas as dores que sinto eu não seria Roberta, muito menos Das Dores. Penso que todas dores do mundo possam se aquecer em mim, possam se acoplar aqui, no meu corpo, entranhar na minha pele, virar foto de minha retina. Não penso em Dores como algo áspero e negativo, quando penso em dor penso naquele momento que o atleta com a cintura e mãos para cima corta a fita, sorri de dor de cansaço e dor de alegria. Penso em dor como algo contente, não como a dor que chora, deixa a cabeça pra baixo, ou as pernas fracas. Penso na dor como algo que precisa existir, precisa se chocar contra nossos corpos, precisa entrar em contato conosco, para que, ao término, saibamos o que é sentir...

roberta laíne.

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