domingo, 21 de agosto de 2022

Diário de uma suicída

Querido diário, hoje tentei me mutilar pela primeira vez, não consegui completamente, mas a marca que ficou foi o bastante para eu saber que na próxima hei de conseguir…

A cada dia se sentindo mais sozinha e incompreendida.

- Roberta Laíne.

Um comentário:

  1. Roberta, não se mate. Por favor. Também tenho pensado no suicídio. Será que somos egoístas por ter no suicídio uma forma de só ficar em paz, sem dor nenhuma, sem sofrimento? Penso em cortar meus pulsos, aquetar-me num canto sóbrio, quentinho. E, feito isso, alucinar-me com a ideia do pós-morte e a incerteza do que virá, se vier. Sabe o que me faz desistir? Penso na minha sobrinha, que nasceu há pouco e cresce como um pé de feijão; penso no sonho de morar em Portugal e ver as venezianas que Pessoa, ou um deles, descreveu... Pensar em mim, nesses momentos, tem se tornado mais difícil do que posso esperar ou supor. É muito ruim esse sentimento de insegurança, quem sabe, ou medo. Medo da vida, do sofrimento... Por favor, me perdoe por falar de mim. Mas, de um certo modo, acredito sentir, mesmo que infimamente, um pouco do que você sente. Não duvide, sei o quanto dói. Por favor, não se mate. Você fara muita falta. Viver é perigoso, mas, quem sabe, por isso seja interessante.

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