terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Sombras me perseguem, vejo seus manequins nas paredes do meu quarto, vejo sua confusão na roupa que visto, no embargo do passado... Sombras, sombras, sombras! Diante ao sol me purifico, perto da lua me esvaio, a cidade é um delírio, uma maneira suicida de contemplar a solidão. Eu não entendo por que não entendo as pessoas, não entendo por que estremeço na multidão. Sombras? Será que são sombras? Carlos... Esse nome não me sai da cabeça, mas não conheço nenhum Carlos... Deva haver algum Carlos no meio dessas sombras? É isso! Há um Carlos! Mas por que Carlos? Quem é Carlos? Quanta insanidade... Se não a exponho ela me engole, se a cuspo a sociedade me devora, me come, me estraçalha. Sombra? Ou Carlos? Eu não sei de mais nada...

- Roberta Laíne.

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