sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025



Querido leitor(a), sigo surpresa com estes números e grata pela visita ♥️

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Querido diário, há alguns dias o meu blog tem sinalizado um pico de visualizações, o que é algo bem incomum. E, sim, questiono-me quem seja. Quando vejo os números, ponho-me a pensar: Será apenas alguém curioso? Será uma pessoa verdadeiramente preocupada comigo?. De qualquer forma, fico feliz com a “presença”. Fique à vontade. Espero que a poesia te abrace ternamente, e que meus versos lhes sirvam de consolo e carinho. 

Com amor,

- Roberta Laíne. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025


Capanema, em 09 de fevereiro de 2025

Querida Roberta, é um dia de cada vez e não dois! Não se avexe! Estamos enviando daqui toda a proteção que você necessita. Sua melhor amiga ficou encarregada de cuidar de você como um todo: sua alimentação, os chás, os conselhos, as risadas e lições. Ouça com bastante atenção tudo o que ela fala, pois ela é um espírito evoluído e carrega dentro de si grande sabedoria. Ajude-a com suas dores, ela também precisa de carinho e cuidado. Continue a rezar os seus terços com a sua tia e mãe, eles estão salvando a sua vida. Medite. Encare os seus medos. Ouça boas músicas. Pratique exercício. Perdoe o seu pai e ame. Você é feita de amor, muito amor, então não deve haver lugar em seu peito para solidão e desespero. O que está acontecendo em seu estômago é para testarmos a sua fé! Você está bem! Mas precisa aumentar a sua fé. É a mesma mensagem que deixamos na carta anterior e não se preocupe, você ainda vai voltar a beber Coca-Cola.

Com carinho,

O outro lado.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Capanema, em 04 de fevereiro de 2025

Querida Roberta, você ficará bem! Porém, é necessário que haja mais fé de sua parte. Você precisa acreditar que merece ser feliz, porque você merece. Ninguém veio ao mundo somente para sofrer, estamos aqui com a missão de sermos felizes, mas isso não nos isenta dos obstáculos da vida, pois esses são de suma importância para a o nosso crescimento físico, mental, cognitivo e espiritual. Quem sofre, tende a alargar o coração e ao invés de viver uma vida amarga, deve deixar a vida mais doce. Seus medos e traumas devem ser convertidos em coragem, força e perseverança. Veja o quanto você já lutou. Veja até onde você já chegou e continua uma pessoa doce, que não deseja o mal de ninguém. Você precisa acessar a cura dos seus traumas e medos e ela não está nos medicamentos e sim dentro de você. Nos terços que você reza, nas risadas que você dá e, até mesmo, em suas lágrimas. Quando estamos bem, não deixamos de passar por noites escuras, a diferença é que passamos a carregar a luz dentro de nós. Os mentores e guias espirituais não querem o seu mal, muito pelo contrário, eles querem te auxiliar a percorrer o caminho mais florido da vida. Busque incutir na memória as coisas boas que  você já viveu, elas sim valem a pena de serem lembradas.

Fique bem e lute.

Com carinho,

O outro lado.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Talvez, tudo tenha que dar errado para dar certo. 

Querido diário, se me pedissem para descrever como é uma crise de ansiedade, eu diria que é tipo quando alguém está tocando bateria, só que muito mal, alto e descompassado. Não é um som, é um barulho. Um barulho alto. Muito, muito alto. A ansiedade é uma descanção.

Com carinho,

- Roberta Laíne. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Querido diário, há tantas coisas acontecendo na minha vida, que eu não sei nem por onde começar. Mas vamos lá: voltei a ter crises. E, dessa vez, elas estão absurdamente fortes, como nunca estiveram, e isso tem me assustado bastante. O medo de enlouquecer ou surtar e ter que ir amarrada para uma clínica psiquiátrica tem me rondado. Penso na minha família, e no quão seria muito doloroso a eles me verem nesta situação. E o pior é que essas crises estão começando a tomar conta de todo o meu dia, ficando mais severas no final da tarde. Minha família já não sabe mais o que fazer e eu muito menos. No sábado, fui a um terreiro de umbanda, sendo recebida pela mãe Maria que, certa vez, há muitos anos atrás, havia me recebido. Em sua casa, ao me tocar, ela reagiu tristemente, indagando-me com tom de piedade: “meu Deus, minha filha, por que tanta tristeza? Por que tanto sofrimento?”. Eu olhei para ela e fiz com as mãos um gesto que demonstrava um “também não sei” e depois baixei a cabeça. Após dar outra volta por mim, ela se assustou, ficando gelada, pois havia sentido um espírito frio que me acompanhava, de um amor que já morreu… Sem rodeios, disse a ela que era a Cássia, e fiquei um pouco mais triste. Parecia que toda a tristeza do mundo estava dentro de mim, e eu a carregava sozinha nas minhas costas. Bem, na sequência, dona Maria deixou claro que sou médium (e das fortes) e que demorei muito tempo para procurá-los. Deixou claro também que a minha mediunidade é somente para coisas boas, curas e o bem. Ela disse que o meu coração era muito bonito e bondoso e só via coisas boas saindo dele. Que eu era meiga e doce. Fiquei feliz ao ouvir isso, pois lembrei de papai, do meu doce papai, e, nesse momento, um pouco de toda a tristeza do mundo saiu das minhas costas. 
Queria que tudo o que estou narrando tivesse acontecido de modo sereno, como parece, mas não foi bem assim, tudo aconteceu enquanto meu corpo se tremia de medo, meu coração estava disparado e minhas mãos estavam geladas. Acho que é o medo do novo/desconhecido para mim, ligado ao fato de eu ter sido criada dentro da igreja católica e sempre ouvir coisas ruins sobre religiões de matriz africana. Porém, eu não tenho absolutamente nenhum tipo de preconceito. Acredito que bem e mal se faz dentro de qualquer religião e fora delas. Mas também sei que preciso enfrentar os meus medos. Não há mais nada que a ciência possa fazer por mim, estou tomando vários medicamentos, fazendo terapia e etc. No final das contas eu sei que o meu problema é espiritual e que preciso enfrentar tudo isso com muita garra e força. Todavia, questiono-me se tenho toda essa garra e força, questiono-me que tipo de pessoa sou. Todos os dias tenho lutado contra seres invisíveis, contra a minha própria mente, contra eu mesma, com as ferramentas que tenho por perto: um terço, muito medo, e minha família. Espero que eu vença, porque eu sei, mais do que ninguém, o quanto mereço ser feliz. Eu mereço muito. É ardente e violento o quão mereço ser feliz.

Com carinho,

- Roberta Laíne.